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ALEXANDRA_versão final - UNISC Universidade de Santa Cruz do ...

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62sempre com o objetivo <strong>de</strong> formar um frigorífico que respon<strong>de</strong>sse aos apelos <strong>do</strong>s pecuaristas: ofrigorífico Rio-Gran<strong>de</strong>nse. A eclosão da Primeira Guerra Mundial foi o fator que propiciouuma melhora na economia gaúcha, que exportava carne e <strong>de</strong>mais alimentos produzi<strong>do</strong>s paraos países bélicos.Paralelamente a essa crise superada pela pecuária, a agricultura colonial passava porgraves problemas com a competição <strong>de</strong> produtos agrícolas <strong>de</strong> outros Esta<strong>do</strong>s que selocalizavam no centro <strong>do</strong> país. Também ocorria esgotamento <strong>do</strong> solo e a divisão da terracomo herança <strong>de</strong> pai para filho, <strong>de</strong> filho para neto e assim por diante com famílias numerosasa ponto <strong>de</strong> não ter mais como fracionar. Também ocorria uma monopolização <strong>do</strong>s lucrospelos comerciantes que pagavam preços baixos ao produtor.A maneira que os produtores rurais encontraram para sair da crise foi exportar paranovos merca<strong>do</strong>s, como o Prata. As necessida<strong>de</strong>s criadas pela guerra também favoreceram aagricultura gaúcha a sair da crise, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que em 1920 o Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul aumentou aprodução e exportação. A cultura <strong>do</strong> arroz expandiu-se nesse perío<strong>do</strong> e tornou-se uma gran<strong>de</strong>fonte <strong>de</strong> renda, muitas terras on<strong>de</strong> havia criações <strong>de</strong> ga<strong>do</strong> foram arrendadas para o cultivo<strong>de</strong>sse grão. Esse fato econômico é menciona<strong>do</strong> no início <strong>do</strong> romance Estrada nova, quan<strong>do</strong>seu Fábio recorda a crise que o fez ven<strong>de</strong>r seu campo e lembra <strong>do</strong> alto valor <strong>do</strong> arroz naépoca:- Pois é, mas o linho estava em moda naqueles anos.- Eu me lembro, <strong>de</strong>u a febre <strong>do</strong> linho neste Rio Gran<strong>de</strong>.- Aguar<strong>de</strong> até o fim <strong>do</strong> causo. O linho só me <strong>de</strong>u prejuízo. Mas o arroz, no primeiroano, livrou as <strong>de</strong>spesa. (1992, p. 27)Com a agricultura e a pecuária fortifica<strong>do</strong>s pelas necessida<strong>de</strong>s geradas pela guerra, oRio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul acumulava dinheiro e, por isso, começava, calmamente, o processo <strong>de</strong>industrialização. Esse processo recebeu to<strong>do</strong> o apoio necessário <strong>do</strong> governo que pretendiaobter apoio político e financeiro <strong>do</strong>s pecuaristas.O perío<strong>do</strong> da Guerra, como dispunha <strong>de</strong> um ótimo merca<strong>do</strong> para o Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul,foi o melhor perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> governo Borges <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>iros. Mas no plano social a situação estava<strong>de</strong>licada, greves agitavam o Esta<strong>do</strong>, os operários estavam organiza<strong>do</strong>s em sindicatos, haviatendências socialistas, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a isso o governo

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