Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1Resumo: INTRODUÇÃO: A cirurgia en<strong>dos</strong>cópica transanal(TEO)surgiu em 1983 como um método seguro e eficaz para o tratamentode lesões retais, incluindo tumores benignos, câncer retal precoce efístulas retais. A técnica é minimamente invasiva e <strong>of</strong>erece vantagensna visualização e no acesso às lesões, com melhores resulta<strong>dos</strong> nocomprometimento das margens e na fragmentação da amostra.OBJETIVO: Relatar a experiência inicial de uso da técnica pela equipede Coloproctologia do Hospital São Rafael (HSR), Salvador-BA.MATERIAIS E MÉTODOS: Durante o período de outubro de 2011até junho de 2012 quatro pacientes foram aborda<strong>dos</strong> por ressecçãoen<strong>dos</strong>cópica transanal. Foram revisa<strong>dos</strong> os prontuários dessespacientes e o resultado anátomo-patológico das lesões excisadas.RESULTADOS: Dos quatro pacientes, três eram do sexo feminino eum do sexo masculino. A idade variou de 23 a 70 anos e a distânciadas lesões à borda anal, de 3cm a 11cm. A análise histopatológicaprévia evidenciou um tumor carcinóide, dois pólipos adenomatosose uma lesão polipoide séssil com biópsia inconclusiva. To<strong>dos</strong> ospacientes foram submeti<strong>dos</strong> à ressecção de espessura parcial commargem macroscópica satisfatória, não sendo necessária a rafia doleito da lesão em um <strong>dos</strong> casos. Houve uma intercorrência: sangramentode pequena monta, contido sem maiores dificuldades. Os resulta<strong>dos</strong>histológicos mostraram tumor carcinoide, granulomaesquistossomótico e adenoma com ovos de schistosoma (os três commargens livres) e adenoma túbulo-viloso com foco de displasia dealto grau com margens comprometidas. CONCLUSÃO: O TEOpermite ao cirurgião tratar lesões difíceis de abordar por excisãotransanal convencional, com melhores resulta<strong>dos</strong> quanto àpositividade de margens. Comparando-se com a colonoscopia, obtemsemenor índice de fragmentação da amostra. No nosso serviçoobtivemos bons resulta<strong>dos</strong>, sendo a técnica de escolha para casosseleciona<strong>dos</strong>.PO171 - EXPERIÊNCIA INICIAL COM TEM (TRANSANALENDOSCOPIC MICROSURGERY) EM SERVIÇO DECIRURGIA GERAL E PROCTOLOGIA DA UFPEL/SANTACASA DE MISERICÓRDIA DE PELOTAS (RS)FÉLIX ANTONIO INSAURRIAGA SANTOS 1 ; CRISTIANE BECKERNEUTZLING 1 ; CARLOS RAMON SILVEIRA MENDES 2 ; ELIAS DEMATTOS BERG 1 ; VANESSA VALIATI 11.UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, PELOTAS, RS,BRASIL; 2.HOSPITAL SANTA IZABEL, SALVADOR, BA, BRASIL.Resumo: Objetivos: Desde 1983 o TEM tem sido consideradaalternativa segura para ressecção de lesões retais. Esta técnica temsido considerada primeira escolha para ressecção de lesões retaisbenignas e uma opção possível para lesões malignas, em casosseleciona<strong>dos</strong>. O presente estudo pretende relatar os resulta<strong>dos</strong> dacasuística inicial do TEM em serviço de Cirurgia Digestiva eProctologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). Meto<strong>dos</strong>:Foi realizado estudo retrospectivo incluindo to<strong>dos</strong> pacientessubmeti<strong>dos</strong> a procedimentos cirúrgicos envolvendo TEM. Foramrevisa<strong>dos</strong> exames pré-operatórios, prontuários de internação,relatórios cirúrgicos e resultado de exames anatomo-patológicos,assim como avaliação do follow-up até o presente momento.Resulta<strong>dos</strong>: Em período de 6 meses, a contar de outubro de 2011, 6pacientes foram submeti<strong>dos</strong> a procedimento cirúrgico utilizandoTEM. Cinco apresentavam lesões retais e uma apresentava fístulareto-vaginal. Dos cinco pacientes com lesões retais três erammasculinos, a média de idade foi de 64,8 anos (44-80 