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dissertação de mestrado a gestão ea mudança cultural da telemar ...

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As ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos gestores são cerca<strong>da</strong>s <strong>de</strong> muitos números, fatos e <strong>da</strong>dos, que exigem um<br />

cui<strong>da</strong>do muito especial no momento em que eles necessitam transmitir suas preocupações,<br />

or<strong>de</strong>ns e recomen<strong>da</strong>ções a um público formado por empregados não muito habituados com<br />

esse linguajar. Portanto, esses gestores fazem do uso <strong>da</strong>s figuras <strong>da</strong>s metáforas e <strong>da</strong>s<br />

analogias uma constante em seus discursos. Neste caso, essas metáforas são resultado <strong>de</strong> uma<br />

ação intencional <strong>de</strong> um indivíduo, e não uma r<strong>ea</strong>ção espontân<strong>ea</strong> e coletiva como vimos<br />

anteriormente, e tem com objetivos expressos “<strong>da</strong>r um recado”, uma or<strong>de</strong>m ou um<br />

esclarecimento.<br />

Segundo Schein (1984), para enten<strong>de</strong>rmos a cultura <strong>de</strong> uma organização necessariamente<br />

precisamos enten<strong>de</strong>r as suas representações simbólicas, incluindo as analogias e metáforas<br />

que estão associa<strong>da</strong>s a ela. Nesse sentido, e para o estudo proposto, o uso <strong>de</strong> metáfora e<br />

analogia se apresenta como a<strong>de</strong>quado e oportuno. Longe <strong>de</strong> ser um mero ornamento, o uso <strong>de</strong><br />

metáfora, nesse trabalho, é uma operação cognitiva que tem a natureza conceitual<br />

fun<strong>da</strong>menta<strong>da</strong> na compreensão dos fatos vividos pelos entrevistados, numa visão que vai além<br />

<strong>da</strong>s palavras e caminha, no mundo <strong>da</strong>s emoções e do imaginário, para resgatar o homem em<br />

sua integri<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

2.4 OS SÍMBOLOS E O INCONCIENTE COLETIVO<br />

Segundo Ricoeur (2000), para que o enunciado metafórico possa ter alguma pretensão à<br />

ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, é preciso vencer a objeção <strong>de</strong> que ele é puramente ornamental. Essa estratégia <strong>de</strong><br />

linguagem sugere não a uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> discurso, no caso, as frases, mas a totali<strong>da</strong><strong>de</strong> do discurso,<br />

a obra. A crítica a essa linguagem parece justamente consistir na constituição <strong>de</strong> um sentido<br />

que intercepta a referência e, no limite, anula a r<strong>ea</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>. Ora, a crítica literária extrai aqui<br />

argumentos <strong>de</strong> uma análise puramente lingüística. Para abranger a totali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos fenômenos<br />

lingüísticos são necessários os seis fatores <strong>da</strong> comunicação – emissor, <strong>de</strong>stinatário, código,<br />

mensagem, contato e contexto. A estrutura verbal <strong>de</strong> uma mensagem <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> antes <strong>de</strong> tudo<br />

<strong>de</strong> uma função predominante, mas <strong>de</strong> modo algum exclusiva. Assim, ao emissor correspon<strong>de</strong><br />

a função emotiva, ao <strong>de</strong>stinatário a função conativa, ao contato a função fática, ao código, a<br />

função metalingüística, ao contexto, a função referencial. Por fim, a mensagem põe em<br />

evidência o código palpável dos signos, e aprofun<strong>da</strong> a dicotomia fun<strong>da</strong>mental dos signos e<br />

dos objetos, diametralmente oposto a uma função referencial. A mensagem, portanto, é<br />

orienta<strong>da</strong> para o contexto não-lingüístico.<br />

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