Brasil 4D - Estudo de Impacto Socioeconômico - EBC
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3.5 TV Digital, aplicações, serviços e conteúdos interativos<br />
Diante da situação da baixa e lenta projeção da banda larga no <strong>Brasil</strong>, os riscos <strong>de</strong> exclusão <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s camadas da população<br />
brasileira que conhecemos como Socieda<strong>de</strong> da Informação se apresentam como reais. É por isso que soluções similares às<br />
expostas no projeto <strong>Brasil</strong> <strong>4D</strong> e analisadas na pesquisa <strong>de</strong>senvolvida na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> João Pessoa apontam a importância <strong>de</strong> utilizar<br />
re<strong>de</strong>s e serviços <strong>de</strong> plataforma como os impulsionados pela <strong>EBC</strong> para evitar a continuida<strong>de</strong> da exclusão digital no país.<br />
O sistema <strong>de</strong> difusão <strong>de</strong> aplicações interativa no local ou datacasting na TVD-t vem sendo consi<strong>de</strong>rado ótimo, pois existem várias<br />
experiências internacionais prece<strong>de</strong>ntes, que abrange dados que são entregues pelo ar pelos transmissores <strong>de</strong> TV terrestre. Os<br />
dados difundidos/transmitidos po<strong>de</strong>m ser textos, Gráficos, áudios ou ví<strong>de</strong>os, ou uma mistura multimídia <strong>de</strong> todas essas formas <strong>de</strong><br />
informação. No <strong>Brasil</strong>, as possibilida<strong>de</strong>s interativas oferecidas pelo middleware Ginga são maiores, como lembra Castro (2010), pois<br />
estão disponíveis com a transmissão da programação televisiva através do uso do controle remoto, <strong>de</strong> forma gratuita, estimulando<br />
a participação das audiências. E, além disso, não necessita do uso do recurso da segunda tela (computadores <strong>de</strong> mão ou celulares<br />
como canal <strong>de</strong> retorno).<br />
3.6 A socieda<strong>de</strong> brasileira e a socieda<strong>de</strong> da informação<br />
Depois da privatização, a Telebrás continuou operando perante a Anatel e essa foi a sua principal função até que, em maio <strong>de</strong><br />
2010, o presi<strong>de</strong>nte Lula assinou o Decreto 7.175, que instituiu o programa Plano Nacional <strong>de</strong> Banda Larga (PNBL), atualizando as<br />
competências da Telebrás. O artigo 4 <strong>de</strong>fine o seguinte mandato para a empresa:<br />
• Implantar a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação da administração pública fe<strong>de</strong>ral;<br />
• Prestar apoio às políticas públicas <strong>de</strong> conexão à Internet <strong>de</strong> banda larga em universida<strong>de</strong>s, centros <strong>de</strong> pesquisa, escolas,<br />
hospitais, centros <strong>de</strong> serviços públicos, telecentros comunitários e outros pontos <strong>de</strong> interesse público;<br />
• Fornecer infraestrutura e re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> suporte a serviços <strong>de</strong> telecomunicações prestados por empresas particulares, estados,<br />
Distrito Fe<strong>de</strong>ral, municípios e entida<strong>de</strong>s sem fins lucrativos; e<br />
• Prestar serviço <strong>de</strong> conexão à Internet <strong>de</strong> banda larga para usuários e usuárias finais, só em cida<strong>de</strong>s on<strong>de</strong> não exista uma oferta<br />
a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong>sses serviços.<br />
O Artigo 6 <strong>de</strong>fine o papel da Anatel no Plano Nacional <strong>de</strong> Banda Larga: “A agência implantará e executará o regulamento <strong>de</strong><br />
serviços <strong>de</strong> telecomunicações e <strong>de</strong> infraestrutura <strong>de</strong> re<strong>de</strong> <strong>de</strong> suporte <strong>de</strong> conexão à Internet <strong>de</strong> banda larga”, orientada pelas<br />
seguintes diretrizes:<br />
• Promoção da concorrência e da livre-iniciativa;<br />
• Estímulo a negócios inovadores que <strong>de</strong>senvolvam o uso <strong>de</strong> serviços convergentes;<br />
• Adoção <strong>de</strong> procedimentos rápidos para a resolução <strong>de</strong> conflitos;<br />
• Obrigatorieda<strong>de</strong> do compartilhamento da infraestrutura;<br />
• Gestão da infraestrutura pública e <strong>de</strong> bens públicos, inclusive o espectro eletromagnético, a fim <strong>de</strong> reduzir os custos do serviço<br />
<strong>de</strong> conexão à Internet <strong>de</strong> banda larga; e<br />
• Ampliação da oferta <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> conexão à Internet <strong>de</strong> banda larga na instalação da infraestrutura <strong>de</strong> telecomunicações.<br />
O artigo também estabelece que “na execução das medidas mencionadas nesse artigo, a Anatel <strong>de</strong>verá observar as políticas<br />
estabelecidas pelo Ministério das Comunicações”.<br />
A Telebrás é responsável por uma extensa re<strong>de</strong> <strong>de</strong> fibra principal que combina circuitos sobre linhas <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> alta<br />
voltagem e re<strong>de</strong>s operadas por empresas estatais, como Petrobras e a empresa estatal que opera a maioria da fiação, a Eletrobras<br />
(que inclui fibra <strong>de</strong> uma empresa particular, a Eletronet, que abriu falência).<br />
Atualmente, essa re<strong>de</strong> tem um comprimento total <strong>de</strong> 11.357 quilômetros e cobre Brasília (a capital fe<strong>de</strong>ral) e 15 capitais estatais.<br />
Para 2014, estima-se a sua extensão em 30.803 quilômetros, com o que chegará a mais 10 capitais estatais. Em 2010, o plano <strong>de</strong><br />
instalação não conseguiu conectar os estimados 100 municípios em torno da fibra ótica, <strong>de</strong> forma direta ou mediante links <strong>de</strong> rádio<br />
digital ponto a ponto <strong>de</strong> alta velocida<strong>de</strong>. Para 2014, a re<strong>de</strong> principal da Telebrás <strong>de</strong>veria cobrir mais <strong>de</strong> 80% das 5.565 municípios,<br />
mas esses prazos <strong>de</strong>verão ser ampliados.<br />
O PNBL envolve o uso <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas categorias do espectro (acima <strong>de</strong> 6 GHz) para fornecer links ponto a ponto a pontos <strong>de</strong><br />
presença na maioria dos municípios mediante rádios <strong>de</strong> alta velocida<strong>de</strong>. Porém, o plano também contempla uma série <strong>de</strong> medidas<br />
para estimular a entrada <strong>de</strong> mais operadores na prestação <strong>de</strong> serviços celulares digitais que utilizem as tecnologias 3G e 4G. As<br />
partes atualmente não usadas da banda <strong>de</strong> 1.9 GHz serão adjudicadas a novos operadores celulares para aumentar a concorrência,<br />
com novas regras a respeito da universalização — entre elas, o requisito <strong>de</strong> prestar um serviço 3G pleno com cobertura completa<br />
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