Livro 03 final-EVALDO.indd - Ministério do Esporte

fi nal de R$ 11.350.815,43. Neste caso, o CO-
Rio repassou a verba à Odepa, que a redistribuiu
entre os 41 comitês olímpicos nacionais,
proporcionalmente ao número de representantes
que cada país teria na competição. O
repasse à Odepa ajudou a agilizar o processo.
Os recursos humanos do CO-Rio eram insufi
cientes para executar a aquisição diretamente.
Além disso, o acordo entre o Comitê
e a Odepa previa a compra do trecho entre a
capital do país de origem e o Rio de Janeiro
(à exceção do Canadá, cujos atletas partiram
de Toronto).
Nos casos em que o atleta estivesse em outro
país, a diferença não seria fi nanciada pelo Brasil.
Por isso, a transferência de dinheiro gerava
maior liberdade de gerenciamento e garantia
de conforto para o atleta, que não precisaria se
deslocar até seu país para então vir ao Brasil. A
desvantagem – desconhecer o horário exato de
chegada dos atletas – foi remediada com uma
equipe de transporte de plantão no aeroporto.
“Este é o modelo olímpico. Comprar as passagens
aqui seria muito bom pelo controle, mas
o trabalho seria maior. Foram mais de cinco
mil bilhetes” diz Ricardo Trade, gerente da área
de Serviços dos Jogos. A verba para a Odepa
foi repassada em três parcelas. As duas primeiras,
de 40% do valor cada, foram enviadas
antes dos Jogos. A última, de 20%, depois
da competição. A medida permitia ajustes, ou
seja, redirecionar recursos às delegações de
acordo com o número de representantes de
cada país. Muitas vagas só foram defi nidas às
vésperas do Pan.
O acompanhamento do uso de recursos pelo
governo federal gerou economia substancial.
O plano de trabalho do CO-Rio para a compra
de passagem foi feito em março de 2007. O
orçamento projetava uma ligeira alta no valor
da modela americana, cotada a R$ 2,30 no
contrato. Além disso, foi considerado um aumento
no valor das passagens no período dos
Jogos porque julho é o mês de férias escolares.
Porém, ao contrário do previsto, o dólar
teve forte queda, sendo cotado a menos de R$
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2. Com as mudanças no quadro econômico, o
valor aplicado no CO-Rio foi revisto e os cálculos
da última parcela, refeitos. Prevista inicialmente
em R$ 2,67 milhões, a terceira parcela
caiu para R$ 951 mil. “O rigor no controle
do repasse de verba é a palavra de ordem. O
Ministério fez um acompanhamento minucioso
da evolução do projeto, o que permitiu economias
ainda no período da execução orçamentária”,
diz João Roberto de Lima, gestor dos
convênios no Ministério do Esporte.
Cerca de 6.550 vôos foram usados para vinda
da Família Odepa, de dirigentes nacionais
e internacionais, dos delegados técnicos e
dos árbitros, com fi nanciamento federal através
do convênio 4/2007. Previsto, inicialmente,
em R$ 8,818 milhões, foi fi nalizado em R$
3.214.494,90. Os membros do Comitê Olímpico
Internacional (COI) e de algumas federações
internacionais não aceitaram a cortesia
brasileira e vieram ao Rio acompanhar o Pan
com recursos próprios.
Outra economia deste convênio se refere à
diferença dos valores orçados e efetivamente
gastos, sobretudo para a vinda dos árbitros.
Quem escolhe os juízes é a federação internacional
de cada modalidade. Os nomes escolhidos
foram entregues no mês de junho.
Como o CO-Rio não podia esperar a divulgação
dos indicados para orçar as passagens,
houve um estudo para identifi car as possíveis
procedências dos árbitros. Foram considerados
os eventos esportivos anteriores e os locais
com tradição no esporte, como Coréia
para taekwondo e China para o tênis de mesa.
“Fizemos uma suposição com todo o cuidado
que lidar com dinheiro público exige. Não
é orçar com gordura. Tanto que boa parte foi
devolvida”, afi rma Trade.
A hospedagem e a alimentação (café da manhã,
almoço e jantar) dos árbitros, delegados
técnicos e da Família Odepa sempre foram
obrigações da cidade-sede. O Brasil ofereceu
as mesmas condições a 84 jornalistas (dois de
cada nação competidora) e aos dirigentes nacionais
e internacionais. Novamente, membros