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Rede de Domingo: conjunto de linhas definidas para o atendimento, com oferta em rede, da<br />
demanda específica de dias de domingo e feriados, para atendimento de trabalho, lazer e<br />
entretenimento destes tipos de dia.<br />
A classificação dos conjuntos de linhas definidos acima, as linhas do Sistema Integrado de<br />
Ônibus, além de sua classificação funcional, se diferenciam quanto a sua jornada operacional ao<br />
longo do tempo da seguinte forma:<br />
<br />
<br />
<br />
Linhas de Referência da Rede: todas as linhas estruturais ou locais que compõem a Rede de<br />
Referência de Dia Útil e Sábados, a Rede da Madrugada e a Rede de Domingo;<br />
Linhas de Reforço de Pico: linhas com operação limitada aos períodos de pico, manhã ou tarde,<br />
destinada a complementar a operação de uma Linha de Referência, no interesse da regulação<br />
da oferta à demanda;<br />
Linhas Especiais: toda linha que seja estabelecida em caráter permanente ou transitório, para<br />
atendimento de demandas pontuais de comunidades ou de polos de atração em horários<br />
específicos do dia, bem como em eventos da cidade.<br />
A Nova Rede de Linhas de Ônibus Municipais de São Paulo<br />
O conjunto de linhas de ônibus destinado ao transporte público coletivo de passageiros no<br />
Município de São Paulo passou por grandes transformações nos últimos vinte anos. Inicialmente<br />
as linhas eram criadas e ajustadas para atender à demanda de transporte da população, segundo<br />
a lógica de conectar cada bairro diretamente à região central da cidade, onde se concentravam<br />
os empregos e as atividades econômicas. Com o tempo, este modelo de atendimento mostrouse<br />
economicamente inviável e operacionalmente ineficiente, devido à sobreposição de linhas<br />
nos principais corredores viários, além de não ter acompanhado o processo de multipolarização<br />
da cidade.<br />
A racionalização do sistema, por meio de um sistema tronco-alimentado de linhas de ônibus, foi<br />
uma solução para melhorar a organização dos serviços, requerendo a implantação de terminais<br />
de integração para possibilitar a realização das transferências dos passageiros entre linhas, com<br />
pagamento de uma única tarifa. Este modelo evoluiu com a construção de novos corredores e<br />
terminais, mas a demanda de passageiros cresceu de modo superior ao incremento da oferta<br />
de infraestrutura de transporte coletivo.<br />
Se por um lado o sistema metroferroviário avançou lentamente na ampliação de uma rede de<br />
alta capacidade, por outro lado o sistema de corredores e terminais de ônibus esgotou-se pela<br />
necessidade de se atender novos polos regionais e desejos de viagens em razão das alterações<br />
no uso do solo e redistribuição das atividades econômicas.<br />
Seguindo a configuração histórica do sistema viário urbano, os primeiros corredores de ônibus<br />
foram projetados para atender uma demanda pendular e radial, uma vez que a oferta de<br />
empregos sempre se concentrou de maneira predominante no centro expandido, enquanto que<br />
as residências se multiplicaram em bairros mais afastados e periféricos. Como consequência de<br />
alterações observadas no uso do solo e nos padrões de deslocamento de uma grande parcela<br />
da população, ainda que persista forte interesse de viagens para a área central, conforme<br />
apresentado Tabela 8, o sistema apresentou crescimento de demanda por viagens intrazonais e<br />
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