originária do Direito enquanto outros compreendem que este poder constituinte é bemmais amplo incluindo uma criação derivada do Direito por meio da reforma do textoconstitucional, adaptando-o aos processos de mudança sociocultural 3 , e ainda o poderconstituinte decorrente, característica essencial de uma federação, quando os entesfederados recebem (ou permanecem com) parcelas de soberania expressas nacompetência legislativa constitucional.Finalmente, um terceiro aspecto a ser estudado, e sobre o qual também existemdivergências, diz respeito à titularidade do Poder Constituinte.Para uma melhor compreensão desta matéria e de suas diversas compreensões, énecessário estudar separadamente cada um destes elementos. Não se pode vincular,como pretenderam alguns, o posicionamento com relação à natureza do PoderConstituinte com a sua amplitude, e mesmo com sua titularidade em determinadoscasos.A amplitude do Poder ConstituinteVamos encontrar em diversas obras clássicas do constitucionalismo nacional eestrangeiro como, por exemplo, em PINTO FERREIRA, a afirmativa de que o PoderConstituinte é o poder de criar, emendar e revisar a Constituição. 4 Entre muitosclássicos podemos destacar WALTER DODD, KELSEN, HAURIOU e REWBARBOSA entre muitos, os que concordam com a afirmativa anterior. Entre os quediscordam, afirmando que o Poder constituinte será apenas aquele que cria aConstituição encontramos SCHMITT, HELLER, RECASÉNS SICHES, CARLFRIEDRICH e DNEZ.A importância desta discussão teórica, aparentemente de menor valor, reside n<strong>of</strong>ato das fundamentações teóricas da força do poder de reforma (através de emenda erevisão). Alguns autores tendem admitir força igual ao poder originário, em algumascircunstâncias, fazendo com que os limites materiais, circunstanciais, formais etemporais, praticamente desapareçam.3 DANTAS, Ivo. Poder Constituinte e Revolução, Rio de Janeiro, Editora Rio sociedade cultural Ltda.,1978, p.33.4 PINTO FERREIRA, Luis. Princípios Gerais de Direito Constitucional Moderno, Volume 1, 6 edição,São Paulo, Editora Saraiva, 1983, p.51.5
O problema central desta discussão é a segurança que a Constituição deve<strong>of</strong>erecer às relações jurídicas. Se admitirmos a compreensão de que o poder de reformapode tudo, chegaríamos a uma situação de insegurança grande, pois maioriasqualificadas no parlamento poderiam quase tudo. É obvio que o simples fato dechamarmos o poder de reforma de poder constituinte derivado, não é o bastante para lhe<strong>of</strong>erecer tal força, mas é importante que isto fique bem claro.Retornamos pois a antiga discussão para compreendermos o perigo que residenos rótulos, que são teorias que ao <strong>of</strong>erecer muita força ao legislativo ordinário paramudar a Constituição, pode retirar o que de há de essencial no constitucionalismomoderno, ou seja, a busca da segurança, inclusive contra maiorias qualificadas noparlamento, que podem estabelecer uma espécie de absolutismo da maioria, ou ditadurada maioria, que como um rolo compressor desmonta a Constituição. Esta discussão éainda especialmente importante quando assistimos os problemas vividos pelademocracia representativa, onde o financiamento privado de campanha, o podereconômico concentrado, inclusive na mídia, além de outros mecanismo de controle,constroem maiorias parlamentares que muitas vezes defendem interesses de poucos, emdetrimento de muitos, mas que se legitimam em aparentes democracias representativas.Importante notar que muitos dos autores clássicos acima citados, ao negar aamplitude maior do poder constituinte, incluindo o poder de reforma como poderconstituinte derivado, não tinham sempre a intenção de preservar a Constituição,preservando com isto a segurança jurídica e os direitos fundamentais diante de maioriasautoritárias ou sem limites. Esta é a questão central que nos interessa.Lembrando as palavras de IVO DANTAS:“O Poder Constituinte interessa à sociologia, especificamente a sociologia do Direito e aSociologia Política, em virtude de ser um Poder de Fato, e não um Poder de Direito, espécie emque se enquadram os poderes constituídos, inclusive o chamado Poder de Reforma,erroneamente denominado Poder constituinte derivado.” 5Seguindo esta linha de raciocínio, e buscando na sociologia elementos essenciaispara a compreensão do fenômeno constituinte, podemos afirmar que embora o poderconstituinte originário não tenha limites no ordenamento jurídico positivo com o qualele está rompendo, este poder s<strong>of</strong>re, de maneira clara e inegável, limitações de caráter5 DANTAS, Ivo. Poder Constituinte e Revolução. Ob.cit. pp.40-41.6
- Page 2 and 3:
AbstractThis article explores some
- Page 4 and 5:
