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2.298 EXERCÍCIOS, COM GABARITO. - Cursocenpro.com.br

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D. A extensão do sentimento fraternal ao paternal, fundindo-se <strong>com</strong> este e dando-lhe novo<<strong>br</strong> />

colorido, será a chave de um entendimento mais positivo e in<strong>com</strong>paravelmente superior à<<strong>br</strong> />

atitude belicosa.<<strong>br</strong> />

E. Em termos imperfeitos, mas <strong>com</strong>patíveis <strong>com</strong> os avanços tecnológicos de nossos dias,<<strong>br</strong> />

os moços convidam os pais e — por que não dizer? — os homens e as mulheres de gerações<<strong>br</strong> />

anteriores a olharem <strong>com</strong> outros olhos a vida.<<strong>br</strong> />

TEXTO.<<strong>br</strong> />

A integridade cultural de um povo faz-se através das idéias. As mudanças culturais<<strong>br</strong> />

duráveis se fazem através do debate, do confronto de opiniões. É perfeitamente possível, por<<strong>br</strong> />

exemplo, de um dia para o outro, só se permitir a publicação, no país, de livros <strong>br</strong>asileiros; é<<strong>br</strong> />

perfeitamente possível interditar totalmente a emissão, pelas estações de rádio, de música<<strong>br</strong> />

estrangeira; perfeitamente possível taxar de tal modo o disco e o livro que eles se tornem<<strong>br</strong> />

inacessíveis; perfeitamente viável impedir que as emissoras de TV introduzam os enlatados nas<<strong>br</strong> />

suas programações. Sim, não é impraticável, em nome da nossa integridade <strong>com</strong>o povo, das<<strong>br</strong> />

nossas tradições e mesmo sob a alegação de <strong>com</strong>bater o uso de drogas psicotrópicas —<<strong>br</strong> />

segundo alguns, a música estrangeira induziria a juventude <strong>br</strong>asileira ao consumo de<<strong>br</strong> />

entorpecentes —, transformar o país em uma ilha cultural. Mas, em primeiro lugar, tal<<strong>br</strong> />

insulamento não seria de modo algum fecundo e desejável. Em segundo lugar, qual o valor de<<strong>br</strong> />

tais medidas se não repousam verdadeiramente em um processo de amadurecimento? Cessado<<strong>br</strong> />

o freio, voltaríamos, na melhor das hipóteses, à mesma situação de antes, sem qualquer<<strong>br</strong> />

evolução verdadeira. Um ser humano não muda e evolui sem que colabore <strong>com</strong> isto. Ninguém<<strong>br</strong> />

muda de fora para dentro. É necessário que alguém tome consciência do seu estado, convençase<<strong>br</strong> />

da necessidade de mudança e — pode ser que <strong>com</strong> a ajuda de outros — empreenda-a.<<strong>br</strong> />

Nessas condições, uma mudança tem sentido. Se um homem, porém, é forçado a agir<<strong>br</strong> />

diferentemente, se uma força exterior o do<strong>br</strong>a, que houve na verdade? Desaparecendo a<<strong>br</strong> />

pressão, o indivíduo traz consigo os mesmos vícios. Com os povos não é diferente. É necessário<<strong>br</strong> />

que os povos adquiram uma consciência nova, que tomem consciência do que lhes é nocivo, e,<<strong>br</strong> />

de dentro para fora, empreendam suas mudanças. Isso, é evidente, não se faz da noite para o<<strong>br</strong> />

dia. Não será, sequer, o trabalho de uma só geração. Todos esses fenômenos são árduos e<<strong>br</strong> />

lentos, <strong>com</strong> idas e vindas, <strong>com</strong> avanços e recuos. Assim pensamos nós, que reverenciamos a<<strong>br</strong> />

cultura. Difere, nosso pensamento, do que julgam os indivíduos penetrados da noção de<<strong>br</strong> />

autoridade. Estes, adeptos da força, estão convencidos de que, o<strong>br</strong>igando ou proibindo, mudam<<strong>br</strong> />

tudo: tanto os indivíduos <strong>com</strong>o os países.<<strong>br</strong> />

228. Com base na leitura interpretativa do texto, assinale a opção correta.<<strong>br</strong> />

A. No parágrafo inicial do texto, entre outras possibilidades defendidas <strong>com</strong>o essenciais à<<strong>br</strong> />

limpeza cultural de um povo, está a permissão exclusiva da publicação, no país, de livros<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>asileiros.<<strong>br</strong> />

B. O autor julga que é perfeitamente viável impedir que as emissoras de TV introduzam<<strong>br</strong> />

propagandas de produtos alimentícios enlatados nas suas programações.<<strong>br</strong> />

C. O autor aquiesce <strong>com</strong> aqueles que consideram que principalmente a música estrangeira<<strong>br</strong> />

induz a juventude <strong>br</strong>asileira ao consumo de entorpecentes.<<strong>br</strong> />

D. Ao afirmar que o insulamento de modo nenhum seria fecundo e ao questionar o valor<<strong>br</strong> />

das medidas proibitivas, o autor do texto posiciona-se contrário ao avanço cultural da<<strong>br</strong> />

população.<<strong>br</strong> />

E. No parágrafo final, o autor insere-se no texto, modestamente, colocando-se <strong>com</strong>o<<strong>br</strong> />

homem apreciador de cultura, fato que fica registrado no discurso pelo emprego da primeira<<strong>br</strong> />

pessoa do plural.

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