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dissertação de mestrado a gestão ea mudança cultural da telemar ...

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Entretanto outra razão po<strong>de</strong> existir: os ju<strong>de</strong>us, na época <strong>de</strong> Cristo, ofereciam animais em<br />

sacrifícios a Deus. A Bíblia cita, em várias passagens, o cor<strong>de</strong>iro como sendo o preferido <strong>de</strong><br />

todos. O próprio Cristo se posiciona na figura <strong>de</strong> um cor<strong>de</strong>iro. Mas outras passagens mostram<br />

que esses cor<strong>de</strong>iros eram caros e somente poucos tinham acesso a eles para se alimentar,<br />

festejar ou ofertar a Deus. É possível i<strong>de</strong>ntificar esse situação na parábola do filho pródigo.<br />

Portanto, cor<strong>de</strong>iros eram oferen<strong>da</strong>s dos ricos. Aos pobres era permitido ofertar outros animais<br />

<strong>de</strong> menos valor comercial. Dentre eles, a pomba era a mais comum. Foi uma pomba que<br />

Nossa Senhora ofereceu a Deus no templo em Israel, na passagem <strong>da</strong> apresentação do Menino<br />

Jesus. A pomba vista como oferen<strong>da</strong> acessível ao pobre mostra um Espírito Santo também<br />

acessível a todos. O Espírito Santo revestido <strong>de</strong> pomba e o Cristo revestido <strong>de</strong> Cor<strong>de</strong>iro<br />

completam o imaginário <strong>da</strong> oferen<strong>da</strong>, <strong>de</strong> pobres e ricos, no altar ju<strong>de</strong>u e no altar cristão.<br />

Como vemos, temos duas interpretações absolutamente diferentes sobre um mesmo tema.<br />

Porém, ambas são aceitáveis e uma não invali<strong>da</strong>, necessariamente, a outra. Várias ain<strong>da</strong><br />

po<strong>de</strong>riam co-existir sem necessariamente criar conflito <strong>de</strong> idéias. Po<strong>de</strong>ríamos ain<strong>da</strong> introduzir<br />

outra interpretações aparentemente conflitantes ou mesmo opostas. A vali<strong>da</strong><strong>de</strong>, no caso,<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ria do conhecimento, <strong>da</strong> experiência e <strong>da</strong> cultura do observador. O importante que<br />

Lakoff e Johnsom (2002) nos observam é que as metáforas aparentemente contraditórias<br />

po<strong>de</strong>m se misturar, sem nenhum <strong>da</strong>no.<br />

1.6 A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO<br />

Este trabalho está organizado em nove capítulos. A Introdução trata <strong>de</strong> questões como a<br />

relevância do tema, a contextualização para situar o leitor com relação à questão <strong>da</strong> pesquisa<br />

que fun<strong>da</strong>menta os objetivos geral e específicos. Abor<strong>da</strong> também as limitações <strong>de</strong> quem faz<br />

pesquisa sobre temas tão complexos como estrategias organizacionais e sobre metáforas.<br />

O referencial teórico abor<strong>da</strong>do neste trabalho foi montado numa seqüência lógica para<br />

permitir ao leitor evoluir, a partir <strong>de</strong> uma posição bastante solidifica<strong>da</strong>, ligando passo-a-passo<br />

ca<strong>da</strong> item, até as abor<strong>da</strong>gens contemporân<strong>ea</strong>s. A cultura e a cultura organizacional estão<br />

interliga<strong>da</strong>s e, conseqüentemente, afetam as <strong>mu<strong>da</strong>nça</strong>s que são exigi<strong>da</strong>s hoje em uma<br />

organização. Tais <strong>mu<strong>da</strong>nça</strong>s são traduzi<strong>da</strong>s por metáforas que, por sua vez, estão liga<strong>da</strong>s ao<br />

inconsciente individual e coletivo e aos seus símbolos.<br />

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