204diversificadas. Embora <strong>se</strong>m usar a estrutura do discursocientífico para relato de pesquisa, o trabalho estáalicerçado em dados de um projeto de pesquisaenvolvendo este tipo de participantes, em salas de aulado sétimo grau. Concluem que é possível mudar osresultados da aprendizagem da alfabetização, o queimplica menos em encontrar procedimentos de avaliaçãomais eficientes do que mudar os programas de sala deaula. Mas destacam que ensinar e avaliar estãoin<strong>se</strong>paravelmente unidos.É de Jenni Connor o artigo que aparece em <strong>se</strong>guidae enfoca o mesmo problema tendo por ba<strong>se</strong> de dadospesquisa realizada com crianças indígenas, de formamuito sucinta e com ba<strong>se</strong> em <strong>sua</strong> leitura pessoal acríticada situação.O uso de registros contínuos em sala de aula éenfocado por Lorraine Wilson e Melissa Dash queregistraram a freqüência de erros em leitura de ummenino de oito anos. Limitam-<strong>se</strong> a reproduzir exemplosde registros <strong>se</strong>m maiores comentários <strong>ou</strong> análi<strong>se</strong>s.Concluem que a análi<strong>se</strong> de erros é produtiva, mas nãohá dados para alicerçar tal afirmação além do constantenas p<strong>ou</strong>cas referências de apoio.Anne Nelson teve reimpresso um breve registro quefez de avaliação de leitura de forma autêntica incluindoatitudes, envolvimento e satisfação com a tarefa. Sãoregistros qualitativos. Também lembra a importância deregistros feitos pelos pais e auto-avaliações feitas pelacriança. Aponta a importância dos registros atenderemaos quesitos governamentais.A necessidade de moderação ao <strong>se</strong> tratar daavaliação autêntica na escola como um todo é apreocupação de John Davidson em <strong>sua</strong> brevecomunicação. Lembra que o Registro Cumulativo é umaestratégia em uso por muitos anos que vem <strong>se</strong>ndocompletada por sínte<strong>se</strong>s (Profiles) para leitura ematemática, com um progressivo caráter cumulativo.<strong>Os</strong> registros feitos pelos alunos devem <strong>se</strong>r consideradoscom muita moderação uma vez que não <strong>se</strong> tem<strong>se</strong>gurança quanto a autenticidade, <strong>se</strong>gurança,fidedignidade e validade dos mesmos.Nas últimas décadas o uso de “portfolios” paraacompanhar a aprendizagem feita pelas crianças torn<strong>ou</strong><strong>se</strong>uma prática bastante difundida especialmente na áreada leitura e escrita. Jeff Wilson tece algumasconsiderações sobre a matéria de forma clara e sintética.Lembra que <strong>se</strong> está falando de coleção de trabalhosproduzidos pelas crianças ao longo do período escolar,Re<strong>se</strong>nhasusados para fornecer evidências de <strong>se</strong>u de<strong>se</strong>nvolvimentoao longo do ano, fornecer informações aos pais,elementos sobre o de<strong>se</strong>nvolvimento curricular e manterum arquivo sobre o de<strong>se</strong>nvolvimento da criança ao longoda escolarização primária, portanto, é mais do que uminstrumento de avaliação. É um ótimo texto didático.Greer Johson em <strong>se</strong>u artigo trata das tarefas deavaliação da linguagem e o que está subjacente àsmesmas. Lembra que medir a fala em sala de aula éainda uma questão problemática e que tem implícito oconceito de leitura quando <strong>se</strong> enfoca também aalfabetização crítica e a posição da leitura no próprioensino. Relata a mudança de posição registrada emum estudo de caso indo de um controle da clas<strong>se</strong>, parauma resposta pessoal até alcançar um padrão de análi<strong>se</strong>tanto do texto como do autor.Michal McNamara descreve as opções de avaliaçãoda leitura disponíveis para os professores do ensinomédio cujos propósitos devem estar muito claros paraos professores que também devem estar <strong>se</strong>guros paraescolher os meios de avaliar os estudantes quesatisfaçam <strong>sua</strong>s necessidades específicas. Comoinstrumentos sugere: ob<strong>se</strong>rvação, escrutínio do processode leitura, colaboração, avaliação do currículo por testespadronizados, avaliação da comunicação, comparaçãodos objetivos previstos e efetivamente alcançados, umaampla mensuração. <strong>Os</strong> critérios incluem os definidospelo especialista em leitura, o comportamento de leituraanterior do estudante (nível operante <strong>ou</strong> inicial) e ocritério acadêmico pré-definido.Hoje a auto-avaliação é considerada como aspectoimportante do processo. É deste tópico que Kaye Lowetrata no <strong>se</strong>u artigo, mas voltada para a educação<strong>se</strong>cundária e tendo por ba<strong>se</strong> pesquisa realizada com1200 alunos que <strong>se</strong> auto-avaliaram, demonstrandoestarem cientes de que a alfabetização mud<strong>ou</strong> <strong>sua</strong>svidas. Destaca que os princípios básicos do ensinaraprenderdevem estar pre<strong>se</strong>ntes. <strong>Os</strong> alunos precisamrealmente estar querendo aprender, o respeito e averdade devem <strong>se</strong>r pre<strong>se</strong>rvados, o ambiente deaprendizagem precisa <strong>se</strong>r cuidado, bem comoaprendizagem e avaliação devem estar interligadas. Oprocesso de avaliação de aprendizado precisa <strong>se</strong>rexplícito para que funcione bem. Também não <strong>se</strong> podeesquecer que todos precisam monitorar a qualidade doque fazem.Alguns autores trataram dos testes como instrumentode avaliação. O primeiro deles incluído no livro foi o
