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nada
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modal, quando consideradas as diferentes classes de renda, conclui-se que devem ser<br />
desenvolvidas ações destinadas a promover a mudança de parte das viagens do transporte<br />
individual para o transporte coletivo, principalmente direcionadas para as classes B2, B1 e A.<br />
A participação do deslocamento a pé, da ordem de 32% no conjunto de viagens, demonstra a<br />
importância que deve ser dada a promoção das condições mínimas para que o caminhar das<br />
pessoas seja realizado com a melhor qualidade, envolvendo segurança e o padrão das calçadas.<br />
É importante destacar que o Brasil tem registrado aumento na expectativa de vida da população,<br />
o que resulta em um maior número de pessoas idosas circulando pelas cidades no futuro. Esta<br />
nova realidade exige medidas que promovam a melhoria da qualidade de equipamentos e<br />
veículos do sistema de mobilidade urbana, o aumento da segurança, bem como a acessibilidade<br />
para todas as pessoas circularem pelos espaços públicos.<br />
Por fim, é possível concluir que a frota de veículos utilizada para o transporte individual tem<br />
participação preponderante nos congestionamentos de tráfego da cidade, o que demanda a<br />
priorização do transporte público no sistema viário, favorecendo os usuários que utilizam esse<br />
modo para seus deslocamentos cotidianos.<br />
3.3 Impactos Ambientais do Sistema de Mobilidade Urbana<br />
O sistema de mobilidade urbana, ao proporcionar o deslocamento de passageiros e cargas e<br />
facilitar a acessibilidade a territórios e serviços, constitui-se em fator fundamental do<br />
desenvolvimento social e econômico. No entanto, o atual padrão de mobilidade também gera<br />
externalidades negativas para a sociedade 11 . Os danos das emissões veiculares sobre a<br />
qualidade do ar é um fato; uma vez que os veículos motorizados estão associados à emissão de<br />
poluentes locais como monóxido de carbono (CO), material particulado (MP), óxidos de<br />
nitrogênio e de enxofre (NOx e SO 2), aldeídos, etc., bem como às emissões de gases de efeito<br />
estufa (GEE). Não surpreende, portanto, que o transporte urbano tenha participação<br />
preponderante tanto no quadro desfavorável de poluição atmosférica de São Paulo, quanto nas<br />
crescentes emissões de gases que aumentam o risco de aquecimento global. Além desses<br />
impactos, a mobilidade urbana também contribui, direta e indiretamente, para a ocorrência de<br />
outros problemas ambientais, como a poluição sonora e visual e a geração de resíduos, como<br />
descarte dos pneus usados, uso e descarte de óleos, etc.<br />
11<br />
Segundo MORAES (2014), a ciência econômica utiliza largamente o termo externalidades como um<br />
conceito genérico a contemplar os efeitos, esperados ou não, decorrentes da realização de atividades<br />
econômicas. Segundo GOMIDE (2011), conceitualmente, as externalidades são custos ou benefícios que<br />
uma dada atividade impõe a outros agentes econômicos sem que a valoração destes custos ou<br />
benefícios esteja devidamente incorporada ao preço da atividade original.<br />
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