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ALEXANDRA_versão final - UNISC Universidade de Santa Cruz do ...

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86populações rurais <strong>de</strong>sse Esta<strong>do</strong>. Esse autor <strong>de</strong>screve com sabe<strong>do</strong>ria e conhecimento essa criseenfrentada pelas famílias gaúchas nas primeiras décadas <strong>do</strong> século menciona<strong>do</strong>, mas o quenos interessa em suas obras é, principalmente, a situação da mulher gaúcha <strong>de</strong>sse tempo.Temos pouquíssimos registros históricos que comentam a situação da mulher nessa época,razão pela qual usamos a literatura como meio <strong>de</strong> conhecimento e entendimento <strong>de</strong>ssasocieda<strong>de</strong> patriarcal.3.2 A mulher nos romances Sem rumo, Porteira fechada e Estrada nova3. 2. 1 O silêncio feminino em Sem rumoCom Sem rumo, Cyro Martins inicia a trilogia <strong>do</strong> gaúcho a pé, que consta também dasobras Porteira fechada e Estrada nova. Já analisamos que o enre<strong>do</strong> <strong>de</strong> Sem rumo inicia emaproximadamente 1923 e esten<strong>de</strong>-se até 1933 ou 1934, também já comentamos no estu<strong>do</strong>anterior que a história se passa na Estância <strong>do</strong> Silêncio, proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Nicanor Ayres,consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> um bom patrão pelos peões e <strong>de</strong>mais serviçais.O personagem central <strong>do</strong> romance é Chiru, menino que sempre viveu na fazenda e nãosabe sua origem, <strong>de</strong> seu parentesco sabe apenas que é afilha<strong>do</strong> <strong>de</strong> seu Nicanor, mas não possuiregalias por essa proteção, vive como os <strong>de</strong>mais peões <strong>do</strong> local. Na fazenda tambémtrabalham outros personagens como Clarimun<strong>do</strong>, companheiro <strong>de</strong> Evarista, Maria e Manuel,que são casa<strong>do</strong>s, o viúvo Tomás Barbosa com os filhos, as empregadas Siá catarina e Leonore os <strong>de</strong>mais peões como Chiru: o anão Velasquez, o velho João Antônio, Felipe, Florin<strong>do</strong>, onegro Quileto e outros que não são menciona<strong>do</strong>s mas que existem na obra porque são cita<strong>do</strong>s.Em uma li<strong>de</strong> campeira, em que os peões precisavam atravessar um rio, há <strong>de</strong>z cavalos querealizam a tarefa, mas em toda obra aparecem somente os nomes <strong>de</strong> Clarimun<strong>do</strong>, Chiru,Felipe e negro Quileto como aptos a realizarem o serviço campeiro: “Dez encontros <strong>de</strong>cavalos em fila começaram a cortar a corrente” (1997, p.61). Supõe-se, <strong>de</strong>ssa maneira, que afazenda tinha mais agrega<strong>do</strong>s que não são personagens da história narrada.Doente e velho, seu Nicanor obriga-se a ir embora para a cida<strong>de</strong> em busca <strong>de</strong> um maiorconforto e tratamentos médicos, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> a estância aos cuida<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Clarimun<strong>do</strong>, seu

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