Re<strong>se</strong>nhas 205texto de Brian Camb<strong>ou</strong>rne que lembra a receptividadedas comunidades na avaliação sistemática da leiturarecorrendo a testes, realizada pelo governo. <strong>Os</strong> testesaplicados têm por características: aplicação coletiva,padronização (de nível, de aplicação e de interpretação),são comparativos (têm normas) e orientam o produto.<strong>Os</strong> pressupostos estabelecidos são: avaliação é sinônimode medida; deve <strong>se</strong>r objetivo; os resultados de testespadronizados podem <strong>se</strong>r amplamente generalizados parao mundo real; o processo ocupa uma parte mínima node<strong>se</strong>mpenho efetivo em alfabetização (leitura) e emcomportamentos correlatos e os resultados dos testessão úteis e utilizáveis por professores e alunos.O mesmo autor é responsável pelo breve texto que<strong>se</strong> <strong>se</strong>gue, <strong>se</strong>ndo que, desta feita, aponta cinco itens queesclarecem os pontos obtidos quando <strong>se</strong> recorre a testesno sistema educacional. São repetição do ditoanteriormente, sobre as características fundamentaisdeste recurso. É mera redundância de parte do capítuloanterior e não precisaria <strong>se</strong>r incluído na pre<strong>se</strong>nte <strong>se</strong>leçãojá que não há qualquer acréscimo apreciável.Claire M. Wyatt Smith em <strong>se</strong>u texto explora asrelações entre os amplos programas de escalas deavaliação da alfabetização e a sala de aula ba<strong>se</strong>ada naavaliação, enfocando prioritariamente o professor.Apre<strong>se</strong>nta dados de pesquisa realizada com professoresda 1ª até a 7ª série que foram entrevistados sobre comoviam o ensino de leitura com ba<strong>se</strong> na avaliação em salade aula e o programa de avaliação governamental.Apontam vários pontos convergentes e concluem quehá necessidade de aproveitar melhor as relações entreas avaliações. A autora destaca a necessidade de levarem consideração as ob<strong>se</strong>rvações feitas pelos docentes.Nola Alloway e Pam Gilbert analisam os dados daavaliação geral da leitura nas escolas da Austrália,conduzida por meio de teste sob a responsabilidade dogoverno e que constaram do Literacy Standards inAustrália. Fazem uma análi<strong>se</strong> qualitativa tendo por ba<strong>se</strong>os resultados quantitativos obtidos. Concluem que osresultados descritivos embora úteis não permitemesclarecer muitos dos porquês que emergem de <strong>sua</strong>leitura. O acompanhamento de séries de testes mostrama necessidade dos responsáveis pesquisarem as causasdo baixo de<strong>se</strong>mpenho sistemático em algumas regiões.Há necessidade de investimento nos docentes paramudar a realidade. <strong>Os</strong> professores devem cuidar tantodos indicadores individuais como estarem atentos aospadrões esperados.O último trabalho é assinado por Marion Meiers efoi primeiramente apre<strong>se</strong>ntado em um evento sobrealfabetização sob a forma de conferência. A autora tentatraçar um mapa geral, com alguns p<strong>ou</strong>cos detalhes daeducação australiana nos anos 90 do século XX. Lembraque o público pass<strong>ou</strong> a <strong>se</strong> interessar e a acompanhar aavaliação e os relatórios das avaliações feitas em termosnacionais e a tomar ciência das <strong>sua</strong>s vantagens e limites.Inicialmente despontaram os professores como osprincipais personagens para em <strong>se</strong>guida <strong>se</strong>remdestacados também o Estado, a mídia, os pais e o<strong>se</strong>mpregadores. O Estado como maior provedor defundos para a escolarização deve estar profundamenteenvolvido com os objetivos e a natureza da alfabetizaçãoe do ensino da língua, fornecer os padrões (<strong>ou</strong> resultado<strong>se</strong>sperados) a <strong>se</strong>rem alcançados pelos alunos. Hánecessidade de mudanças no <strong>se</strong>tor público, naparticipação dos pais, nos resultados esperados e nasavaliações a <strong>se</strong>rem feitas periodicamente.Embora o cenário educacional e cultural tratado nolivro <strong>se</strong>ja australiano, pode-<strong>se</strong> dizer que há muitainformação que poderia <strong>se</strong>r útil quer aos pais, professore<strong>se</strong> administradores quer para romper a resistência àavaliação, especialmente as realizadas por pesquisadore<strong>se</strong> pelo governo no âmbito nacional de qualquer país. Adespeito das limitações apre<strong>se</strong>ntadas o livro é uma leituraenriquecedora para quantos <strong>se</strong> preocupem com leitura,escrita e avaliação educacional.Geraldina Porto WitterUMC/PUC-Campinas
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