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dissertação de mestrado a gestão ea mudança cultural da telemar ...

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prestando à replicação e negligenciando os procedimentos apropriados <strong>de</strong> vali<strong>da</strong>ção<br />

(SAFFOLD, 1988). Seriam, portanto, criticáveis quanto à objetivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, comparabili<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> generalização. Por outro lado, os estudos qualitativos teriam a vantagem <strong>de</strong><br />

melhor apreen<strong>de</strong>r a cultura, vista como gestalt, permitindo graus <strong>de</strong> profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> e empatia<br />

dificilmente obtidos através <strong>de</strong> surveys quantitativos.<br />

Segundo Denison apud Carrieri (2001), os estudos <strong>de</strong> cunho quantitativo envolvem o<br />

map<strong>ea</strong>mento e o estudo <strong>de</strong> populações maiores e mais dispersas, facilitando, até certo ponto, a<br />

replicação e a confirmação dos resultados obtidos. Assim sendo, a maior vantagem do uso <strong>de</strong><br />

técnicas <strong>de</strong> survey para estu<strong>da</strong>r a cultura organizacional seria o fato <strong>de</strong> que esse tipo <strong>de</strong><br />

técnica po<strong>de</strong> ser aplicado a várias organizações <strong>da</strong> mesma forma, fornecendo assim bases para<br />

comparações ou generalizações. Uma <strong>da</strong>s <strong>de</strong>svantagens do método <strong>de</strong> survey seria o fato <strong>de</strong><br />

que não existe proteção contra o excesso <strong>de</strong> generalização.<br />

Hofste<strong>de</strong> (1980) <strong>de</strong>fine cultura organizacional como foca<strong>da</strong> nas práticas, consi<strong>de</strong>rando os<br />

valores como oriundos <strong>da</strong> cultura nacional. Assim sendo, Hofste<strong>de</strong> (1980) e Schein (1992),<br />

<strong>de</strong>ntro do mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> cultura em layers ou cama<strong>da</strong>s, concor<strong>da</strong>ram com o fato <strong>de</strong> que os<br />

pressupostos, crenças e valores constituiriam os elementos mais profundos <strong>da</strong> cultura,<br />

enquanto que os artefatos tangíveis e os padrões <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e comportamentos seriam as<br />

manifestações externamente visíveis <strong>da</strong> cultura. Dentro <strong>de</strong>ssa visão, os valores culturais<br />

afetariam, em gran<strong>de</strong> parte, o comportamento individual.<br />

Para Hofste<strong>de</strong> (1980), embora tradicionalmente a cultura organizacional tenha sido abor<strong>da</strong><strong>da</strong><br />

através <strong>de</strong> estudos <strong>de</strong> caso, freqüentemente incluindo observação participante, tais métodos<br />

po<strong>de</strong>riam fornecer insights profundos, mas seriam subjetivos e não confiáveis no sentido <strong>de</strong><br />

replicáveis (Hofste<strong>de</strong>, 1991; 2002). Hofste<strong>de</strong> (1990) consi<strong>de</strong>rou que o uso <strong>de</strong> surveys e os<br />

estudos <strong>de</strong> caso <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>rados como metodologias complementares. De acordo com<br />

este ponto <strong>de</strong> vista, Miles e Huberman (1994) alegaram que, para conhecer o mundo, tanto os<br />

números quanto as palavras seriam necessários. O uso <strong>de</strong> metodologias qualitativas e<br />

quantitativas permite a confirmação, ou a corroboração dos achados, ou dos insights obtidos<br />

com ca<strong>da</strong> tipo <strong>de</strong> abor<strong>da</strong>gem, minimizando também o conflito entre os <strong>de</strong>fensores <strong>de</strong> ca<strong>da</strong><br />

linha epistemológica.<br />

Po<strong>de</strong>-se conceber uma proposta <strong>de</strong> estudo bas<strong>ea</strong><strong>da</strong> em um <strong>de</strong>sign <strong>de</strong> pesquisa que combine<br />

pesquisa fun<strong>da</strong>mentalmente quantitativa com um procedimento exploratório qualitativo,<br />

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