26máximo permitido de sólidos insolúveis em água no mel é de 0,1%, para o melcentrifugado, e de 0,5%, para o prensado (BRASIL, 2000).A atividade diastásica é um parâmetro de qualidade que indica o frescor domel, podendo indicar também o superaquecimento ou problemas acarretadospelo armazenamento prolongado ou inadequado do produto (SANCHO et al.,1992; BOGDANOV et al., 1999). O mínimo de atividade diastásica permitida pelalegislação brasileira é de 8 na escala de Gothe, se o teor de HMF for maior que15 mg/kg e 3, se o HMF não exceder 15 mg/kg, de mel (BRASIL, 2000).A primeira propriedade percebida pelo consumidor é a cor do mel; cujadeterminação é um parâmetro de classificação do mel, que pode variar de brancoágua até tonalidades mais escuras como âmbar escuro (BOGDANOV et al.,2004). A variação da cor também está relacionada a sua origem botânica, clima,solo, umidade e altitude (WIESE, 2000).Outro parâmetro que auxilia na classificação do mel é a condutividadeelétrica, incluída recentemente aos novos padrões internacionais do mel (CODEXALIMENTARIUS, 2001; EUROPEAN COMMISSION, 2002). O método de análiseda condutividade elétrica está descrito em Bogdanov et al. (1997).Algumas análises que auxiliam no controle de qualidade do mel estãodescritas no livro Métodos físico-químicos para análise de alimentos (SAKUMA etal., 2005): a) reação de Lund, que detecta a presença de albuminoides no mel. b)Fiehe, que analisa qualitativamente a presença de substâncias produzidasdurante o superaquecimento ou pela adição de xaropes de açúcar no mel. c)Lugol que pesquisa a presença de amido e dextrinas (WIESE, 2000; BERA eALMEIDA-MURADIAN, 2007; SAKUMA et al., 2005).As proteínas desempenham uma função importante na nutrição humana,e possuem propriedades organolépticas de textura e também podem estarcombinadas com lipídeos e carboidratos (CECCHI, 1999). O mel contém poucaquantidade de proteínas, que são provenientes das abelhas e, em casos raros, dealgumas espécies de plantas (CRANE, 1987; BERA e ALMEIDA-MURADIAN,2007).
272.6 Análise por espectroscopia de absorção na região do infravermelho comtransformada de Fourier com acessório de reflexão total atenuada (FT-IRATR)A técnica de Espectroscopia no Infravermelho com Transformada deFourier, com acessório de reflexão total atenuada (FT-IR ATR), vem sendoutilizada na predição dos parâmetros físico-químicos do mel (RUOFF et al., 2006;ALMEIDA-MURADIAN, 2009). Com o avanço tecnológico é possível odesenvolvimento de ferramentas cada vez mais sofisticadas, as quais podemtrazer benefícios como a redução no tempo ou até mesmo de custo nas análises.Esta técnica tem sido utilizada por pesquisadores de diversas áreas, por detectardiversas alterações em vários tipos de produtos; sendo rápida, necessitando depouca quantidade de amostra, dentre outros fatores (REID, 2006; TOZETTO etal., 2007).No trabalho de Lichtenberg-Kraag et al. (2002) foi utilizada a técnica do FT-IR como método alternativo que não utilizasse reagentes caros ou com altatoxicidade e pudesse ser usado nas rotinas de laboratório.A FT-IR ATR, que se constitui em um método espectroscópico vibracional(infravermelho próximo ou médio), em combinação com a análise estatísticamultivariada de dados, mostrou ser uma técnica rápida, não destrutiva,econômica, com elevado nível de confiança e bem estabelecida para a análisequantitativa de alimentos, inclusive a de mel. Este método pode ser utilizadocomo uma técnica óptica sensível para se obter “impressões digitais bioquímicas”das amostras, de modo rápido e com menores riscos para produzir artefatos, secomparada a outras técnicas, constituindo-se como uma metodologia válida paraa caracterização qualitativa do mel (RUOFF et al., 2006; BERTELLI et al., 2007;ALMEIDA-MURADIAN, 2009).Tradicionalmente, utilizam-se os seguintes métodos para detectar aadulteração do mel: Ressonância Magnética Nuclear (RMN), CromatografiaLíquida de Alta Eficiência (CLAE), Cromatografia Gasosa (CG) e Análise deIsótopos de Carbono. Porém, os mesmos consomem tempo, são destrutivos egeram custos significativos por estarem associados com a compra de reagentes eseus respectivos descartes (RUOFF et al., 2006; ALMEIDA-MURADIAN, 2009).
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