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Brasil 4D - Estudo de Impacto Socioeconômico - EBC

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<strong>Brasil</strong> <strong>4D</strong> <strong>Estudo</strong> <strong>de</strong> <strong>Impacto</strong> Socioeconômico sobre a TV Digital Pública Interativa<br />

em todos os municípios <strong>de</strong> 100.000 habitantes ou mais, apesar <strong>de</strong> os serviços celulares não estarem sob um regime regulador<br />

público. Exigências similares recairão sobre operadoras que procurarem autorização para operar em porções da banda <strong>de</strong> 3.5 GHz.<br />

O PNBL também busca estimular a instalação <strong>de</strong> telefonia móvel <strong>de</strong> largo alcance em zonas rurais usando a banda <strong>de</strong> 450 MHz.<br />

Esse serviço é consi<strong>de</strong>rado relevante para a universalização da banda larga em escolas e lares rurais. Como parte da estratégia<br />

nacional <strong>de</strong> banda larga, também foi incorporada uma extensa re<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviços gratuitos <strong>de</strong> banda larga via satélite, conhecida como<br />

Programa GESAC. Mais <strong>de</strong> 50 mil escolas públicas vêm sendo beneficiadas com a chegada <strong>de</strong> Internet durante período letivo.<br />

3.7 A importância da TV Digital, aplicações, serviços e conteúdos interativos<br />

como porta para a socieda<strong>de</strong> à informação<br />

Este estudo mostra que o trabalho <strong>de</strong>senvolvido pela <strong>EBC</strong> como Operador da Re<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> Radiodifusão Pública Digital <strong>de</strong>ve<br />

consolidar-se como uma peça-chave do processo <strong>de</strong> incorporação do conjunto da cidadania brasileira à Socieda<strong>de</strong> da Informação<br />

e do Conhecimento, colocando as suas re<strong>de</strong>s e plataforma da TVD-t e <strong>de</strong> aplicativos, serviços e conteúdos audiovisuais interativos<br />

à disposição <strong>de</strong>sse fim. Trata-se <strong>de</strong> uma política pública <strong>de</strong> inclusão social e digital que preten<strong>de</strong> colaborar para o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

do conjunto da socieda<strong>de</strong> brasileira. Os resultados da pesquisa <strong>de</strong> campo realizada em João Pessoa com apoio <strong>de</strong> 17 instituições,<br />

entre elas a <strong>EBC</strong> e o Banco Mundial, apontam a urgência e a importância <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> projeto inovador no país.<br />

3.8. As infraestruturas <strong>de</strong> re<strong>de</strong> para o transporte e a difusão do sinal <strong>de</strong> televisão<br />

no <strong>Brasil</strong><br />

3.8.1. Histórico. Uma re<strong>de</strong> para serviços à cidadania<br />

No <strong>Brasil</strong>, durante mais <strong>de</strong> 75 anos e até a década <strong>de</strong> 1960, quase todos os serviços <strong>de</strong> telecomunicações se encontravam em<br />

mãos <strong>de</strong> empresas privadas, distribuídos entre centenas <strong>de</strong> operadores locais. As autorizações <strong>de</strong> telefonia eram emitidas e<br />

controladas pelos governos estatais. Nesse processo, a Companhia Telefônica <strong>Brasil</strong>eira (CTB) 27 , uma subsidiária da empresa<br />

cana<strong>de</strong>nse Brazilian Traction) surgiu como a operadora mais importante <strong>de</strong> serviços locais e <strong>de</strong> longa distância na maioria das<br />

gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s brasileiras e chegou a cobrir cerca <strong>de</strong> 80% dos terminais telefônicos do país. A CTB compartilhava o mercado<br />

urbano com a Companhia Telefônica Nacional (CTN) subsidiária <strong>de</strong> ITT3. O restante das cida<strong>de</strong>s e dos lugarejos era coberto por<br />

pequenos operadores locais em situações extremamente precárias. Contudo, as comunicações internacionais estavam nas mãos<br />

<strong>de</strong> operadoras estrangeiras, como Western Telegraph, Radional e Italcable. O Governo Fe<strong>de</strong>ral operava somente a telegrafia<br />

(mediante o serviço postal fe<strong>de</strong>ral) e algumas emissoras <strong>de</strong> rádio com cobertura nacional.<br />

É preciso mencionar que os serviços então fornecidos pelos operadores das telecomunicações privatizadas eram <strong>de</strong>ficientes, por<br />

isso que em 1962, quando o governo do Estado do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul <strong>de</strong>cidiu tomar o controle da subsidiária <strong>de</strong> ITT, iniciou-se<br />

um processo <strong>de</strong> estatização que culminou com a criação, pelo Governo Fe<strong>de</strong>ral, da Telebrás, em julho <strong>de</strong> 1972, durante a ditadura<br />

militar. Toda a infraestrutura <strong>de</strong> telefonia e transmissão <strong>de</strong> dados do país passou a fazer parte da Telebrás (com exceção <strong>de</strong> alguns<br />

poucos operadores locais e do operador estatal do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul) e foram criadas subsidiárias da Telebrás em cada uma das<br />

Unida<strong>de</strong>s da Fe<strong>de</strong>ração.<br />

Nesse contexto, outra subsidiária, a Embratel, transformou-se na única operadora dos circuitos interestaduais e internacionais.<br />

As telecomunicações foram monopólio da Telebrás até 1998, mediante uma estrutura completamente vertical que incluía po<strong>de</strong>res<br />

reguladores. A Telebrás e a Empresa <strong>Brasil</strong>eira <strong>de</strong> Correios estavam sob a proteção do Ministério das Comunicações (MiniCom),<br />

que também exercia o po<strong>de</strong>r regulador sobre todo o espectro eletromagnético.<br />

O Código <strong>Brasil</strong>eiro <strong>de</strong> Telecomunicações (CBT, Lei 4.117, <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> agosto <strong>de</strong> 1962) classificava os serviços <strong>de</strong> telecomunicações<br />

em seis categorias <strong>de</strong> acordo com suas funções: serviço público, serviço público restringido, serviço limitado, serviço <strong>de</strong> radiodifusão,<br />

serviço <strong>de</strong> radioamador e serviço especial 6 . A Constituição <strong>Brasil</strong>eira <strong>de</strong> 1988 <strong>de</strong>finiu os serviços <strong>de</strong> telecomunicações e <strong>de</strong> rádio e<br />

teledifusão simplesmente como serviços públicos que, nesse caso, eram oferecidos pelo Estado ou, no caso do rádio e teledifusão,<br />

por organizações particulares sob licença estadual.<br />

Um dos aspectos do governo <strong>de</strong> Fernando Henrique Cardoso, <strong>de</strong> 1995 a 2002, foi a política <strong>de</strong> aceleração da privatização das mais<br />

importantes empresas estatais <strong>de</strong> serviços e indústria. Em agosto <strong>de</strong> 1995, a Emenda Constitucional Número 8 abriu caminho à<br />

privatização mediante a concessão das telecomunicações. A emenda separou os serviços em telecomunicações e radiodifusão e<br />

27<br />

Do Rio Gran<strong>de</strong> do Sul.<br />

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