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ALEXANDRA_versão final - UNISC Universidade de Santa Cruz do ...

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85biológico, em especial às suas funções sexuais, e partiu em busca <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong> objetivoacerca da natureza <strong>do</strong> seu ciclo hormonal e das vicissitu<strong>de</strong>s da feminilida<strong>de</strong>.” (1984, p. 12)Aos poucos as mulheres conseguiram ir a<strong>de</strong>ntran<strong>do</strong> nas ativida<strong>de</strong>s sociais e políticas dasocieda<strong>de</strong> principalmente em épocas <strong>de</strong> mudanças e crises nos sistemas vigentes <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r.Dessa maneira, elas iam se infiltran<strong>do</strong> e penetran<strong>do</strong> na vida pública, em perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong>inquietação e <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m como mudanças sociais e guerras, já que era nesses momentos quesurgiam espaços e que tornava-se necessário a atuação feminina em diversos setores da vidaeconômica e social. Por isso, são poucos registros históricos em que aparece a voz feminina,uma vez que foram sempre os homens que organizaram as ativida<strong>de</strong>s públicas e <strong>de</strong> trabalho, ehouve pouca aceitação e possibilida<strong>de</strong>s para a mulher exercer alguma ação política.Por isso ao voltarem sua atenção para os fatos passa<strong>do</strong>s as mulheres percebem que suahistória precisa ser a to<strong>do</strong> tempo reinventada e re<strong>de</strong>scoberta. Os sofrimentos femininos forammuitos, até nos dias atuais, percebemos que a igualda<strong>de</strong> sexual não existe totalmente, ainda hásistemas <strong>de</strong> <strong>do</strong>minação que situam o homem acima da mulher em diversas socieda<strong>de</strong>s <strong>do</strong>mun<strong>do</strong>:Em lugar nenhum socieda<strong>de</strong> nenhuma acabou realmente com a arcaica divisão <strong>do</strong>trabalho segun<strong>do</strong> o sexo, ou com as recompensas em bens e po<strong>de</strong>r que aacompanham. Em lugar nenhum as mulheres gozam <strong>do</strong>s direitos, privilégios,possibilida<strong>de</strong>s e lazer <strong>de</strong> que gozam os homens. Em toda parte o homem ainda seinterpõe entre a mulher e o po<strong>de</strong>r, a mulher e o esta<strong>do</strong>, a mulher e a liberda<strong>de</strong>, amulher e si mesma. ( MILES, 1989, p. 330)A História da mulher acima relatada e estudada se refere às mulheres européias e pareceter pouco em comum com a história da mulher gaúcha, mas sabemos que o Brasil foi um paíscoloniza<strong>do</strong> em gran<strong>de</strong> parte por socieda<strong>de</strong>s européias que traziam seus costumes, tradições esua organização patriarcal. Esses imigrantes localizaram-se, principalmente na região sul, porisso o Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul foi um Esta<strong>do</strong> que, durante séculos, a<strong>do</strong>tou os costumes europeus,principalmente no que se refere a maneira <strong>de</strong> tratar a mulher.Cyro Martins, em sua Trilogia <strong>do</strong> gaúcho a pé, retrata a péssima situação <strong>do</strong> homem <strong>do</strong>campo no início <strong>do</strong> século XX, pois a<strong>de</strong>ntravam os campos <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul atecnologia. Esse avanço da indústria começava a causar o êxo<strong>do</strong> rural e o aumento dapopulação urbana, o que gerava uma situação <strong>de</strong> <strong>de</strong>semprego e empobrecimento das

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