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Pobreza e Patrimônio - Avsi

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46 •POBREZA E PATRIMÔNIOindicadores, vários imputavam grande parte dos problemas aos próprios filhosque, segundo eles, seriam desinteressados ou com dificuldades de aprendizagem.Por sua vez, foi amplamente confirmada, por 80% das famílias, a falta departicipação das mesmas na vida escolar dos filhos. Sobre este fato houve umareclamação firme por parte dos educadores. Apenas 20% informaram que interagiamde forma ativa na vida escolar dos filhos, levando-os à escola, ajudandonas tarefas de casa ou participando das atividades pedagógicas. A aproximaçãofamíliaescola foi uma das linhas educativas adotadas ao longo do projeto.Os programas de recuperação de série e educação de jovens e adultos(DESAFIO e MOVA) da prefeitura não eram muito conhecidos pelos moradoresdo Planalto II. Em apenas 24% dos domicílios eles afirmaram conhecê-los,sendo que em apenas 16% houve pessoas que já haviam participado ou queestavam participando do MOVA. Este percentual é o mesmo que o dos alunosque freqüentavam o reforço escolar. O DESAFIO, sendo um programa vinculadoao ensino regular, garantia uma maior participação dos moradores nas escolasonde estudavam. Assim, em 50% dos domicílios havia alunos que participavamdesse programa. Em 1999, no cenário da educação ocorreram alterações. Houvea implantação da Escola Municipal Paulo Freire e dos programas educacionais,Desafio e Mova, que já existiam na cidade e foram estendidos ao bairro.TrabalhoA comunidade do Planalto II apresentava um índice de 32,6% de pessoasque trabalhavam e geravam renda, e 7,1% de pessoas desempregadas. Entreaqueles que se encontravam trabalhando, apenas 15,7% possuíam estabilidade,isto é, trabalhavam com carteira assinada; 32% tinham contrato de trabalhotemporário e 52% desenvolviam atividades esporádicas, sem vínculo formal,carteira ou contratos assinados e sem regularidade na atividade, fato que, alémde impor grande vulnerabilidade aos núcleos familiares destes trabalhadores,contribuía para ocultar as reais taxas de desemprego na comunidade.Além de questões conjunturais que dificultavam o acesso ao mercado detrabalho a qualquer trabalhador, a população em idade ativa do Planalto IIexpunha ainda dois sérios agravantes. O primeiro deles, diz respeito ao nível deescolaridade dos trabalhadores, que era muito baixo. Tomando por base osdesempregados, 72% não ultrapassavam o primeiro grau, sendo que 28% delespossuíam apenas o nível primário de escolarização, e apenas 11% conseguiamchegar até o segundo grau. O segundo aspecto dificultoso é que a força detrabalho do Planalto II era composta em sua maioria por pessoas com pouca ounenhuma qualificação profissional, exercendo, geralmente, ocupações como:faxineiros, zeladores, ajudantes de pedreiros, domésticas, vigias, etc.Foi evidenciada uma baixa pré-disponibilidade dos moradores para empreendimentospróprios. Em termos percentuais, existiam no Planalto II, em 1997,

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