Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 12011 envolvendo 100 pacientes atendi<strong>dos</strong>, acompanha<strong>dos</strong> e opera<strong>dos</strong>pelo Serviço de Residência Médica de Coloproctologia do HospitalSanta Marcelina de São Paulo, SP. Buscou-se analisar os da<strong>dos</strong>demográficos no que se refere ao sexo, idade, comorbidades (incluindotagabismo), Classificação do Risco Anestésico (ASA), tempo médiode ostomia, indicação primária se por doença benigna ou maligna,tipo de anestesia utilizada na reconstrução do trânsito intestinal,mortalidade e tempo médio de internação. A média de idade <strong>dos</strong>pacientes foi de 53,9 anos (15-82 anos) e 57% pertenciam ao sexomasculino. Com relação à presença de comorbidades, essas estiverampresentes em 54 pacientes e foram marcadas principalmente pelahipertensão arterial sistêmica, diabetes melittus, tabagismo e doençade Chagas. A indicação da confecção da ostomia inicial decorreu dedoença maligna em 43% e o tempo médio de permanência com oestoma foi de 14,3 meses. Quando se classifica entre ostomia terminale em alça, verificou-se que 52 pacientes apresentavam ostomiaterminal, notadamente a do tipo Hartmann. Com relação aclassificação do risco anestésico (ASA), 30% eram ASA I, 56% classeII e 14% ASA III. A anestesia utilizada no momento da reconstruçãodo trânsito intestinal foi a do tipo geral em 40% <strong>dos</strong> pacientes, obloqueio periférico em 34% e a associação entre ambas em 26pacientes. CONCLUSÃO: A reconstrução de trânsito intestinal,embora geralmente seja um procedimento de grande desejo por partedo paciente, não é isento de complicações, devendo, portanto semprese esclarecer o paciente sobre as principais intercorrências, inclusiveêxito letal.TL061 - APLICAÇÃO DE ANASTOMOSE PORCOMPRESSÃO (COLONRING) EM ADENOCARCINOMA DERETOSIGMÓIDE - RELATO DE CASOFRANCISCO SÉRGIO PINHEIRO REGADAS 1 ; FRANCISCOSÉRGIO PINHEIRO REGADAS FILHO 1 ; STHELA MARIA MURADREGADAS 1 ; LUSMAR VERAS RODRIGUES 1 ; IRIS DAIANADEALCANFREITAS 2 ; CÉSAR AUGUSTO BARROS DE SOUSA 1 ;ERICO CARVALHO DE HOLANDA 3 ; BENJAMIN RAMOS DEANDRADE JUNIOR 41.UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, FORTALEZA, CE,BRASIL; 2.SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE FORTALEZA,FORTALEZA, CE, BRASIL; 3.; 4..Resumo: O dispositivo CAR NiTi 27 para o uso na anastomosepor compressão incorporando elementos de Nitinol (ColonRing)utiliza compressão consistente, sem a necessidade de grampos,formando uma interface uniforme à superfície seccionada da alçaintestinal. Com esse dispositivo é possível obter anastomosesduráveis, com menos formação de estenoses e maior força de ruptura.Objetivo: Apresentar dois casos de anastomose colorretal realizadacom dispositivo ColonRing para tratamento cirúrgico deadenocarcinoma de reto e sigmóide. Material e Méto<strong>dos</strong>: Ambos ospaciente eram do sexo feminino, média de idade de 64 anos eportadoras de adenocarcinoma no sigmóide distal e reto superior.Foram operadas a no Hospital das Clínicas da Universidade Federaldo Ceará e Santa Casa de Misericordia, em maio de 2012 pararealização de retossigmoidectomia videolaparoscópica (1) econvencional (2) após preparo intestinal com Bisacodil e soluçã<strong>of</strong>osfatada. Resulta<strong>dos</strong>: O tempo operatório médio foi de 245min esem intercorrências. Ambas apresentaram satisfatória evoluçãoclínica com evacuações pastosas no 3° PO. As anastomoses foramavaliadas en<strong>dos</strong>copicamente no 1°, 8° sendo visualizado anel deanastomose e seu deslocamento e no 15° PO área observa-se área deanastomose pérvea e ampla. Conclusão: O emprego do dispositivoCAR NiTi 27 para anastomoses (ColonRing) é uma alternativasegura, eficaz e reprodutível para confecção de anastomosescolorretais.TL062 - AVALIAÇÃO ANORRETAL DE 79 PACIENTESATRAVÉS DA ULTRASSONOGRAFIA TRIDIMENSIONALANA CAROLINA CHIORATO PARRA; RICARDO LUIZ SANTOSGARCIA; PAULO HENRIQUE PISIPROCTUS ULTRASSONOGRAFIA ANORRETALTRIDIMENSIONAL, RIBEIRÃO PRETO, SP, BRASIL.Resumo: A ultrassonografia anorretal tridimensional tem sidoamplamente utilizada no diagnóstico das afecções anorretais. Essamodalidade de exame possibilita avaliar as estruturas anatômicas queformam o