dissertação de mestrado a gestão ea mudança cultural da telemar ...
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nenhuma entrevista foi r<strong>ea</strong>liza<strong>da</strong> no local do trabalho. Durante a confirmação <strong>da</strong> entrevista,<br />
quando perguntados sobre a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> r<strong>ea</strong>lizarmos a entrevista <strong>de</strong>ntro do ambiente <strong>de</strong><br />
trabalho, a recusa sempre foi imediata. Alguns, <strong>de</strong> forma tími<strong>da</strong>, admitiam a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
mas preferiam em outro local; outros não admitiam nem pensar na possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>: “Você está<br />
doido? Quer me complicar? Nem pensar [...] você sabe. Lá as pare<strong>de</strong>s têm ouvidos! [...] Vê se<br />
escolhe outro lugar...” 5<br />
Então, outros locais eram sugeridos e o diálogo retornava ao clima anterior. Essa recusa foi<br />
observa<strong>da</strong> nas primeiras entrevistas e a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>las se r<strong>ea</strong>lizarem no ambiente <strong>de</strong><br />
trabalho foi propositalmente oferta<strong>da</strong> a todos os entrevistados que ain<strong>da</strong> mantêm vínculo com<br />
a organização, com recusa em 100% dos casos.<br />
4.5.5 RELAÇÃO DOS ENTREVISTADOS<br />
A técnica escolhi<strong>da</strong> para <strong>de</strong>terminar quem seriam os escolhidos foi a <strong>de</strong> entrevistas por<br />
conveniência. Isto se <strong>de</strong>u porque o entrevistado tinha que reunir <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s características<br />
como: pertencer ao círculo <strong>de</strong> relacionamento (network) do entrevistador; ser uma pessoa<br />
reconheci<strong>da</strong>mente pon<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> e aberta ao diálogo; e possuir, sob o ponto <strong>de</strong> vista do<br />
pesquisador, percepção espacial e capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> imaginativa. Houve também a participação dos<br />
entrevistados na indicação <strong>de</strong> candi<strong>da</strong>tos a serem entrevistados, trocando idéias a respeito <strong>de</strong><br />
suas características pessoais, fornecendo inclusive telefone e e-mail, para contatos. Isto abre a<br />
possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>rmos que, pelo menos em parte, a técnica <strong>de</strong> amostragem “Bola <strong>de</strong><br />
Neve”, que é uma técnica também não-probabilística, foi aplica<strong>da</strong>. Portanto, os entrevistados<br />
foram pessoas cui<strong>da</strong>dosamente seleciona<strong>da</strong>s pelo pesquisador e pelos próprios entrevistados,<br />
pessoas que, a princípio, r<strong>ea</strong>lmente reuniam visão <strong>de</strong> processo <strong>de</strong> <strong>gestão</strong>, experiência <strong>de</strong><br />
muitos anos a serviço <strong>da</strong> organização, relacionamento nos diversos níveis hieráquicos e<br />
também no corpo técnico.<br />
A etapa <strong>da</strong>s entrevistas foi encerra<strong>da</strong> somente quando as informações começaram a se repetir,<br />
sem acrescentar fatos novos ou relevantes para o estudo em questão. Esse foi um sinal<br />
evi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> que o tema havia sido explorado em to<strong>da</strong>s as suas nuanças e o material apurado<br />
continha conteúdo suficiente para o objetivo proposto.<br />
5 Entrevistado E1<br />
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