dissertação de mestrado a gestão ea mudança cultural da telemar ...
dissertação de mestrado a gestão ea mudança cultural da telemar ...
dissertação de mestrado a gestão ea mudança cultural da telemar ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
2 REFERENCIAL TEÓRICO<br />
2.1 CULTURA ORGANIZACIONAL<br />
Para Freitas (1997), o interesse pelo estudo <strong>da</strong>s questões culturais no campo organizacional<br />
não é recente. Des<strong>de</strong> a primeira meta<strong>de</strong> do século XX, já se mencionava a importância dos<br />
aspectos culturais na <strong>gestão</strong> <strong>de</strong> recursos humanos. Alguns conceitos como os <strong>de</strong> clima e<br />
grupos eram discutidos por psicólogos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> trinta; no entanto, o conceito <strong>de</strong><br />
cultura vem sendo usado apenas nas últimas déca<strong>da</strong>s. Para Corr<strong>ea</strong> e Guimarães (2006), essas<br />
visões diferentes em torno <strong>de</strong> um mesmo tema fornecem alguns dos focos <strong>de</strong> análise que estão<br />
na base conceitual <strong>de</strong> muitos estudos atuais sobre cultura, seja no âmbito <strong>da</strong>s organizações,<br />
seja no <strong>de</strong> países ou povos.<br />
Segundo Oliveira e Siqueira (2005), houve uma revolução nos modos <strong>de</strong> pensar as<br />
organizações. As percepções mecanicistas que dominavam o gerenciamento científico <strong>da</strong><br />
primeira meta<strong>de</strong> do século XX foram afasta<strong>da</strong>s, e uma nova escola <strong>de</strong> pensamento<br />
organizacional se <strong>de</strong>senvolveu nos dois lados do Atlântico. Nessa nova escola, as<br />
organizações passaram a serem vistas como culturas, em vez <strong>de</strong> apenas máquinas e<br />
equipamentos. Tanto a organização do trabalho como o trabalho <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> individuo, em suas<br />
funções específicas, passaram a serem vistos também pela ótica antropológica.<br />
Segundo Rosa (2002), a base <strong>da</strong> organização é ser uma uni<strong>da</strong><strong>de</strong> social em que os objetivos<br />
organizacionais têm várias funções: entre elas, a fonte <strong>de</strong> legitimi<strong>da</strong><strong>de</strong> que justifica suas<br />
ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, padrões para avaliar sua eficiência e rendimento, uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> medi<strong>da</strong> para verificar<br />
sua produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Portanto, a razão <strong>de</strong> ser <strong>da</strong> organização é servir a esses objetivos.<br />
Embora a Cultura Organizacional tenha surgido como termo acadêmico, a partir <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />
oitenta, por meio <strong>de</strong> autores como Hofste<strong>de</strong> et al. (1980), as referências à cultura estão<br />
presentes nos mais antigos compêndios administrativos e relaciona<strong>da</strong>s às organizações<br />
militares.<br />
A Arte <strong>da</strong> Guerra, escrito no século IV a.C., por SUN TZU (2000), é um tratado <strong>de</strong> estratégia<br />
militar e vem sendo utilizado com muita freqüência pelos meios não-acadêmicos, como<br />
referência para os estudos <strong>de</strong> estratégia empresarial. O seu conteúdo, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do seu<br />
valor intrínseco para os estudos <strong>de</strong> <strong>gestão</strong>, apresenta um conjunto <strong>de</strong> crenças e valores dos<br />
generais (gestores) <strong>da</strong>s organizações militares. Embora as regras <strong>de</strong> conduta impostas pelos<br />
24