canal anal, o reto e os teci<strong>dos</strong> perianorretais com baixocusto, de forma segura, sendo muito pouco invasiva, bem tolerada esem radiação.Utiliza-se um transdutor anorretal com 360o , rotatório , que realizao escaneamento automático no sentido proximal-distal, resultandonum cubo de 6cm de extensão. A imagem tridimensional formadapode ser gravada para posterior análise, possibilitando a aquisição devários tipos de cortes melhorando significativamente a precisão doexame. Objetivo – Confrontar as indicações com os resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong>através do exame ultrassonográfico. Método – Foram analisa<strong>dos</strong>retrospectivamente 79 exames utilizando-se um aparelhoultrassonográfico com transdutor anorretal bi e tridimensional (BKMedical). To<strong>dos</strong> os exames foram realiza<strong>dos</strong> por dois médicoscoloproctologistas com a mesma formação e experiênciaultrassonográfica. As indicações <strong>dos</strong> exames foram feitas pordiferentes médicos coloproctologistas. Resulta<strong>dos</strong> – Dos 79 pacientes,48% eram homens e 67% mulheres. Quanto às indicações, foramrealiza<strong>dos</strong> 33 exames para avaliação de neoplasia, seja paraestadiamento inicial de lesões do canal anal ou reto distal/médio,assim como resposta a neoadjuvância e seguimento pós-operatório;11 para fístulas; 18 para incontinência fecal; 7 para constipação, 4para pólipos, 2 para endometriose e 4 para dor e sangramentoanal. Em relação aos acha<strong>dos</strong> ultrassonográficos: 35 neoplasiasanorretais avaliadas, 10 fístulas com identificação <strong>dos</strong> trajetosfistulosos e orifícios internos correspondentes, 20 lesõesesfincterianas parciais ou completas e 4 lesões do músculopuborretal, 8 contração paradoxal do músculo puborretal, 2endometrioses, 6 doenças hemorroidárias, 3 intussuscepções, 4retoceles, 1 abscesso, 1 pólipo retal e 2 exames sem alterações.Houve correlação entre os acha<strong>dos</strong> cirúrgicos e ultrassonográficosem to<strong>dos</strong> os pacientes submeti<strong>dos</strong> a correção cirúrgica. Conclusão– As principais indicações encontradas no presente estudo vão deencontro aquelas preconizadas na literatura. Quando realizada porcoloproctologista, a ultrassonografia anorretal tridimensional ganhamaior credibilidade, pois alia a visão tridimensional do exame coma experiência en<strong>dos</strong>cópica e cirúrgica do examinador, permitindo aelaboração de lau<strong>dos</strong> objetivos. Concordando-se ainda com aliteratura mundial, o ultrassom anorretal tridimensional se tornouuma ferramenta fundamental na propedêutica de inúmeras afecçõesanorretais benignas e malignas, sendo um exame com menorcomplexidade técnica, maior rapidez na sua realização, melhortolerância e baixo custo.TL063 - AVALIAÇÃO COMPARATIVA DA QUALIDADE DEVIDA EM PACIENTES OSTOMIZADOS E NAQUELESSUBMETIDOS À RECONSTRUÇÃO DO TRÂNSITOINTESTINAL24
Journal <strong>of</strong> ColoproctologySeptember, 2012Vol. 32Suppl. nº 1FRANCISCO CLAUDIO LINHARES DE SÁ FILHO,; LUIZCOÊLHO BRITO JÚNIOR; LEVINDO ALVES OLIVEIRA; MARLONKRUBINIKI DE MATTOS; GLAUCIO PIRES CARNEIRO; ÉDERRODRIGO FIGUEIRA RIBEIRO; ANDRÉ CÉSAR COÊLHO;RAQUEL BRITO SILVA DA LUZHOSPITAL GERAL DE RORAIMA, BOA VISTA, RR, BRASIL.Resumo: Introdução: O impacto de uma ostomia em seus portadoresé, às vezes, devastador. A falta de conhecimentos prévios, associadaao intenso desconforto ocasionado pelo estoma, por onde seexterioriza grande parte do material fecal, que produz sons e odoresdesagradáveis, ocasionam por vezes inadaptação e depressão.Objetivo: Realizar uma análise comparativa da qualidade de vidaentre pacientes ostomiza<strong>dos</strong> e os que já reconstituíram o trânsitointestinal no Estado de Roraima. Metodologia: A qualidade de vida<strong>dos</strong> 30 pacientes incluí<strong>dos</strong> na pesquisa (17 ostomiza<strong>dos</strong> e 13 pósreconstruçãodo trânsito intestinal) foi avaliada do questionárioadaptado e desenvolvido pelo World Health Organization Quality <strong>of</strong>Live Group (WHOQOL Group), o WHOQOL-bref, constituído de24 questões, sendo composto por 4 domínios: Físico, Psicológico,Relações Sociais e Meio ambiente, cada questão satisfaz