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Pobreza e Patrimônio - Avsi

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O PLANALTO II E O PROJETO DE FORTALECIMENTO DA COMUNIDADE • 45associação de moradores de adolescentes, um grupo de agentes de saúde mirim,um grupo de mães da creche e o Grupo de Mulheres Marginalizadas que surgiuna época do mutirão e também voltara a atuar em apoio às mulheres da comunidade.A administração pública fazia-se presente naquele momento com aSecretaria de Educação, de Saúde e da Habitação – esta última realizando omonitoramento da situação habitacional e de ocupação no bairro. Havia aindauma ONG local, a ARCA de Noé, que começava a desenvolver cursos dequalificação profissional para os moradores.Relações FamiliaresEntre os domicílios cujos chefes de família eram casados, prevaleceu em73% a chefia de homens; nos demais, as mulheres assumiam esse papel. O fatode os domicílios apresentarem uma estrutura instável e de muitos seremmantidos e dirigidos por mulheres, havia, especialmente no contexto destacomunidade, um peso ainda maior. Além do baixo nível de escolaridade, poucacapacitação, subempregos e baixos salários, aspectos comuns em áreas deconcentração de pobreza, havia um agravante em relação às mulheres doPlanalto II. Estas, sendo oriundas da zona boêmia e da prostituição da cidade deIpatinga, mesmo mudando para o Planalto II e procurando uma nova ocupação,pelo fato de não terem um marido, continuavam sendo recriminadas ou tinhamgrande dificuldade de conseguir qualquer trabalho. A condição sócio-econômicaera bastante instável: os baixos rendimentos aliados a um número elevado deintegrantes nos domicílios e, pelo contrário, um pequeno número de pessoas quetrabalham para manter o sustento da casa, fazia com que fosse alto o índice dedependência econômica domiciliar.EducaçãoO baixo nível educacional, confirmado pelas pesquisas realizadas juntoaos moradores do Planalto II, evidenciou que nenhuma pessoa da comunidadehavia conseguido chegar até a universidade. Ao segundo grau, somente 5,51%dos moradores tinham tido acesso. A grande maioria, correspondente a 63,98%das pessoas, não ultrapassava o primeiro grau. O índice de analfabetismo erabastante elevado, cerca de 10,5%, concentrados na população com idade acimade 25 anos. Era evidente que os moradores do Planalto II deixavam a escolamuito cedo sem, sequer, concluir o ensino básico. Este fato foi confirmado pelograu de escolaridade dos moradores. Levantamos o número de pessoas comidade entre 07 e 20 anos que já tinham abandonado a escola, na época dapesquisa. O Planalto II apresentava dentre as várias áreas pobres da cidade, umdos maiores índices, cerca de 22%, de pessoas nessa faixa etária. Outro sérioproblema era o atraso escolar, ou seja, o número de alunos que apresentavamdefasagem entre idade e série. O percentual de alunos que apresentava atrasoescolar atingia a casa dos 26%. Ouvindo alguns pais comentarem sobre esses

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