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13 - Câmara dos Deputados

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Abril de 1988 DIÁRIO DA ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSmUINTE Quarta-feira <strong>13</strong> 9303<br />

Países<br />

DESPESA BRUTA FONTES DE RECrnSOS (%) PESSOAL DE P&D<br />

MillõesUS$ ex,PIB Estado S.Privado Total Pesquisadores<br />

Canadá 5339.3 1,4 48,9 41,7 73350 34870<br />

França 14583.1 2,3 53,0 41,4 261183 92682<br />

Alemanha 19790.0° 2,10 37,ff 60,90 373451 <strong>13</strong>3114<br />

Itália 7020.0 1,3 51,7 44,6 112743 63021<br />

Japão 37305.3 2,6 19,1 74,0 622952 347420<br />

Noruega 879.5° 1,5" 47,lJ' 48,1° 15959 8283<br />

Portugal (1984) 201.6 0,4 62,1 30,8 9167 3475<br />

Espanha (1984) <strong>13</strong>45.8° 0,5 34077<br />

Reino Unido 14371.4 b 2,3 43,4b 46,l b ---<br />

Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> 111755.00 2,lJ' 49.lJ' 48.4 c --- 722900<br />

Brasil 1812.9 0,7 90,8 9,2 N.D. 47870(85)<br />

11 - Gastos com P&D pelos principais segmentos da execução - 1985<br />

Países Empresas ex, Ensino Superior ex, Estado ex,<br />

Canadá 51,0 23,3 24,3<br />

França 58,7 25,4<br />

Alemanha 72,2 c 14,90 12,4 c<br />

Itália<br />

56,9'<br />

Japjo (Ajust) 71,8 14,2 9,8<br />

Noruega 59,4° 23,4c 16,6c'1<br />

Portugal (1984) 29,6 24,6 41,3<br />

Espanha 57,5 c 17,l c 25,4c<br />

Reino Unido 63,l b <strong>13</strong>,& 19,Bb<br />

Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong> 71,10 <strong>13</strong>,20 12,2°<br />

Brasil N.D. N.D. N.D.<br />

I'f.D. não disponível<br />

b) Esbmaliva ou projeção,baseada em fonles nacionais<br />

c) Est!mabva ou projeção ajustada segundo as normas da OCDE<br />

1) Superesbmada<br />

p) Provísôna<br />

O Canadá - como vemos - investe, anualmente,<br />

5 bilhões e 339 milhões de dólares em<br />

ciência e tecnologia, pesquisa e desenvolvimento;<br />

os Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>, 111 bilhões, 755 rmlhões de<br />

dólares; o Brasil, apenas 1 bilhão, 812 milhões<br />

de dólares. Em relação aos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>, repetimos,<br />