a uma facetado domínio correspondente e 2 perguntas que abrangem Qualidade deVida (QV). Resulta<strong>dos</strong>: Houve um predomínio do sexo masculino(63,3%), e a média de idade foi 39 anos. O grau de escolaridadepredominante foi ensino médio incompleto ou abaixo (83,3%) equanto à religião, houve predomínio da católica (66,7%). Quantoà avaliação da qualidade de vida, as facetas no domínio físico quemais influenciam nos ostomiza<strong>dos</strong> e pós ostomiza<strong>dos</strong> são “sono erepouso” (r=0,92) e “capacidade de trabalho” (r=0,98),respectivamente. No domínio psicológico, “pensar, aprender,memória e concentração” (r=0,87) foram mais significativos paraostomiza<strong>dos</strong>, enquanto “sentimentos negativos” (r=0,95) foipredominante no pós-ostomiza<strong>dos</strong>. Quanto as relações sociais,nos indivíduos ostomiza<strong>dos</strong> o “suporte (apoio) social” foi afacetamais influente na qualidade de vida (r=0,84), enquanto a “atividadesexual” (r=0,87) foi mais importante nos indivíduos pósostomiza<strong>dos</strong>.No domínio meio ambiente, o “ambiente do lar”(r=0,79) e “oportunidade de adquirir novas informações ehabilidades” (r=0,89) foram os mais influentes na vida <strong>dos</strong>ostomiza<strong>dos</strong> e pós ostomiza<strong>dos</strong>, respectivamente. Em relação àavaliação global da qualidade de vida, no grupo de ostomiza<strong>dos</strong>nenhum a classificou como “boa”, enquanto nos pós-ostomia 4(30,8%) a avaliaram dessa forma. Na correlação feita entre QV ecada domínio, verificou-se os seguintes índices: físico (r=0,67),psicológico (r=0,73), relações sociais (r=0,57) e meio ambiente(r=0,52), to<strong>dos</strong> os domínios apresentaram correlaçãoestatisticamente significativa. Conclusão: A qualidade de vida nospacientes ostomiza<strong>dos</strong> é, portanto, mais comprometida, uma vezque são pessoas com a imagem corporal alterada, dificuldades paraexercer atividades cotidianas e sexualidade prejudicada. Dessaforma, compete aos pr<strong>of</strong>issionais de saúde além da preocupaçãocom condições orgânicas funcionantes, suporte psicológico, sociale emocional do paciente, o que influencia de maneira positiva notratamento.TL064 - AVALIAÇÃO DA IMUNIDADE LOCAL NOCARCINOMA ESPINOCELULAR DO CANAL ANAL DEDOENTES HIV-POSITIVOSYLVIA HELOISA ARANTES CRUZ 1 ; SIDNEY ROBERTONADAL 1 ; CARMEN RUTH MANZIONE 2 ; EDENILSONEDUARDO CALORE 21.FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA DESÃO PAULO, SAO PAULO, SP, BRASIL; 2.INSTITUTO DEINFECTOLOGIA EMÍLIO RIBAS, SAO PAULO, SP, BRASIL.Resumo: INTRODUÇÃO: Estudamos as células de Langerhans (CL)ativadas nos portadores de CEC do canal anal, soropositivos enegativos para o HIV. O CEC anal era mais frequente no sex<strong>of</strong>eminino na 6ª e 7ª décadas de vida até a década de 80. Com oadvento da infecção pelo HIV houve aumento de sua incidência emjovens do sexo masculino. OBJETIVO: Comparar a quantidade deCL ativadas, em portadores de CEC do canal anal e controles, HIVpositivoe negativo. MÉTODO: Avaliamos 25 doentes, sendo 11soronegativos e 14 soropositivos. Os pacientes foram atendi<strong>dos</strong> noambulatório de Coloproctologia do Departamento de Cirurgia daFCMSCSP e pela Equipe Técnica de Proctologia do IIER. To<strong>dos</strong>apresentavam CEC do canal anal, estádios II e IIIB e foram submeti<strong>dos</strong>ao esquema a radioquimioterápico. Realizamos estudo com a coloraçãoimunoistoquímica anti-CD1A para avaliar as CL ativadas. Utilizamoso método de histometria para a contagem em 20 campos diferentesdas células coradas na camada basal, onde era evidente a disseminaçãotumoral. Fizemos dois grupos controle compostos por sete pacientesHIV negativo e quatro HIV positivo. Submetemos os resulta<strong>dos</strong>encontra<strong>dos</strong> à análise estatística com os testes não paramétricos deMann-Whitney e de Kruskal-Wallis e os testes paramétricos t deStudent e exato de Fisher. Consideramos o índice de tolerância menorque 5%, para to<strong>dos</strong> os testes estatísticos. RESULTADO: O CEC docanal anal foi mais frequente, em nosso estudo, em mulheressoronegativas e em homens mais jovens soropositivos (p
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