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ALEXANDRA_versão final - UNISC Universidade de Santa Cruz do ...

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56<strong>de</strong>monstra o gran<strong>de</strong> prazer que sente em cultivar e trabalhar na terra, próprio <strong>do</strong>s imigrantesque eram trabalha<strong>do</strong>res esforça<strong>do</strong>s e disciplina<strong>do</strong>s:Chupou o beiço, sacudiu a regeira, convidan<strong>do</strong> a junta: Negrito, Sinuelo, bamo, boivéio!O capim ergueu-se, on<strong>de</strong>ou, a terra se abriu, as raízes viraram para cima. Um cheirobom <strong>de</strong> terra fresca subia <strong>do</strong>s regos recém-abertos. Lento, pesa<strong>do</strong>, o andar <strong>do</strong>s bois.Mas o ferro se arrastava, viran<strong>do</strong> a terra, daqui pra lá, <strong>de</strong> lá pra cá, <strong>de</strong> ponta a ponta<strong>do</strong> eito. Cumprin<strong>do</strong> o seu <strong>de</strong>stino. [...] Ele, ara<strong>do</strong> e bois formavam um bloco único,semovente, uma força telúrica os levava <strong>de</strong> rastos. (1997, p. 87)2.2.3 A imigração alemã, italiana e a expansão da economia gaúchaO surgimento da fábrica mo<strong>de</strong>rna fez com que nascessem relações assalariadas <strong>de</strong>produção. Quan<strong>do</strong> foi proclamada a in<strong>de</strong>pendência em 1822, o café estava em ascensão comoo primeiro produto <strong>de</strong> exportação brasileira, o que fez surgir uma classe social <strong>de</strong> eliteformada pelos gran<strong>de</strong>s cafeeiros, que começaram a controlar a política <strong>do</strong> país.O Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul, nesse perío<strong>do</strong>, apresentava forte <strong>de</strong>senvolvimento da pecuáriavoltada para o charque que abastecia o merca<strong>do</strong> interno brasileiro. Os presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>províncias eram nomea<strong>do</strong>s pelo centro e governavam segun<strong>do</strong> os interesses <strong>de</strong>sse, o queresultou em diversas rebeliões nos Esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> zonas periféricas Brasileiras. No Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong>Sul eclodiu, em 1835, a Revolução Farroupilha, que durou <strong>de</strong>z anos <strong>de</strong> constantes lutas entregaúchos e o governo central. Os farrapos acusavam o governo <strong>de</strong> má gestão <strong>do</strong> dinheiropúblico e <strong>de</strong> gastar segun<strong>do</strong> seus interesses ao cobrarem impostos <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> Sul-Riogran<strong>de</strong>nse exploran<strong>do</strong>-o, por isso[...] tornava-se claro para os gaúchos que o Rio Gran<strong>de</strong> era relega<strong>do</strong> à posição <strong>de</strong>“estalagem <strong>do</strong> Império”: fornecia solda<strong>do</strong>s, cavalos e alimento durante as lutasfronteiriças; a guerra <strong>de</strong>sorganizava sua produção mas não recebia in<strong>de</strong>nização pordanos sofri<strong>do</strong>s. (PESAVENTO, 2002, p. 38)A Revolução Farroupilha era sustentada pelos estancieiros que cediam seus peões paraservirem ao exército revolucionário porque i<strong>de</strong>alizavam a in<strong>de</strong>pendência política <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>gaúcho em relação ao centro, mas com a continuação <strong>do</strong>s laços econômicos. Como o Esta<strong>do</strong>gaúcho não conseguiu competir economicamente com o centro, estava empobreci<strong>do</strong>, foiassinada a paz dia 28 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1845, em Ponche Ver<strong>de</strong>, com o acor<strong>do</strong> entre o Esta<strong>do</strong> e

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