Livro 03 final-EVALDO.indd - Ministério do Esporte

Design sustentável
Foto: Bruno Carvalho / Ministério do Esporte
S
ede das provas de hipismo, tiro
esportivo, tiro com arco, pentatlo
moderno e hóquei sobre grama, o
Complexo Esportivo de Deodoro,
além de ser construído com a preocupação de
se minimizar impactos ambientais, apresentou
conceitos inovadores. Deodoro incorporou o
design ecologicamente sustentável em suas
quatro instalações permanentes: o Centro
Nacional de Tiro Esportivo Tenente Guilherme
Paraense, o Centro Nacional de Hipismo General
Eloy Menezes, o Centro de Pentatlo Moderno
Coronel Eric Tinoco Marques e o Centro
de Hóquei sobre Grama Sargento João Carlos
de Oliveira.
As edifi cações do complexo esportivo foram
planejadas de forma a privilegiar a iluminação
e a ventilação natural e o uso de materiais
simples e resistentes, de fácil manutenção.
O conceito de “solar passivo” empregado na
construção reduz, de forma prática e efi caz, o
consumo de energia e a emissão de poluentes,
a partir da utilização de materiais que regulam
a temperatura, mantendo o conforto térmico
interno e minimizando, portanto, a necessidade
de aparelhos de ar condicionado e a emissão
de clofl uorcarbono (CFC). Já no Centro de
Tiro com Arco, a decisão por estruturas provisórias
necessárias às competições favoreceu
a restauração da paisagem natural às condições
originais.
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O Centro Nacional
de Tiro Esportivo,
em Deodoro:
reconhecimento
internacional
A construção do Complexo também adotou
estratégias para estímulo ao transporte coletivo.
Em todas as instalações, havia uma rota
permanentemente acessível a partir das zonas
de embarque e desembarque de passageiros,
com pontos de parada de transporte público.
A própria escolha da Vila Militar já privilegia o
acesso por transporte coletivo. A estação de
trem Vila Militar margeia toda a área do Complexo,
e pontos de ônibus podem ser vistos em
toda a avenida principal.
Pelo fato de as atividades e as interferências
das instalações esportivas de Deodoro terem
sido concebidas com a diretriz de preservação
das áreas, dos bens culturais e do conjunto de
riquezas naturais, o projeto do Complexo foi
indicado, entre 35 obras selecionadas de mais
de duzentas concorrentes de todo o mundo,
para participar da VI Bienal Ibero-americana
de Arquitetura. O Complexo concorreu, em
abril de 2008, ao Prêmio de Obras Construídas
na categoria “Obra Construí da de Jovem
Arquiteto”, vencida por uma construção uruguaia.
Segundo a curadora da Bienal, Ruth
Verde Zein, a preocupação com a sustentabilidade
não é novidade na arquitetura brasileira
para grandes projetos. Ruth avalia que o Brasil
possui tradição e criatividade para inovar e
acredita que isso se deve à preocupação do
setor no País em “superar as limitações e atingir
as melhores soluções”.