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ALEXANDRA_versão final - UNISC Universidade de Santa Cruz do ...

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6630 preocupou-se em estabelecer uma cooperação mútua entre os burgueses, respeitan<strong>do</strong> osdiferentes interesses <strong>de</strong>sses, seja nos setores comerciais, financeiros e industriais, o queoriginou uma nova elite que mesmo não sen<strong>do</strong> parte da burguesia <strong>de</strong> exportação, continuou a<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os interesses da burguesia interna e <strong>de</strong>u seguimento ao processo <strong>de</strong> capitalismo ecentralização <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r e capital que se instalou no país.Na República Nova o Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul ocupava posição importante com relação aoutros Esta<strong>do</strong>s brasileiros, pois com a Revolução <strong>de</strong> 30 e a ascensão <strong>de</strong> um gaúcho ao posto<strong>de</strong> presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> país, o povo esperava um governo que melhor aten<strong>de</strong>sse aos seus interesses.Os agropecuaristas e <strong>de</strong>mais participantes da elite regional esperavam obter o apoio antes<strong>de</strong>stina<strong>do</strong> aos cafeicultores paulistas. Isso não ocorreu e parte <strong>do</strong>s pecuaristas gaúchos, uni<strong>do</strong>saos paulistas, organizou em 1932 um movimento contra-revolucionário.O governo central tinha por objetivo diversificar e integrar a economia produzida nopaís, uma medida capitalista, que só não seria feita caso os interesses das regiões nãoconcordassem com os objetivos maiores <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. O esta<strong>do</strong> gaúcho também fazia parte <strong>do</strong>sinteresses <strong>do</strong> governo, pois tinha o papel <strong>de</strong> fornecer gêneros <strong>de</strong> subsistência para o merca<strong>do</strong>interno nacional, porém, os agropecuaristas não percebiam os problemas que esse sistema <strong>de</strong><strong>de</strong>pendência e ao mesmo tempo complementarida<strong>de</strong> trazia consigo.O charque ainda era o principal produto sulino, mas enfrentava a forte oscilação <strong>de</strong>preço <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> interno cada vez mais competitivo com a entrada <strong>do</strong>s frigoríficosestrangeiros, o que resultava em novas divergências entre os cria<strong>do</strong>res <strong>de</strong> ga<strong>do</strong> e o governoque começava a acreditar na agricultura como mais ren<strong>do</strong>sa que a criação <strong>de</strong> ga<strong>do</strong>. Aospoucos a pecuária começou a entrar em crise novamente.Apesar <strong>de</strong> agricultura se mostrar mais ren<strong>do</strong>sa, em Estrada nova o Coronel Teo<strong>do</strong>roacredita que um fazen<strong>de</strong>iro possui mais prestígios em relação a um agricultor, por issoestranha quan<strong>do</strong> Leandro Antunes, seu vizinho, comenta que outro fazen<strong>de</strong>iro da região,Alfeu, começará o plantio em suas terras. Teo<strong>do</strong>ro vê essa atitu<strong>de</strong> como uma tolice <strong>do</strong> outro:- Decididamente, está <strong>do</strong>i<strong>do</strong> varri<strong>do</strong>. Isso não é cousa <strong>de</strong> gente certa, não. Tem jeito<strong>de</strong> ser chacoalhada <strong>de</strong> livro. On<strong>de</strong> é que já se viu um fazen<strong>de</strong>iro que se preze semeter em plantações <strong>de</strong>sse tipo, em gran<strong>de</strong> escala? Por aqui nunca se viu! (1992, p.96-97)

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