anos), to<strong>dos</strong>eram de cor branca, média de tempo de internação de 2,8 dias (2-3dias), média de duração do ato cirúrgico de 1h44min (0:40-2:45h),média de diâmetro da lesão de 7,18cm (2,4-10,5cm). Em exameanátomo-patológico quatro pacientes apresentaram adenoma comdisplasia de alto grau e um apresentou adenocarcinomamoderadamente diferenciado em adenoma túbulo-viloso, com invasãoda muscular própria, com limites cirúrgicos livres. Houvecomprometimento de limites cirúrgicos laterais em 2 pacientes comadenoma. Até o presente momento os pacientes mantiveramprotocolo de follow-up com proctoscopia após 30 dias e a cada 3meses, sendo que nenhum apresentou evidencia de recidiva. A pacientesubmetida a TEM para correção de fístula reto-vaginal apresentoulimitação transoperatória por excesso de fibrose local. Estaapresentou recidiva da fístula 1 mês após TEM e foi submetida aprocedimento transanal com correção efetiva da mesma, semevidencia de recidiva até o presente momento. Conclusão: Autilização de TEM neste serviço comprovou a segurança e eficáciada técnica. Não houve evidencia de complicação grave ou recidivaaté o momento. Se faz necessário follow-up mais prolongado eaumento da casuística para conclusões estatisticamente significativas.A referida técnica permanece como primeira escolha para otratamento de grandes lesões retais benignas de crescimento lateral,também sendo utilizada para tratamento de lesões malignas iniciais,em casos seleciona<strong>dos</strong> (pacientes sem condições clínicas pararessecção radical, cientes do aumento do risco relativo de recidivacom o uso do TEM). Em nossa casuística, provou ser segura, efetiva,com baixa comorbidade e sem mortalidade.- VIDEOLAPAROSCOPIA -PO172 - ABORDAGEM VIDEOLAPAROSCÓPICA E SAGITALPOSTERIOR ( PEÑA) PARA TRATAMENTODE FUNNEL ANUSE TOMARAÇÃO PRÉ SACRAL ASSOCIADO A FÍSTULASCOMPLEXASJOSÉ RAIMUNDO BAHIA SAPUCAIA FILHO 1 ; CARLOS RAMONSILVEIRA MENDES 2 ; PAULO MARCELO PIRES BASTOS 1 ; LEILAMARIA FARIA CIRINO GONÇALVES 1 ; NAILTON RODRIGUESDE OLIVEIRA 11.HOSPITAL MARTAGÃO GESTEIRA, SALVADOR, BA, BRASIL;2.HOSPITAL SANTA ISABEL, SALVADOR, BA, BRASIL.Resumo: Objetivamos com esse trabalho, mostrar as vantagens daassociação da técnica usando Mini Laparoscopia para descolamentoe visualização de tumoração pré sacral, com a abordagem SagitalPosterior, tecnica de Peña, para correção das fistulas complexas e darara Anomalia Anorretal tipo Funnel ânus. Paciente com 2 anos deidade, colostomizado em alça em outro serviço, compareceu aoServiço de Coloproctologia Pediátrica do Hospital Martagão Gesteira,apresentando Fístulas Anorretais complexas e Anomalia Anorretalrara tipo “Funnel Ânus”, sendo submetida a Ressonância Magnéticado Assoalho Pélvico, onde observamos a presença de tumoraçãoarredondada, cística e volumosa em região pré sacral. RealizamosMini Laparoscopia com material de 3 mm e observamos tumoraçã<strong>of</strong>ibroelástica, bem aderida ao reto e progetndo-se para pelve, gerandotragetos fistulosos. Realizamos em mesmo tempo a abordagem SagitalPosterior, corrigindo os tragetos fistulosos e ressecando o polo distalda tumoração, com drenagem da mesma e correção <strong>dos</strong> tragetosfistulosos. Com dois meses de pós operatório, as fístulas fecharam.Realizamos nova Ressonância Magnética que evidenciou o fechamentodas fistulas , porém a formação pré sacral se mantinha. RealizamosLaparotomia e retiramos a tumoração pré sacral, que mostrava-sebastante aderida ao reto e encaminhamos para anatomia patológica.106
Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1A abordagem Laparoscópica combinada com a técnica de Peña, forammuito eficazes para diagnóstico e resolução eficiente dessa raraanomalia e suas complicações.PO173 - CIRURGIA COLORRETAL VIDEOLAPAROSCÓPICAEM PACIENTES IDOSOSCAMILA OLIVEIRA BARBOSA; ROMULO MEDEIROS DEALMEIDA; MAIRO GROSSI MORATO; JOÃO BATISTA DESOUSA; ANTÔNIO CARLOS NÓBREGA DOS SANTOS;LEONARDO CASTRO DURAES; LUIZ FELIPE DE CAMPOSLOBATO; PAULO GONÇALVES DE OLIVEIRAHOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA, BRASILIA, DF,BRASIL.Resumo: OBJETIVOS: Pacientes i<strong>dos</strong>os correspondem a um númeroconsiderável dentre aqueles opera<strong>dos</strong> por cirurgiões colorretais, sejapor doenças oncológicas ou não. Esses pacientes tendem a ter maiornúmero de comorbidades e menor reserva cardiorrespiratória que ospacientes mais jovens, o que poderia ser um empecilho para realizaçãoda videolaparoscopia. O objetivo desse trabalho é avaliar os desfechospós-operatórios precoces das operações colorretaisvideolaparoscópicas realizadas em pacientes i<strong>dos</strong>os. MATERIAL EMÉTODOS: Análise retrospectiva de uma coleta de da<strong>dos</strong> prospectivaque avaliou os pacientes com mais de 65 anos opera<strong>dos</strong> por vialaparoscópica no serviço de Coloproctologia do HospitalUniversitário de Brasília. RESULTADOS: Foram opera<strong>dos</strong> 90pacientes por videolaparoscopia entre os anos de 2005 e 2012 noserviço de Coloproctologia do Hospital Universitário de Brasília.Destes, 29 tinham 65 anos ou mais (32,2%). As idades variavam de65 a 84 anos, com mediana de 73 anos. Dezesseis pacientes (55%)eram do gênero feminino. Os pacientes foram opera<strong>dos</strong> devido a 3diferentes diagnósticos: neoplasia (72,4%), megacólon chagásico(17,2%) e procidência retal (10,3%). As operações mais realizadasforam a retossigmoidectomia (41,4%), a ressecção anterior do reto(17,2%) e a colectomia direita (17,2%). Seis pacientes foramreopera<strong>dos</strong>, sendo 5 devido deiscência de anastomose e 1 por bridaprecoce. As complicações clínicas ocorreram em 30,8% <strong>dos</strong> pacientese 2 faleceram. As medianas da primeira deambulação, primeiraeliminação de flatus e primeira alimentação foram de 24 horas emcada um <strong>dos</strong> quesitos. A mediana de dias de internação foi de 6dias. CONCLUSÕES: A via laparoscópica é um método seguro e eficazpara operações colorretais em pacientes i<strong>dos</strong>os.PO174 - PROLAPSO RETAL RECIDIVADO TRATADO COMPROCTOPEXIA E ALÇA COM TELASUZANA LIMA TORRES; MARÍLIA DOS SANTOS FERNANDES;ADRIANO GONÇALVES RUGGERO; MARCOS RODRIGOPINHEIRO DE ARAÚJO CARVALHO; CAROLINE MERCICALIARI GOMES; FANG CHIA BIN; WILMAR ARTUR KLUG;PRISCILA MARCONDES BIANCALANAIRMANDADE SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO,SÃO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: O prolapso retal é a exteriorização do reto através do ânusresultado de uma intussuscepção também principal queixa. A saída doreto pode ser espontânea ou provocada por esforços. Três quartos<strong>dos</strong> pacientes referem sangramento, presente se o prolapso évolumoso ou irredutível. Os fatores envolvi<strong>dos</strong> no desenvolvimentodo prolapso são constipação, doença neurológica (anomaliasmedulares congênitas ou adquiridas), retossigmoide redundante,diastase do elevador do ânus, hipotonia esfincteriana e procedimentoscirúrgicos prévios. O objetivo deste artigo é relatar um caso deprolapso retal recidivado apesar de duas intervenções cirúrgicasabdominais em paciente com constipação crônica e lesão medularpor ferimento por arma de fogo, tratado no Hospital Central daSanta Casa de São Paulo. Neste caso o paciente foi submetido avideolaparoscopia, aplicando-se uma fita de polipropileno em formade alça fixada na face anterior do reto extraperitoneal ao nível dareflexão e as extremidades terminando na aponeurose da paredeabdominal anterior, seguindo até a região inguinal.107
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