212 HistóriaEu gostaria de acrescentar que a formação paraatuar na área clínica merece considerações aparte, pelacomplexidade dos riscos que comporta e levando emconsideração que os procedimentos atualmente emvigor em nosso país permitem que um jovem recémformadonum curso generalista obtenha licençaimediata junto aos Con<strong>se</strong>lhos profissionais e atue porsi só em um consultório particular. Esta me parece <strong>se</strong>ruma questão grave que ainda não foi objeto de análi<strong>se</strong>scondizentes com <strong>sua</strong> importância e con<strong>se</strong>qüências queimplica. Porém prefiro não discuti-la no âmbito destaconversa, pois creio que me alongaria mais do que oprevisto nesta entrevista. Limito-me então a agradecerpelo convite e oportunidade preciosa de me comunicarcom colegas e estudantes de psicologia através daRevista. Muito obrigada.
História 213PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO: 50 ANOS DE ATIVIDADES 1 Geraldina Porto Witter 2O ciclo de vida profissional inclui etapas interligadasque influem umas nas <strong>ou</strong>tras: escolha da profissão,formação, atuação, preparo para apo<strong>se</strong>ntadoria eapo<strong>se</strong>ntadoria. Variáveis que influem numa etapa podempermanecer pre<strong>se</strong>ntes em todas as demais, como é, porexemplo o prazer de poder ajudar o <strong>ou</strong>tro a <strong>se</strong>de<strong>se</strong>nvolver <strong>ou</strong> da leitura. Outras são mais circunscritasa uma dada etapa como é o caso da influência doconteúdo específico de uma dada disciplina. As etapassão artifícios didáticos, de utilidade para a exposição, aanáli<strong>se</strong> <strong>ou</strong> o ensino, mas com variação de intensidade asvariáveis estão tão relacionadas entre si que é difícil,qua<strong>se</strong> impossível dizer que não estejam pre<strong>se</strong>ntes domomento que surgem no ciclo até o final do mesmo,para não dizer o final dos dias vividos. Além disso a vidapessoal não é um viver distinto da vida profissional, nãosão linhas paralelas, são linhas entrelaçadas como fiosde uma meada de linha. Estas influências estão pre<strong>se</strong>ntesna vida de qualquer profissional, formam o pano de fundode um evoluir que só <strong>se</strong> divide em etapas para facilitar aapre<strong>se</strong>ntação do complexo vivenciado de modo maislógico, <strong>se</strong>qüencial e <strong>se</strong>m múltiplos complicadores.Na apre<strong>se</strong>ntação que <strong>se</strong> <strong>se</strong>gue está subjacente ocomplexo destas variáveis para as quais não <strong>se</strong> estaráaqui chamando a atenção com a freqüência quemerecem. Entre elas podem <strong>se</strong>r lembradas pessoascomo avós, pais, amigos, colegas, professores de todosos níveis de escolaridade, esposo, filhos, diretores e<strong>ou</strong>tros como chefes, alunos, o próprio trabalho(especialmente de ensino e pesquisa) e as leituras.Quando <strong>se</strong> completa 50 anos de exercício profissional,trabalhando na Psicologia e na Educação parece <strong>se</strong>rum marco temporal adequado para <strong>se</strong> fazer um balançodo que foi realizado. Todavia, face ao espaço disponível<strong>se</strong>rá feita aqui uma apre<strong>se</strong>ntação de cunho maisquantitativo <strong>se</strong>m maiores avanços no significadoemocional que tiveram e <strong>se</strong>m adentrar nos prazeres,angústias e tristezas que povoam a vida profissional.A escolha da Educação como área de atuação foiqua<strong>se</strong> uma imposição materna, que temia ver a filhacasar e parar de estudar. Isto nunca ocorreria já quedesde os três <strong>ou</strong> quatro anos já havia aceito como naturala necessidade de aprender algo novo todos os dias(discurso e ação das avós). Mas a mãe (Custódia N.Porto) ao casar, com p<strong>ou</strong>co mais de 15 anos largara o<strong>se</strong>studos e isto <strong>se</strong>mpre foi uma nuvem em <strong>sua</strong> alegria deviver. Nuvem que ela afastava com muita leitura. Assim,por <strong>sua</strong> insistência e para <strong>sua</strong> tranqüilidade a filha foi<strong>se</strong>r normalista. Foi aí que encontr<strong>ou</strong> a Psicologia,conduzida pelas mãos de uma professora (MariaAparecida Ar<strong>ou</strong>ca) que sabia transmitir o conteúdo e oprazer que este conhecimento trazia, além disso, usavao saber psicológico muito bem em sala de aula. Não erauma produtora de conhecimento mas com criticidadeao transferir conhecimentos indicava a necessidade depesquisar. Assim a insistência da mãe, as<strong>se</strong>gur<strong>ou</strong> a duplaoportunidade: o prazer do ensinar e o encontro daPsicologia, como área do conhecimento tão rica e útilpara o <strong>se</strong>r humano.Formada professora normalista a Autora assumiu otrabalho, em agosto de 1953, tomando pos<strong>se</strong> de umacadeira (assim eram chamadas as vagas) na 3ª EscolaMista de Mogi das Cruzes. A experiência mostr<strong>ou</strong> anecessidade de dar continuidade aos estudos. Haviaproblemas, falta de recursos financeiros, universidadesó em São Paulo, filha com três anos, trabalho etc. Masnão são realmente barreiras quando <strong>se</strong> quer ir além e <strong>se</strong>encontra apoio na família e estímulo entre os amigos.Na USP a ênfa<strong>se</strong> em qua<strong>se</strong> todas as disciplina<strong>se</strong>ra o fazer ciência; <strong>se</strong>r auxiliar nas pesquisas dosprofessores; fazer pesquisas e ir às fontes originai<strong>se</strong>ram atividades comuns. Aprendia-<strong>se</strong> muito conteúdo,1Sínte<strong>se</strong> da apre<strong>se</strong>ntação feita no VI Congresso Brasileiro de Psicologia Escolar e Educacional, realizado em Salvador, Bahia, em abril de 20032Docente da UMC/PUC-Campinas
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