Livro 03 final-EVALDO.indd - Ministério do Esporte

Bandeira verde para o futuro
A
preocupação dos governos e demais
envolvidos na realização dos Jogos
Pan-americanos com o meio ambiente
demonstra a postura ativa do
Brasil com relação ao tema. A responsabilidade
ambiental vem sendo difundida em empresas
de grande, médio e pequeno porte, e, para incentivar
a iniciativa privada a abraçar a causa
ecológica, o Programa Nacional de Conservação
de Energia Elétrica (Procel), do governo federal,
promove a racionalização da produção e
do consumo de energia elétrica. O programa utiliza
recursos da Eletrobrás e da Reserva Global
de Reversão (RGR), fundo federal com investimentos
das concessionárias, proporcionais ao
tamanho de cada uma. Utiliza também recursos
de entidades internacionais. Cada vez mais
projetos públicos do País vêm demonstrando o
compromisso governamental com o meio ambiente.
A construção do Arco Rodoviário Metropolitano
do Rio de Janeiro, incluída no Programa
de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo
federal, com 145 quilômetros de extensão,
contém exigência inédita para o licenciamento
ambiental: a obrigatoriedade do uso de asfalto
borracha, feito com pneus usados, que têm
maior durabilidade e absorvem mais ruído que o
asfalto convencional. Além disso, serão plantados
dois milhões de mudas de árvores às margens
da estrada e instaladas barreiras acústicas
em áreas de concentração populacional.
O País também desenvolve ações inovadoras
através do avanço tecnológico. Uma das promessas
brasileiras para 2009, por exemplo,
é o PVC 100% derivado de recursos naturais
inesgotáveis e 100% reciclável. A tecnologia
nacional substitui a porcentagem de 43% de
petróleo, usado em sua composição, por canade-açúcar.
O material, principal plástico usado
na arquitetura, é isolador térmico e acústico. A
aposta é que o novo PVC integre a política ambientalmente
correta das obras arquitetônicas
da Copa do Mundo de 2014, expondo ao mundo
ações que dão exemplo de sustentabilidade.
Segundo Sergio Besserman Viana, presidente
do Instituto Pereira Passos (IPP), órgão da Secretaria
de Urbanismo do Município do Rio de
Janeiro, a preocupação ambiental, para além
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de promover melhorias no ecossistema, na
saúde e na qualidade de vida, ainda promove a
imagem do Brasil: “Ocorre o fortalecimento da
marca da cidade e do País, além de maior conscientização
da sociedade”. O desenvolvimento
sustentável faz parte de uma série mundial de
resoluções das Metas do Milênio. Para marcar
os objetivos internacionais, a Organização das
Nações Unidas (ONU) elegeu 2008 como o Ano
Internacional do Planeta Terra, a fi m de promover
a conscientização sobre dez temas de
relevância social para a humanidade, todos relacionados
ao meio ambiente. São eles: saúde,
vida, megacidades, clima, acidentes naturais,
recursos, solos, terra, mananciais e oceanos.
“No Ano Internacional do Planeta Terra, há mais
de 6,6 bilhões de pessoas vivendo em todo o
mundo. Em 2105 a população humana deverá
ultrapassar 9 bilhões de habitantes, com os melhores
avanços em desenvolvimento ocorrendo
nos países e nas cidades. Esse Ano Internacional
é uma oportunidade de dividir conhecimento
e experiências e aumentar a conscientização
sobre a importância de temas de interesse
social, em particular as mudanças climáticas
globais”, explicou o diretor geral da Unesco,
Koïchiro Matsuura, em discurso de lançamento.
Outra proposta da agenda de ações da Unesco
é a criação de um Museu de Ciência da Terra. E
o Brasil foi o país escolhido para ser a sede da
estrutura, em um indicador da importância dos
seus recursos naturais e de suas políticas de
conservação do meio ambiente.
No início do Ano Internacional, o presidente da
República, Luiz Inácio Lula da Silva, ratifi cou
o envolvimento brasileiro com as metas ambientais
universais: “Tudo que fi zermos para o
desenvolvimento do País tem de ter uma combinação
perfeita entre a melhoria da qualidade
de vida, levada pelo desenvolvimento, e a preservação
ambiental, um item da qualidade de
vida que as pessoas precisam para viver bem”,
declarou o presidente. Em suas viagens pelo
mundo, ele faz intensa divulgação do projeto
nacional de biocombustíveis e busca incentivos
ao seu uso, para “garantir a segurança
energética sem prejudicar o meio ambiente”.