displaced people in relation to the
- Page 6:
Colombian case as a particular cond
- Page 9 and 10:
displacement instead of rejecting d
- Page 11 and 12:
5. Inter American Court contributio
- Page 13 and 14:
Moreover, the displaced are subject
- Page 15 and 16:
fabric on which lies the basis of t
- Page 17 and 18:
assistance; the right to exercise b
- Page 19 and 20:
ordinating and improving assistance
- Page 21 and 22:
and brutalisation of the armed conf
- Page 23 and 24:
subjects a free legal consultation
- Page 25 and 26:
8. Conclusions: how can the protect
- Page 27 and 28: ReferencesACNUR, Balance de la pol
- Page 29 and 30: FAMIG (Fundación de atención al m
- Page 31 and 32: Una comunidad de Pazfrente al Estad
- Page 33 and 34: salud y la educación. La pérdida
- Page 35 and 36: gobierno es: “ser propositivo y d
- Page 37 and 38: esidente y a los refugiados que van
- Page 39 and 40: paramilitares, las comunidades camp
- Page 41 and 42: asesinado. 28 Esta afirmación fue
- Page 43 and 44: Los habitantes desplazados solicita
- Page 45 and 46: La segunda detención de Elkin Dari
- Page 47 and 48: Comunidad decidió declarar en la C
- Page 49 and 50: Comunidad de San José de Apartadó
- Page 51 and 52: Brigada XVII del Ejército. 62 Al d
- Page 53 and 54: la impunidad en que se mantienen, y
- Page 55 and 56: como la mafia o el narcotráfico, s
- Page 57 and 58: Ratifican su existencia como una Co
- Page 59 and 60: La autonomía de las comunidades ch
- Page 61 and 62: A violência no romance O matador d
- Page 63 and 64: “The characters are emptied of co
- Page 65 and 66: pelos leitores, confrontando o leit
- Page 67 and 68: No caso da segunda vítima, o que p
- Page 69 and 70: meios para um tratamento odontológ
- Page 71 and 72: acompanhado seu trabalho” (Melo 1
- Page 73 and 74: LINS, Paulo (1997): Cidade de Deus:
- Page 75 and 76: transformação social. O Direito d
- Page 77: Constituição deveria ser a expres
- Page 81 and 82: Transitórias. A revisão é mais a
- Page 83 and 84: ultrapassada, que reduz o Direito
- Page 85 and 86: construção do discurso do estado
- Page 87 and 88: socialismo; o povo de El Salvador e
- Page 89 and 90: inquisição. Ser espanhol era ser
- Page 91 and 92: existência de um suposto “pacto
- Page 93 and 94: da família.Outro aspecto important
- Page 95 and 96: AbstractIn the past two decades, gl
- Page 97 and 98: 1. Introduction„Globalization Soc
- Page 99 and 100: a. THE IMPORTANCE IN BEING PART OF
- Page 101 and 102: 1990). However certain authors argu
- Page 103 and 104: author Jô Soares, that aims to upp
- Page 105 and 106: at home (…) and playing popular s
- Page 107 and 108: cannot afford, but is also a questi
- Page 109 and 110: Proportion of individuals that have
- Page 111 and 112: the distinction between the deterri
- Page 113 and 114: Routledge.Online References-2004 Un
- Page 115 and 116: IntroducciónEl presente trabajo se
- Page 117 and 118: datos históricos acerca del valor
- Page 119 and 120: producciones de La Gaceta, así com
- Page 121 and 122: En lo que refiere a los discursos p
- Page 123 and 124: marchar por algo, y si esta identid
- Page 125 and 126: de representaciones del pasado con
- Page 127 and 128: ApéndiceNota de La Gaceta, secció
- Page 129 and 130:
Atte.-„Que se vayan los que no si
- Page 131 and 132:
Ciudades blancas. Crónicas rojasLa
- Page 133 and 134:
econocimiento de su condición de c
- Page 135 and 136:
itmo de cumbia en esa zona que de l
- Page 137 and 138:
Los pibes chorros todavía mantiene
- Page 139 and 140:
El texto entra dentro de la línea
- Page 141 and 142:
El 11 de febrero de 1999, Magdalena
- Page 143 and 144:
Speranza, Graciela, “Cómo vivir
- Page 145 and 146:
Sin la complejidad teórica de Ratz
- Page 147 and 148:
pone el énfasis en la organizació
- Page 149 and 150:
el siglo XX, no logra conformar un
- Page 151 and 152:
primera) biografía sobre Raúl Pre
- Page 153 and 154:
Una rápida consulta a los periódi
- Page 155 and 156:
valiosos de la vida colectiva. Se t
- Page 157 and 158:
identificado como un caso de narrad
- Page 159 and 160:
La joven se refiere al arma que la
- Page 161 and 162:
Todas las veces en las que pudo mor
- Page 163 and 164:
atravesando una quinta a oscuras, c
- Page 165 and 166:
Notas:1 El proyecto consta de dos p
- Page 167 and 168:
Consumption society challenged: Bra
- Page 169 and 170:
due to unequal land distribution we
- Page 171 and 172:
Hence, the neo-liberal free trade a
- Page 173 and 174:
een to stand up to neo-liberalism a
- Page 175 and 176:
structural adjustment programs and
- Page 177 and 178:
a participant in the larger counter
- Page 179 and 180:
Löwy, Michael 2001. “The socio-r
- Page 181:
World Bank 2002. “What is empower