Livro 03 final-EVALDO.indd - Ministério do Esporte

Introdução
A
luta contra o uso de substâncias
proibidas na prática do esporte de
alto nível é um dos princípios do
movimento olímpico internacional.
Criar mecanismos de detecção e estabelecer
critérios de punição para atletas e treinadores
que tentam se benefi ciar desta prática ilícita
são as principais atribuições dos organizadores
de grandes eventos esportivos. Essa
corrida constante para identifi car os métodos
cada vez mais sofi sticados de mascarar
o consumo de substâncias proibidas exige
investimento, esforço e constante aprimoramento
científi co. O doping, a exemplo do
competidor que faz uso dele, busca sempre
estar um segundo à frente dos instrumentos
desenvolvidos para detectá-lo.
Além dos malefícios provocados à saúde dos
que se utilizam dele, a prática representa uma
ameaça invisível a um dos mais caros ideais
do esporte: a igualdade de direitos e de condições
entre os atletas. Ao ingerir ou aplicar uma
substância que melhore seu desempenho, o
competidor fere os códigos de ética e conduta
que regem a prática esportiva. A saltadora
alemã Anna Battke se tornou um símbolo
dessa luta. Ela pintou em seu próprio corpo a
inscrição em inglês Stop Doping (“pare com
o doping”), durante uma etapa do Mundial de
MINISTÉRIO DO ESPORTE
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Atletismo em pista fechada disputada em Valência,
na Espanha. Era um duro recado da comunidade
olímpica internacional para aqueles
que fazem uso de substâncias proibidas.
O doping, antes de tudo, é um atentado à essência
do espírito esportivo. Por isso, a tarefa
de garantir eqüidade nas competições
tornou-se prioritária nos XV Jogos Pan-americanos
Rio 2007. Garantir recursos e investimentos
para a área de controle de dopagem
foi uma das primeiras medidas adotadas pelo
governo federal para os Jogos. Foi uma decisão
tomada ainda em 2003, ano em que o
planejamento do Pan começou a ser traçado.
Pela sua relevância, o controle de dopagem
tornou-se uma das diretrizes estabelecidas
pelo Plano Estratégico de Ações Governamentais
(PAG), o conjunto de ações, medidas
e investimentos determinados pela União
para garantir o êxito do Pan. As ações foram
executadas pelo governo brasileiro, por intermédio
do Ministério do Esporte, Comitê Organizador
Rio 2007 e a divisão de controle de
doping do Ladetec, laboratório vinculado à
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Veja
o papel de cada um no projeto.
A integração desses agentes e as campanhas
de conscientização sobre os riscos físicos
A partir de 2004, o ME investiu R$ 8.024.005,72 na compra de aparelhos e componentes de última
geração para equipar o setor de Controle de Dopagem do Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento
Tecnológico (Ladetec) do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),
na capacitação e treinamento de profi ssionais deste laboratório no Brasil e no exterior e no
fi nanciamento da área funcional de Doping do Comitê Organizador dos Jogos.
CO-RIO
O Comitê Organizador fi cou encarregado da coleta, identifi cação e remessa do material
colhido durante o Pan e o Parapan ao Lab-Dop Ladetec.
LAB-DOP LADETEC
Único laboratório credenciado pela Agência Mundial Antidoping (Wada) para realizar exames
em competições esportivas internacionais na América Latina, o Ladetec foi o responsável
pela análise de todo o material colhido durante os Jogos Pan e Parapan-americanos.