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INTRODUÇÃO Os - Para associar-se ou renovar sua anuidade ...

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Família, escola e a dificuldade de aprendizagem: Intervindo sistemicamente 177bros da família, e <strong>se</strong>ndo assim poderia perfeitamente<strong>se</strong>r modificado.A agitação e esquecimento estavam exercendo umpapel fundamental no sistema familiar, pois ocomportamento de C. tanto mantinha a família no mesmoestágio do ciclo de vida familiar (pais com criançadependente) como de<strong>se</strong>quilibrava o sistema para queeste evoluís<strong>se</strong> (pais com adolescente). Quando a famíliacri<strong>ou</strong> <strong>ou</strong>tros significados para a dificuldade, diluindo entreos membros familiares a “culpa”, logo <strong>se</strong> perceberamevoluções de C. na escola.Quero finalizar deixando registrado como o trabalhodo psicólogo na escola é de fundamental importância,desde que este abra espaço para discussões, paraorientações colaborativas, <strong>se</strong>m fazer uso de somenteuma teoria para explicar todo e qualquer fenômeno,enquadrando nela as dificuldades que possam surgir nasrelações escolares.Cabe aqui uma metáfora sobre como perceber umfenômeno: o vale! Se cada um de nós <strong>se</strong> coloca emdeterminado ponto no alto de um vale teremos umaperspectiva limitada pela nossa própria posição. Unspoderão ver um rio, <strong>ou</strong>tros apenas árvores, etc.Podemos nos locomover e até trocar de perspectiva,mas é necessário um exercício de reflexão paraentendermos aquela <strong>ou</strong>tra perspectiva a partir das <strong>sua</strong>spróprias ba<strong>se</strong>s filosóficas e epistemológicas e fazer usodesta quando necessário. Quanto mais lentes diferentesnós tivermos para o olhar, a leitura e o entendimentode um mesmo fenômeno, mais rica <strong>se</strong>rá nossacompreensão do mundo.Dessa forma, ao iniciar qualquer atendimento, <strong>se</strong>jaeste qual for, o psicólogo deve valer-<strong>se</strong> de uma posiçãode “não-saber”, pois este <strong>se</strong>mpre precisa da informaçãodo <strong>ou</strong>tro, do <strong>se</strong>r humano a <strong>sua</strong> frente, e “a interpretaçãoé <strong>se</strong>mpre um diálogo entre terapeuta e o cliente e não oresultado de narrativas teóricas pré-determinadas,es<strong>se</strong>nciais para a significação, competência <strong>ou</strong> modeloteórico que o terapeuta defende” (Gergen e Warhuus,2001, p.38).REFERÊNCIASAnderson, H., & Goolishian, H. (1998). O cliente é oespecialista: a abordagem terapêutica do não saber. EmS. Macnamee & K. Gergen (Orgs.) A terapeia comoconstrução social (pp. 35-49). São Paulo: Artes Médicas.Andrada, E. G. C. (2001). Entre o dever-fazer e o viver dacriança: a significação das regras nas interações bebêprofessora-bebês.Dis<strong>se</strong>rtação de Mestrado, Programade pós-graduação em Psicologia, Universidade Federalde Santa Catarina.Andrada, E. G. C., & Zanella, A. V. (2002). Processos designifica;áo no brincar: problematizando a constituiçãodo sujeito. Psicologia em Estudo, 7 (2), 127-133).Bronfrenbrenner, U. (1994). Ecological models of humandevelopment. International Encyclopedia of Education(pp.37-43, v. 3, n. 2). England: El<strong>se</strong>vier Sciences.Carter, B., & Mcgoldrick, M. (1995). As mudanças do ciclo devida familiar. POA: Artes Médicas.Curonici, C., & McCulloch, P. (1999). Psicólogos e Professores:uma visão sistêmica acerca dos problemas escolares.SP: EDUSC.Duque, D. F. (1996). Cri<strong>se</strong>s normais do ciclo de vida familiar.Revista da Associação Brasileira de PsicoterapiaAnalítica de Grupo, 5, 78-86.Gergen, K., & Warhuus, L. (2001). Terapia como construçãosocial: características, reflexões, evoluções. Em M.Gonçalves, & O. F. Gonçalves (Orgs.), Psicoterapia,discurso e narrativa: a construção conversacional damudança. (pp.27-64). Coimbra: Quarteto Editor.Haley, J. (1979). Psicoterapia familiar. Belo horizonte:Interlivros.Minuchin, S. (1982). Famílias, funcionamento e tratamento.POA: Artes médicas.Papp, P. (1992). O processo de mudança. POA: Artes Médicas.Satir, V. (1980). Terapia do grupo familiar. Rio de Janeiro: Alves.Schaffer, H. R. (1996). Social Development. UK: BlackwellPublishers Ltda.Tilmans-<strong>Os</strong>tyn, E. (s/d). Algunos aportes de la TerapiaFamiliar a la Práctica Médica Cotidiana. Artigoapre<strong>se</strong>ntado ao Departamento de Psiquiatria Familiar,Hospital “Hermilio Valdizan”, 1-14.Tugde, J., Gray, J., & Hogan, D. (1997). Ecological Perspectives inHuman Development: a comparison of Gibson andBronfenbrenner. Em J. Tudge, M. J Shanahan & J. Valsiner(Org.) Comparisons in Human Development: understandingtime and context (pp.72-108). Cambridge University Press.Vygotsky, L. S. (1981). The genesis of higher mental function.Em Wertsch (Org.) The concept of activity in Sovietpsychology (pp. 114-188). New York: Sharpe.Psicologia Escolar e Educacional, 2003 Volume 7 Número 2 171-178

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