Brasil 4D - Estudo de Impacto Socioeconômico - EBC
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Intenções pelo MiniCom, <strong>EBC</strong>, Secom, Supremo Tribunal Fe<strong>de</strong>ral, Senado, Câmara Fe<strong>de</strong>ral, Ministério da Educação e Ministério<br />
da Cultura para a implantação <strong>de</strong> plataforma integrada <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> sinais <strong>de</strong> TV Digital. O Comitê Gestor é composto por<br />
representantes dos signatários, sendo da <strong>EBC</strong> a coor<strong>de</strong>nação. O Po<strong>de</strong>r Executivo, no entanto, não avançou na adoção da proposta<br />
como política pública.<br />
A Conferência Nacional <strong>de</strong> Comunicação (1ª CONFECOM), realizada em 2009, aprovou duas propostas que referendaram a<br />
criação da Re<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> TV Pública Digital. Entretanto, não fixou o mo<strong>de</strong>lo técnico, financeiro ou institucional. Essas propostas<br />
não saíram do papel.<br />
Nos dois anos seguintes, foram publicadas Portarias do MiniCom que reservaram os canais UHF situados na faixa <strong>de</strong> 60 a 68 para<br />
as TVs públicas fe<strong>de</strong>rais — autorizando-as a operar em regime <strong>de</strong> multiprogramação —, estabeleceram as diretrizes para o Canal<br />
da Cidadania e disciplinaram aspectos técnicos dos serviços <strong>de</strong> radiodifusão. Os chamados canais públicos — TVs universitárias,<br />
educativas fe<strong>de</strong>ral e estaduais, legislativas, comunitários e TV pública fe<strong>de</strong>ral — ainda se encontram no lento processo <strong>de</strong> troca <strong>de</strong><br />
equipamentos, <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> estratégias <strong>de</strong> longo prazo para sustentabilida<strong>de</strong> da TVD interativa, preparação dos profissionais<br />
para os novos sistema e <strong>de</strong>mais infraestruturas para possibilitar uma oferta diversificada e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> para a população.<br />
3.8.5 Sinergias e economias <strong>de</strong> escala <strong>de</strong> uma Re<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> TV Pública<br />
Digital Interativa<br />
O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> operador <strong>de</strong> infraestruturas <strong>de</strong> telecomunicações está baseado em uma re<strong>de</strong> única compartilhada prestando serviços<br />
<strong>de</strong> difusão <strong>de</strong> televisão a todos os radiodifusores. A existência <strong>de</strong> um operador <strong>de</strong> re<strong>de</strong> in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte é um fator-chave para o<br />
sucesso da transição da TV analógica para a TV Digital. O operador <strong>de</strong> infraestruturas potencializa toda a indústria audiovisual<br />
dinamizando toda a ativida<strong>de</strong> econômica do setor e gera importantes economias <strong>de</strong> escala com o compartilhamento <strong>de</strong> recursos.<br />
Um operador neutro também acelera a dinâmica do mercado e facilita uma maior oferta <strong>de</strong> serviços para os cidadãos ao atuar como<br />
agente coor<strong>de</strong>nador e gerar a massa crítica necessária.<br />
O mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> re<strong>de</strong> única compartilhada, como o impulsionado pela <strong>EBC</strong> no <strong>Brasil</strong>, foi experimentado em outros países antes dos<br />
seus processos <strong>de</strong> migração para a TVD e se mantém através <strong>de</strong> todos os radiodifusores. Esse é o caso da Espanha com o<br />
operador Abertis Telecom, que permitiu a projeção <strong>de</strong> uma nova re<strong>de</strong> <strong>de</strong> TVD <strong>de</strong> alcance nacional com uma cobertura <strong>de</strong> 90%<br />
populacional em um tempo recor<strong>de</strong>, assegurando qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviço ao cidadão, investimentos mais eficientes e a minimização<br />
do impacto ambiental. A indústria audiovisual que dinamiza toda a ativida<strong>de</strong> econômica do setor gera importantes economias <strong>de</strong><br />
escala com o compartilhamento <strong>de</strong> recursos.<br />
Sobre essa base são formulados as medidas e o papel que se estima que a <strong>EBC</strong> <strong>de</strong>va cumprir nesse processo, assumindo que<br />
um operador neutro ajuda a acelerar a dinâmica do mercado e facilita uma maior oferta <strong>de</strong> serviços para os cidadãos ao atuar<br />
como agente coor<strong>de</strong>nador e gerar a massa crítica necessária. Nesse sentido, o processo <strong>de</strong> digitalização dos serviços <strong>de</strong> televisão<br />
terrestre no <strong>Brasil</strong> abre uma janela <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> para a introdução da figura do operador <strong>de</strong> re<strong>de</strong> como elemento-chave no<br />
sucesso do processo <strong>de</strong> digitalização da TV no <strong>Brasil</strong> com diferencial importante que não aparece nos <strong>de</strong>mais padrões.<br />
Dever-se-ia incentivar a <strong>EBC</strong>, sozinha ou associada, a operadores <strong>de</strong> re<strong>de</strong> nacionais ou <strong>de</strong> terceiros países com experiência nesses<br />
processos, como operador público, <strong>de</strong> re<strong>de</strong> no <strong>Brasil</strong> a partir das normativas em fase <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição. O novo marco legal <strong>de</strong>veria gerar<br />
a flexibilida<strong>de</strong> suficiente para que a emissora pu<strong>de</strong>sse cindir a sua re<strong>de</strong> atual e propiciar, conjuntamente a um sócio industrial, o<br />
surgimento <strong>de</strong> um operador <strong>de</strong> re<strong>de</strong>.<br />
Por sua vez, os radiodifusores que disponham <strong>de</strong> novas licenças digitais <strong>de</strong>verão estar incentivados para consi<strong>de</strong>rar o uso dos<br />
serviços do novo operador <strong>de</strong> re<strong>de</strong>. Igualmente, a nova Lei <strong>de</strong> Antenas po<strong>de</strong>ria consi<strong>de</strong>rar a especificida<strong>de</strong> das infraestruturas <strong>de</strong><br />
televisão para facilitar a colocação para re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> difusão.<br />
Por outro lado, o mo<strong>de</strong>lo que integra verticalmente fornecedores <strong>de</strong> conteúdos/radiodifusores e os operadores <strong>de</strong> re<strong>de</strong> reduz a<br />
concorrência no mercado. Muitas infraestruturas estão duplicadas, criando-se um importante impacto no meio ambiental. Além<br />
disso, os participantes <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo vertical não se beneficiam das economias <strong>de</strong> escala gerando ineficiência. Esse tipo <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lo<br />
foi utilizado na Itália e produziu uma difícil gestão do espectro, bem como um investimento pouco racional e um <strong>de</strong>snecessário<br />
impacto ambiental e visual. Assim, existem diversas companhias integradas verticalmente na Itália que estão valorizando ven<strong>de</strong>r<br />
seus ativos <strong>de</strong> re<strong>de</strong> com a intenção <strong>de</strong> focarem-se em seu negócio, os conteúdos.<br />
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