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A maior participação do transporte individual na divisão modal se dá nas viagens entre 1 km e 5<br />
km, com 3.195 mil (51,5%) contra 3.015 mil do transporte coletivo (48,5%). Neste grupo,<br />
predominam as viagens com duração entre 15/30 minutos com 1.361 mil viagens/dia.<br />
A concentração de empregos na região central e polos regionais, distantes das residências da<br />
maior parte da população pode ser apontado como um dos principais fatores responsáveis pelas<br />
maiores distâncias percorridas diariamente. O maior tempo de deslocamento no transporte<br />
coletivo, no caso das linhas de ônibus, por sua vez, decorre de suas características operacionais,<br />
com pouca priorização para sua circulação no sistema viário existente em 2012. É importante<br />
destacar que o tempo de viagem, somado a características como custo e conforto para o usuário,<br />
entre outros, influencia a escolha modal por parte das pessoas. Quando estes atributos de<br />
escolha são desfavoráveis para o transporte coletivo, eles contribuem para a perda de sua<br />
atratividade em relação aos modos individuais ao longo do tempo.<br />
A desigualdade dos tempos de viagem revela-se também como desigualdade econômica,<br />
quando se observa a divisão modal das viagens motorizadas por classe econômica 5 , conforme<br />
mostra o Gráfico 6 a seguir.<br />
Gráfico 6 – Divisão modal por classe econômica, 2012.<br />
100,0%<br />
90,0%<br />
80,0%<br />
70,0%<br />
60,0%<br />
50,0%<br />
40,0%<br />
30,0%<br />
20,0%<br />
10,0%<br />
0,0%<br />
17,5%<br />
34,2%<br />
50,0%<br />
56,2%<br />
71,3%<br />
89,1% 84,6%<br />
82,5%<br />
65,8%<br />
50,0%<br />
43,8%<br />
28,7%<br />
10,9% 15,4%<br />
D e E C2 C1 B2 B1 A Total<br />
Individual<br />
Coletivo<br />
Fonte: METRO – Relatório Síntese da pesquisa OD 2007 e de Mobilidade de 2012.<br />
Quanto maior a renda, maior a participação do transporte individual nos deslocamentos,<br />
chegando a mais de 80% no uso do transporte individual na classe A, e quase 90% de uso do<br />
transporte coletivo nas classes D e E. Em outras palavras, quanto maior a renda, menos se usa o<br />
transporte coletivo. No Gráfico 7 é apresentado o número de viagens por classe econômica.<br />
5<br />
O Metrô adota o Critério de Classificação Econômica Brasil da ABEP – Associação Brasileira de<br />
Pesquisa, que estima o poder de compra das famílias a partir da posse de itens de consumo e grau de<br />
instrução do chefe da família. Este critério é comumente utilizado para estimar a renda média familiar<br />
quando esta não é declarada.<br />
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