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Livro 03 final-EVALDO.indd - Ministério do Esporte

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A herança<br />

D<br />

urante os Jogos, quatro observa<strong>do</strong>res<br />

internacionais com especialização<br />

em controle anti<strong>do</strong>pagem<br />

acompanharam as operações no<br />

Pan. O grupo apontou falhas em procedimentos<br />

a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s no processo de coleta, na logística<br />

<strong>do</strong> transporte das amostras e na própria<br />

operação <strong>do</strong> laboratório. Mas foram críticas<br />

pontuais, que não comprometeram o conceito<br />

de “jogo limpo” prega<strong>do</strong> pela Wada. Ao fi nal<br />

<strong>do</strong> <strong>do</strong>cumento, fazem recomendações para<br />

aprimorar o processo.<br />

A conclusão <strong>do</strong> texto não deixa dúvidas, no<br />

entanto, quanto à efi ciência da operação desenvolvida<br />

pela Odepa/CO-Rio, o Ladetec e a<br />

Sepan, <strong>do</strong> governo federal. “Embora este relatório<br />

aponte questões observadas durante o<br />

Pan, os observa<strong>do</strong>res gostariam de enfatizar<br />

que o Programa de Controle de Doping da Comissão<br />

Médica da Odepa foi bem sucedi<strong>do</strong>.<br />

No aspecto global, foram cumpri<strong>do</strong>s os requisitos<br />

exigi<strong>do</strong>s pelo Código Mundial Anti<strong>do</strong>pagem.<br />

A equipe espera que o nosso relatório<br />

auxilie na continuidade e no desenvolvimento<br />

de programas futuros e acredita que o trabalho<br />

implementa<strong>do</strong> no Rio seja um enorme passo<br />

na luta contra o <strong>do</strong>ping na região”, conclui o<br />

<strong>do</strong>cumento. Na avaliação de um <strong>do</strong>s maiores<br />

especialistas em <strong>do</strong>ping <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, o médico<br />

gaúcho Eduar<strong>do</strong> de Rose, o controle <strong>do</strong> uso<br />

de substâncias proibidas no Pan foi bem realiza<strong>do</strong>.<br />

Com destaque para a atuação <strong>do</strong><br />

Ladetec. “O laboratório fez um excelente tra-<br />

SUGESTÕES<br />

111<br />

balho e o fato de ter recebi<strong>do</strong> analistas estrangeiros,<br />

sem dúvida, deixou um lega<strong>do</strong> grande<br />

em termos de experiência e <strong>do</strong>mínio de novas<br />

tecnologias”. As falhas verifi cadas em alguns<br />

procedimentos de coleta podem ser atribuídas<br />

à inexperiência e à falta de um melhor treinamento<br />

de pessoal, como aponta relatório <strong>do</strong><br />

CO-Rio. Por outro la<strong>do</strong>, o Brasil hoje dispõe<br />

de um corpo técnico prepara<strong>do</strong> para atuar em<br />

grandes competições. O Ladetec mostrou efi -<br />

ciência para atender às exigências cada vez<br />

maiores, pois o <strong>do</strong>ping busca ser mais ágil e<br />

rápi<strong>do</strong> que os mecanismos que o combatem.<br />

No caso de o Rio se tornar a sede das Olimpíadas,<br />

será necessário ampliar ou até construir<br />

um outro laboratório, porque a limitação<br />

física <strong>do</strong> Ladetec foi um <strong>do</strong>s pontos negativos<br />

aponta<strong>do</strong>s pelos observa<strong>do</strong>res e por Eduar<strong>do</strong><br />

de Rose. “Apenas deveríamos propiciar uma<br />

sede física ao Ladetec. Certamente os ofi ciais<br />

que temos hoje deverão ser utiliza<strong>do</strong>s por sua<br />

maior experiência”, concluiu o médico.<br />

Os desafi os são imensos, mas o baixo número<br />

de registros de atletas <strong>do</strong>pa<strong>do</strong>s no Pan aponta<br />

que a política promovida pelas autoridades<br />

anti<strong>do</strong>ping mundiais começa a surtir efeito.<br />

Ao assinar a Convenção Internacional contra<br />

o Doping, o Brasil reafi rma seu compromisso<br />

por um esporte limpo, no qual to<strong>do</strong>s competem<br />

num ambiente regi<strong>do</strong> pelos preceitos da<br />

igualdade. Que vença o melhor. E que esse<br />

melhor tenha sempre em mente os valores e<br />

os ideais <strong>do</strong> esporte.<br />

Criar, no Sistema Nacional de <strong>Esporte</strong>s instituí<strong>do</strong> na 1ª Conferência Nacional <strong>do</strong> <strong>Esporte</strong>,<br />

o Subsistema Nacional de Controle de Dopagem;<br />

Estabelecer, no âmbito <strong>do</strong> <strong>Ministério</strong> <strong>do</strong> <strong>Esporte</strong>, um setor responsável institucionalmente<br />

pela elaboração de política nacional voltada ao controle de <strong>do</strong>ping;<br />

Regulamentar, em conjunto com os órgãos federais envolvi<strong>do</strong>s (Anvisa, Infraero, Polícia Federal e Receita<br />

Federal), medidas que tornem mais ágil a importação de substâncias necessárias às análises <strong>do</strong> Ladetec;<br />

Desenvolver, com o Comitê Olímpico Brasileiro, confederações e associações esportivas de âmbito<br />

nacional, um programa de esclarecimento e de educação para os males das drogas no esporte;<br />

Criar, junto com o Ladetec, um sistema nacional de prevenção e controle <strong>do</strong> uso<br />

de substâncias proibidas em todas as modalidades e categorias <strong>do</strong> esporte brasileiro;<br />

Incentivar a formação de profi ssionais para o gerenciamento, a coleta<br />

e a análise de controle de <strong>do</strong>pagem.

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