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INTRODUÇÃO Os - Para associar-se ou renovar sua anuidade ...

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198 Nayara ArgolloPrevalência<strong>Os</strong> estudos nacionais e internacionais situam aprevalência do TDAH em uma variação tão grandequanto 1,7% a 17,8%. Essa ampla variação pode <strong>se</strong>rexplicada pelas diferenças em informantes (pais <strong>ou</strong>professores), cultura e critérios para o diagnóstico.<strong>Os</strong>critérios atuais, com a inclusão de subtipos em que podeexistir a predominância de desatenção <strong>ou</strong> dehiperatividade-impulsividade, têm resultado em umprevisível aumento da taxa de diagnóstico (Rohde,Barbosa, Tramontina & Polanczyk, 2000).A prevalência por <strong>se</strong>xo varia. Entre as crianças quesão encaminhadas para psiquiatras <strong>ou</strong> psicólogos, a taxamasculina/feminina é de 3:1 a 9:1, enquanto estudosrealizados diretamente na comunidade com crianças emidade escolar esta taxa é de 2:1. Em contraste, entreadolescentes a taxa é de 1:1. E, entre adultos jovens, hápredominância em mulheres, com taxa de 2:1. Adiferença entre as taxas realizadas em estudos clínico<strong>se</strong> comunitários, pode estar associada à predominânciade hiperatividade em meninos, o que conduz a uma maiorqueixa comportamental e encaminhamento aoatendimento (Biederman, Faraone, Spencer, Wilens,Mick & Lapcy, 1996). Estudos nacionais situam aprevalência entre 3% e 6% (Rohde, Barbosa,Tramontina & Polanczyk, 2000). É difícil compararprevalência entre os estudos nacionais e internacionaispor causa dos diferentes critérios diagnósticos utilizados,métodos de avaliação e diferença cultural de interpretarcomportamento. Contudo, nenhuma grande diferençacultural tem sido relatada (Rohde & cols., 2000).GenéticaO TDAH tem um forte componente genético, comtaxa de hereditariedade de 0,75 a 0,91. Estudos genéticostêm sido dirigidos para genes que são envolvidos natransmissão dopaminérgica, uma vez que os circuitosdopaminérgicos fronto-estriatal estão envolvidos nafisiopatologia do transtorno (Gill, Daly, Heros, Hawi &Fitzgerald, 1997).EvoluçãoA persistência do TDAH e o <strong>se</strong>u diagnóstico noadulto tem sido <strong>ou</strong>tra fonte de controvérsias. A maioriados estudos prospectivos de crianças em idade escolartem mostrado persistência dos sintomas na adolescênciae vida adulta. O número dos sintomas diminui no finalda adolescência e na vida adulta. A persistência desintomas de TDAH na adolescência é associada comcomprometimento importante do comportamento, doajustamento social e rendimento acadêmico. Adultos comsintomas persistentes apre<strong>se</strong>ntam uma taxa mais elevadade abandono escolar, subempregos e transtornos depersonalidade. A freqüência de abuso de drogas(excetuando-<strong>se</strong> o álcool) é maior entre adolescentes eadultos jovens com TDAH, predominando entre aquelesno qual está associado o distúrbio de conduta e antisocialna infância (Shaffer, 1994). Entre aquelas criançascujos sintomas desapareceram na adolescência <strong>ou</strong> foramcorretamente tratadas, elas ficam comparáveis aos <strong>se</strong>uspares normais no que diz respeito à ocupação, funçãosocial e abuso de drogas, mas não em relação aode<strong>se</strong>mpenho acadêmico, pois anos de desatençãoprejudicam de forma importante a apreensão dosconhecimentos (Manzza & cols., 1993). O prognósticocom relação a habilidades sociais e auto-estima é melhornas crianças que utilizaram tratamento medicamentoso.Quadro ClínicoO quadro clínico da TDAH pode <strong>se</strong>r facilmenteidentificado por professores e pais. Desatenção,hiperatividade e impulsividade são a tríade clássica. Adesatenção leva a criança a ter dificuldade de prestaratenção a detalhes e errar por descuido em atividade<strong>se</strong>scolares e de trabalho (“err<strong>ou</strong> na prova o assunto quesabia”); a ter dificuldade para manter a atenção em tarefas<strong>ou</strong> atividades lúdicas (“fica no mundo da lua”); a parecernão escutar quando lhe dirigem a palavra (“quando estáassistindo à TV <strong>ou</strong> jogando vídeo-game, eu morro dechamar e ele não responde”); a não <strong>se</strong>guir instruções enão terminar tarefas escolares, domésticas <strong>ou</strong> deveresprofissionais (“é desobediente”); a ter dificuldade emorganizar tarefas e atividades (“é muito desorganizado, oquarto fica uma bagunça e na mochila da escola misturaas apostilas, os cadernos são riscados...”); evitar, <strong>ou</strong>relutar, em envolver-<strong>se</strong> em tarefas que exijam esforçomental contínuo (“quando o dever é grande, grita logoque não vai fazer aquilo tudo”); a perder coisasnecessárias para tarefas e atividades (“tenho que vivercomprando lápis e borracha”); e a <strong>se</strong>r facilmente distraídopor estímulos alheios à tarefa que está executando (“atéuma mosca voando desvia a atenção dele”) e a <strong>se</strong>resquecido em <strong>sua</strong>s atividades diárias (“de manhã quandovai para a escola, vai entrando no elevador <strong>se</strong>m a lancheiraque tem que levar todo dia”) . A hiperatividade leva acriança a agitar as mãos <strong>ou</strong> os pés <strong>ou</strong> <strong>se</strong> remexer na

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