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ALEXANDRA_versão final - UNISC Universidade de Santa Cruz do ...

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83Com a mudança da economia agrícola para a industrial, a valorização da cida<strong>de</strong> e o<strong>de</strong>scaso com o campo, a mulher saiu da casa para o trabalho fabril que lhes submeteu aocupações exploradas, inferiores e <strong>de</strong> carga horária maior que a <strong>do</strong>s homens. Em to<strong>do</strong> lugar asmulheres trabalhavam mais por menores salários. O argumento utiliza<strong>do</strong> pelos emprega<strong>do</strong>ressobre os baixos salários das mulheres era a sua falta <strong>de</strong> preparo para o emprego <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> àeducação ina<strong>de</strong>quada. Dessa maneira, a perspectiva <strong>de</strong> futuro da gran<strong>de</strong> maioria <strong>do</strong> sexofeminino era o casamento ou a vida nas ruas. A falta <strong>de</strong> qualificação ocasionava a exclusãopolítica, o que tornava impossível às mulheres qualquer reforma <strong>de</strong> direito à educação, àuniformida<strong>de</strong> salarial ou igualda<strong>de</strong> diante da lei.Durante a Revolução Industrial as mulheres foram projetadas <strong>de</strong> suas vidas <strong>de</strong> trabalhorotineiras no lar para o trabalho da fábrica, sua disciplina e rigi<strong>de</strong>z. O trabalho fora se tornouuma necessida<strong>de</strong>, pois só com seus salários era impossível sobreviver, obrigan<strong>do</strong>-as, portanto,a ficarem presas ao matrimônio pela necessida<strong>de</strong> da sobrevivência, <strong>de</strong>ssa maneira os homensainda conservavam seu <strong>do</strong>mínio:Toda revolução é uma revolução <strong>de</strong> idéias – no entanto, inovar não é reformar. Asrevoluções <strong>do</strong> século XVIII, tão diferentes umas das outras em alguns <strong>de</strong> seusaspectos mais profun<strong>do</strong>s, mesmo assim tiveram uma verda<strong>de</strong> singela em comum –todas elas foram a revolução para alguns, não para to<strong>do</strong>s. E apenas algumas idéiasforam <strong>de</strong>rrubadas [...]. Das que sobreviveram, a mais resistente e dura<strong>do</strong>ura foi a dasuperiorida<strong>de</strong> natural <strong>do</strong> homem. ( MILES, 1989, p. 224)No o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> colonização, as mulheres estiveram sempre presentes, não só pela mão<strong>de</strong>-obrapara o trabalho, mas principalmente para a reprodução, já que os territórios <strong>de</strong>colonização apresentavam climas hostis e <strong>do</strong>enças, o que facilitava a morte infantil. Na vidanos impérios, as mulheres <strong>de</strong>senvolveram toda espécie <strong>de</strong> novas habilida<strong>de</strong>s com a mesmafacilida<strong>de</strong> que aprendiam os serviços <strong>do</strong>mésticos, essas habilida<strong>de</strong>s constavam <strong>de</strong> maneiras <strong>de</strong>sobreviver no local on<strong>de</strong> ocorria a colonização. Dessa maneira, muitas mulheres apren<strong>de</strong>ram acavalgar em mulas, camelos, cavalos, bois, ou elefantes por distâncias imensas, a navegar ànoite e enfrentar to<strong>do</strong> tipo <strong>de</strong> crise que aparecesse no novo mun<strong>do</strong>. A vida da mulher <strong>do</strong>scoloniza<strong>do</strong>res e construtores <strong>de</strong> impérios era muito dura.No século XIX as novas condições <strong>de</strong> trabalho que surgiram serviram para afastar maisa mulher <strong>de</strong> seu mari<strong>do</strong> e <strong>de</strong> seus trabalhos <strong>do</strong>mésticos pois, com um crescente

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