Livro 03 final-EVALDO.indd - Ministério do Esporte
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Por que o Brasil a<strong>do</strong>tou a idéia<br />
PASSAGENS PARA OS JOGOS<br />
O Rio a<strong>do</strong>tou a estratégia de arcar com<br />
a viagem das delegações estrangeiras.<br />
A iniciativa deu certo e aju<strong>do</strong>u a vencer<br />
San Antonio na assembléia da Odepa<br />
O<br />
projeto apresenta<strong>do</strong> na campanha<br />
para abrigar os Jogos Panamericanos<br />
2007 trouxe avanços<br />
e novos conceitos à competição<br />
continental. Guadalaraja, a exemplo <strong>do</strong> Rio<br />
de Janeiro, vai realizar o Parapan de 2011 nos<br />
moldes das Paraolimpíadas. Outra proposta<br />
brasileira bem recebida pela Organização Desportiva<br />
Pan-americana (Odepa) deverá tornarse<br />
rotina nas disputas para abrigar as próximas<br />
competições: o fi nanciamento das passagens<br />
aéreas internacionais para atletas <strong>do</strong>s esportes<br />
olímpicos, dirigentes, técnicos e profi ssionais<br />
das delegações de to<strong>do</strong>s os países participantes.<br />
A iniciativa favorece o desenvolvimento <strong>do</strong><br />
esporte no continente e inclui as nações com<br />
pouca tradição e investimento, ao proporcionar<br />
aos atletas experiência em competição de<br />
alto nível e contato com a elite esportiva.<br />
A estratégia a<strong>do</strong>tada pelo Brasil não é inédita.<br />
Para os Jogos Olímpicos de 2000, ela também<br />
fez diferença a favor de Sydney. Os australianos,<br />
com receio de que a distância pudesse<br />
impedir sua vitória na disputa, ofereceram<br />
passagens a todas as delegações. Atenas seguiu<br />
o exemplo em 2004 e Pequim assumiu o<br />
compromisso para 2008. Nas Américas, Win-<br />
212<br />
nipeg, no Pan de 1999, fi nanciou a ida de parte<br />
<strong>do</strong>s atletas à competição. Em 20<strong>03</strong>, Santo Domingo<br />
ofereceu bilhetes aéreos aos países das<br />
ilhas caribenhas, proposta repetida pelo comitê<br />
de candidatura da cidade americana de San<br />
Antonio, que disputava com o Rio de Janeiro a<br />
sede de 2007.<br />
O Rio tornou a proposta mais abrangente.<br />
Ofereceu pagar os bilhetes de todas as delegações,<br />
e também a alimentação e a hospedagem<br />
<strong>do</strong>s presidentes de comitês olímpicos<br />
nacionais, de alguns dirigentes <strong>do</strong> COI, de líderes<br />
de determinadas federações internacionais<br />
e de <strong>do</strong>is jornalistas de cada nação competi<strong>do</strong>ra.<br />
O fi nanciamento <strong>do</strong>s bilhetes aéreos da<br />
Família Odepa, <strong>do</strong>s delega<strong>do</strong>s técnicos e <strong>do</strong>s<br />
profi ssionais de arbitragem já era obrigatório.<br />
Ao tomar conhecimento da iniciativa brasileira,<br />
San Antonio fez proposta idêntica à brasileira.<br />
“Quan<strong>do</strong> começou a campanha, os americanos<br />
ofereceram bilhetes para o Caribe. Contraatacamos<br />
oferecen<strong>do</strong> a to<strong>do</strong>s os países e eles<br />
também disseram que dariam tu<strong>do</strong>. Fomos<br />
para a disputa no México em condições iguais,<br />
mas eles fi caram a nosso reboque”, lembra o<br />
presidente <strong>do</strong> Comitê Organiza<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s Jogos,<br />
Carlos Arthur Nuzman.<br />
Foto: Wilson Dias / Agência Brasil