111 bilhões de dólares, o Brasil gasta apenas<br />

1 bilhão e 812 milhões de dólares.<br />

Como podemos observar, a participação do<br />

Brasil é irrisória e lastimável. A falta de cidadania,<br />

de educação cívica, de conhecimento de causa,<br />

faz com que apenas uma pequena parcela da<br />

"inteligência" brasileira tenha consciência desta<br />

triste realidade. Por outro lado, o cartel financeiro<br />

internacional está mais do que atuante, contribuindo<br />

diretamente para o aumento do fosso,<br />

absorvendo grande parte <strong>dos</strong> recursos que poderiam<br />

ser aloca<strong>dos</strong> no desenvolvimento tecnológico.<br />

A oportuna criação do Ministério da Ciência<br />

e Tecnologia foi um passo importante no sentido<br />

de estimular a pesquisa e proteger nossa incipiente<br />

tecnologia de ponta, porém os parcos recursos<br />

aloca<strong>dos</strong> e a impatriótica participação de<br />

maus brasileiros, contrários e específicas reservas<br />

de mercado, têm limitado sua atuação.<br />

Sr. Presidente, SI'" e Srs. Constituintes, encerrando<br />

este ciclo de pronunciamentos sobre economia,<br />

com a visão e percepção que não é de<br />

um expert, mas de um brasileiro com formação<br />

universitária que se preocupa com o futuro da<br />

Pátria, queríamos - conclusivamente - chamar<br />

a atenção para o que acreditamos essencial; ou<br />

nos unimos para neutralizar esta quarta estratégia<br />

do Primeiro Mundo, para nos manter por longo<br />

tempo dependentes ou, mais uma vez, sucumbiremos<br />

a uma forma de colonialismo, o coloníalísrno<br />

tecnológico, mais cruel, mais impie<strong>dos</strong>o<br />

e mais duradouro. O antídoto recomendável, repetimos,<br />

é o não pagamento da divida externa,<br />

principal, juros e demais serviços da divida, por<br />

um período nunca inferior a 30 anos. A resposta<br />

para as retaliações quevirão será a união nacional<br />

e principalmente a união do Terceiro Mundo, míserável<br />

e faminto por conta de uma secular dependência,<br />

que por desumanos caminhos tem sido<br />

imposta. (Muito bem!)<br />

O SR. DORETO CAMPANARI (PMDB ­<br />

SP. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,<br />

Srs. Constituintes, na medida em que se<br />

aproximam as eleições municipais, natimorta a<br />

idéia da prorrogação <strong>dos</strong> mandatos de prefeitos<br />

e vereadores, como pretendida pá-de-cal a qualquer<br />

pleito direto este ano, outros interesses, que<br />

não os eminentemente políticos, movem a atenção<br />

de patrões, trabalhadores, funcionário da administração<br />

direta e indireta, como, por exemplo,<br />

a quarentena na URP, depois do insucesso da<br />

moratória internacional, suspensa ao melhor gos·<br />

to <strong>dos</strong> credores e por comprovada insubsistência<br />

quanto à sustentação pelos devedores.<br />

Surge, agora, a tese entre empresários cariocas<br />

de um mutirão da solidariedade das classes produtoras<br />

ao Ministro Maílsor\ Ferreira da Nóbrega,<br />

que mereceu a seguinte repulsa de Abraham Szaj.<br />

man, Presidente da Federação e do Centro do<br />

Comércio de São Paulo:<br />

"Chega de manifestos. A sociedade está<br />

exaurida e não há mais espaço para isso.<br />

O Governo já teve <strong>dos</strong> Constituintes todo o<br />

apoio político de que precisava. Continuava<br />

com medo de cortar subsídios, para não afetar<br />

a economia e não vê que isso só serve<br />

para incrementar o déficit. O Governo não<br />

quer demitir ninguém e nem se preocupa<br />

em verificar que fulano tem dez empregos<br />

e sicrano não tem nenhum. De nada valem<br />

promessas de empresários de conter preços,<br />

de manter o nivel de emprego, em troca de<br />

adoção, por parte do Governo, de medidas<br />

duras e imediatas para o controle do déficit<br />

público."<br />

Muitos empresários, no entanto, consideram a<br />

necessidade de um aval ao Ministro da Fazenda,<br />

traduzido no compromisso de não aumentarem<br />

os preços. Isso traduziria o velho "acordo de cavalheiros",<br />

tantas vezes repetido, na matéria, cujo<br />

preço costuma ser pago pelo povo.<br />

Confiamos muito mais na salvação da economia<br />

por um pacto entre os trabalhadores e as<br />

classes produtoras, ambos, sim, no mesmo barco,<br />

igualmente para sustentar o custosíssimo aparelho<br />

burocrático que se vem montando no País,<br />

nos últimos 20 anos e que deu nisso: os servidores<br />

públicos representam mais de 15% <strong>dos</strong> assalaria<strong>dos</strong><br />

no País.<br />

Era o que Unhamos a dizer,Sr. Presidente. (Mui·<br />

to bem!)<br />

O SR. DAVIALVES SILVA(PDS-MA. Sem<br />

revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Constituintes,<br />

eu, que sempre venho tentando defender<br />

a irrigação no Estado do Maranhão, resolvi, neste<br />

fim de semana, visitar o Estado de Goiás. Tive<br />

a oportunidade de conhecer o agricultor, conhecido<br />

na cidade de Goiatuba, Oscar Mendonça Ríbeiro.<br />

Visitei a sua agricultura e tomei conhecimenta<br />

de que a irrigação é, sem dúvida, a única<br />

saída que este País tem.<br />

Visitei Goiatuba e fui até a cidade de Rio Verde.<br />

Vi, no Estado de Goiás, já implantada, uma campanha<br />

que venho defendendo há muito tempo<br />

nesta Casa. Contei com a ajuda de alguns agrícultores<br />

desse Estado, os quais visiteipessoalmente,<br />

e com eles discuti a necessidade de se implantar<br />

aquele sistema no Estado do Maranhão. Preciso<br />

levar uma esperança nova a uma região tão carente<br />

como é a tocantiniense.<br />

O agricultor OscarMendonça Ribeiro,cuja agricultura<br />

tive a honra de visitar, compromete-se a<br />

ceder, sem ônus, alguns de seus auxiliares para<br />

visitar a região tocantiniense, ajudando com isso<br />

a incentivar aqueles agricultores do Maranhão que<br />

pretendem implantar também a agricultura irrigada<br />

no meu Estado.<br />

Não é só isto, Sr. Presidente. No Estado de<br />

Goiás, os agricultores - e me foi revelado pelo<br />

Sr. Oscar Mendonça - recebem o incentivo direto<br />

do Governo do Estado. O Governador Henrique<br />

Santillo vestiu a camisa do agricultor do seu Estado<br />

e procura ajudar naquilo que lhe é devido,<br />

o que não é o caso do Estado do Maranhão,<br />

onde se quisermos implantar a agricultura irrigada,<br />

a iniciativa deve ser das pessoas.interessadas,<br />

porque o meu Governo não mostra nenhum ínte-

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