Livro 03 final-EVALDO.indd - Ministério do Esporte

Os objetivos do projeto
A
principal intenção do governo federal
era utilizar os Jogos como
alavanca para ampliar investimentos
sociais em 53 comunidades
carentes do Rio (explicaremos o critério de
escolha mais adiante). O legado nasceu, portanto,
como oportunidade para se discutir
quais seriam os investimentos e onde eles
seriam aplicados – antes, durante e depois
do evento, para benefi ciar a vida das populações
destas comunidades.
O PAG, no capítulo “Áreas de atuação de projetos”,
explica que o objetivo principal é “construir
um projeto de desenvolvimento social para
a cidade, por ocasião dos Jogos, em parceria
com outras esferas governamentais, ONGs e
entidades privadas”. Os subprojetos descritos
no documento são a “implementação e/ou
ampliação de programas sociais existentes no
governo federal em comunidades situadas em
torno dos logradouros esportivos dos Jogos,
com o objetivo de auxiliar o desenvolvimento
social da cidade do Rio de Janeiro”. O material
produzido pela equipe responsável pelo legado
social na Secretaria Executiva do Comitê
de Gestão do governo federal para os Jogos
(Sepan), para divulgar o tema, detalha:
Já no campo prático de ação estava o objetivo
de articular órgãos dos três níveis de governo,
empresas estatais e outras instituições como
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES) e Fundação Instituto
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
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Oswaldo Cruz (Fiocruz), além do próprio Comitê
Organizador em torno da idéia de se aproveitar
a competição internacional para ampliar
o número de benefi ciados pelos programas
sociais já existentes naquelas favelas, como
Segundo Tempo, Programa de Saúde da Família,
Bolsa Família, entre outros.
O ex-secretário adjunto da Sepan Adilson
Pires explica o porquê da opção: “Não pensamos
em criar novos programas nem pedir verbas
específi cas porque quando se fala em pedir
dinheiro público para novos projetos tudo
se torna mais complicado. Queríamos algo
factível”. Para o ministro do Esporte, Orlando
Silva Jr., “seria factóide, artifi cial, populista,
demagógico querer fazer ação específi ca durante
o Pan para aquelas comunidades”.
Não foram adotadas metas numéricas, pois a
disposição de investir mais ou menos recursos
em determinados programas dependeria
de cada ministério. Algumas prioridades, no
entanto, foram adotadas com base na predisposição
demonstrada pelos órgãos responsáveis,
como a ampliação do Bolsa Família
até que 100% das comunidades fossem
atingidas. “Conversamos com o Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome e
soubemos que, de fato, haveria dinheiro para
cumprir a meta”, lembra Adilson Pires. Mas o
papel da Secretaria estava limitado ao de catalizar
os esforços e estimular a aplicação das
verbas já existentes.
Fortalecer a participação dos moradores da cidade nos Jogos Pan-Americanos de 2007,
em particular os dos espaços populares;
Estimular a oferta de equipamentos culturais, esportivos e de infra-estrutura
nas comunidades populares;
Contribuir na redução da violência, em particular contra crianças, adolescentes
e jovens cariocas, na perspectiva da construção da cultura de paz;
Integrar as ações resultantes das organizações dos Jogos com as necessidades
da população da cidade do Rio de Janeiro, sobretudo as empreendidas pelo
Governo Federal em termos de estruturas esportivas e ações sociais.