exportações, fez com que a produção de mel no Brasil aumentasse de 4 miltoneladas por ano, em 1960, para 40 mil toneladas por ano, em 2008.182.2 Produção do melO processo de formação do mel se inicia quando a abelha suga o néctarda flor e o armazena em sua bolsa melífera, o depositando, posteriormente, noalvéolo do favo no interior da colmeia. A partir daí, uma sequência detransformações ocorre, pois esse néctar passa pelo aparelho digestivo de váriasabelhas, as quais o sugam e o depositam novamente no alvéolo,sucessivamente, implicando na perda de água. Nesse processo, as enzimasinvertase, diastase e glicose oxidase, que são secretadas pelas glândulassalivares das abelhas, são adicionadas ao néctar e auxiliam na sua maturação(CANO, 2002; SPÜRGIN, 1997, SOUSA, 2007). O mel só estará pronto (maduro)quando atingir cerca de 20% de umidade: assim, o alvéolo é completado e emseguida operculado. Em uma colmeia, as abelhas conseguem controlar até certoponto o teor de umidade e a temperatura no interior da caixa (CRANE, 1987).O favo pode ser coletado da colmeia quando atingir mais de 75% dealvéolos operculados, para evitar problemas com umidade excessiva e oucontaminação microbiológica ou alteração organoléptica (WIESE, 2000).O mel é processado em local específico, denominado casa do mel, ondeexiste todo um ambiente propício e normatizado pela ABNT (NBR15585, 2008),desenvolvido especialmente para esta prática. O processo de extração do mel érelativamente simples, mas, de acordo com a literatura, é durante esseprocedimento que ocorrem as maiores contaminações no produto (TOSI et al.,2002) .Os procedimentos de extração do mel são:Recepção das melgueirasDesoperculaçãoCentrifugaçãoFiltragemDecantação
19EnvaseArmazenamentoEm cada etapa do processo existe perigo de contaminação, necessitandode cuidados especiais. Por ser um produto higroscópico, o mel capta muitofacilmente a umidade e, consequentemente, os odores do ambiente em que estásendo beneficiado (CRANE, 1975; TOSI et al., 2002).O mel também pode ser usado como ingrediente ou como compostosadicionados de própolis, geleia real ou pólen. No trabalho realizado por Bera(2004) foram estudadas amostras de mel adicionadas com concentrações de 2%e 5% de própolis, sem que houvessem alterações significativas nascaracterísticas físico-químicas do produto.2.3 Mel monofloral e multifloralO mercado apícola vem crescendo muito nos últimos anos e, com isso,também o conhecimento e as exigências de um produto cada vez mais elaboradopara determinado consumo. Para, isso torna-se necessário, antes de tudo, oconhecimento da origem botânica do mel, pois méis de determinadas floradaspodem antecipar algumas informações, tanto para o controle de qualidade quantopara o comércio. A classificação entre mel monofloral e multifloral é um fatormuito importante e de grande interesse para a apicultura, sendo muito estudada(MATEO e BOSH-REIG, 1998; SERRANO, 1994). Essa classificação é feita poruma análise microscópica, de forma que o mel pode ser considerado monofloralquando possui predominância maior que 45% do pólen de uma única espéciefloral, portanto, quando não há predominância de espécie de pólen o mel éclassificado como multifloral (MERCOSUL, 1995; MATEO e BOSH-REIG, 1998).No Estado de São Paulo, a maior procura é pelo mel de laranjeira devidoao seu sabor cítrico suave e à coloração clara. A produção é feita em pomaresonde é cultivada essa fruta, sendo restrita somente na época de florada dalaranjeira. O mel proveniente das flores silvestres é encontrado em maiorabundância, sendo possível sua produção durante o ano todo; possui grandevariedade de cores, odores e sabores, de acordo com a florada visitada e donéctar coletado pelas abelhas. As áreas de plantio do eucalipto vem aumentando
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