02.07.2013 Views

2.298 EXERCÍCIOS, COM GABARITO. - Cursocenpro.com.br

2.298 EXERCÍCIOS, COM GABARITO. - Cursocenpro.com.br

2.298 EXERCÍCIOS, COM GABARITO. - Cursocenpro.com.br

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

(C) Se estamos emersos num sonho e o telefone toca, saímos deste e perdemos toda a<<strong>br</strong> />

continuidade do devaneio que vale mais à pena do que viver assim mecanicamente.<<strong>br</strong> />

(D) A verdade é que nem mesmo certo prazer é mais obtido pelo cigarro, cujo vício<<strong>br</strong> />

alimentamos sem pensar, assim <strong>com</strong>o ocorrem em outros fatos da vida.<<strong>br</strong> />

(E) Apenas viver simplesmente torna-se um sonho em nosso tempo, onde a rotina nos faz<<strong>br</strong> />

mergulharmos em inúteis atividades que nem paramos para pensar nelas.<<strong>br</strong> />

1608. Está inteiramente adequada a pontuação da seguinte frase:<<strong>br</strong> />

(A) Tive, sim um ataque de pudor, quando olhando-me <strong>com</strong> a gravata, tomei consciência<<strong>br</strong> />

de que pretendia ficar elegante <strong>com</strong> um pano colorido que mecanicamente, amarrara ao<<strong>br</strong> />

pescoço.<<strong>br</strong> />

(B) Tive sim um ataque de pudor quando, olhando-me <strong>com</strong> a gravata tomei consciência,<<strong>br</strong> />

de que pretendia ficar elegante <strong>com</strong> um pano colorido, que mecanicamente amarrara, ao<<strong>br</strong> />

pescoço.<<strong>br</strong> />

(C) Tive, sim, um ataque de pudor quando olhando-me, <strong>com</strong> a gravata, tomei consciência,<<strong>br</strong> />

de que pretendia ficar elegante <strong>com</strong> um pano, colorido, que mecanicamente amarrara ao<<strong>br</strong> />

pescoço.<<strong>br</strong> />

(D) Tive, sim, um ataque de pudor; quando olhando-me <strong>com</strong> a gravata, tomei consciência<<strong>br</strong> />

de que pretendia ficar elegante: <strong>com</strong> um pano colorido que, mecanicamente, amarrara ao<<strong>br</strong> />

pescoço.<<strong>br</strong> />

(E) Tive, sim, um ataque de pudor quando, olhando-me <strong>com</strong> a gravata, tomei consciência<<strong>br</strong> />

de que pretendia ficar elegante <strong>com</strong> um pano colorido que, mecanicamente, amarrara ao<<strong>br</strong> />

pescoço.<<strong>br</strong> />

TEXTO.<<strong>br</strong> />

A “CRISE” DOS VALORES MORAIS.<<strong>br</strong> />

Fala-se hoje, em toda parte e no Brasil, numa “crise” dos valores morais. O sentimento<<strong>br</strong> />

dessa crise expressa-se na linguagem cotidiana, quando se lamenta o desaparecimento do<<strong>br</strong> />

dever-ser, do decoro e da <strong>com</strong>postura nos <strong>com</strong>portamentos dos indivíduos e na vida política, ao<<strong>br</strong> />

mesmo tempo em que os que assim julgam manifestam sua própria desorientação em face de<<strong>br</strong> />

normas e regras de conduta cujo sentido parece ter-se tornado opaco. Uma autora sueca,<<strong>br</strong> />

Sissela Bok, decidiu escrever um livro so<strong>br</strong>e a mentira, após ter verificado que, desde o século<<strong>br</strong> />

XVII, excetuando-se alguns momentos da literatura, do teatro e do cinema, reina o silêncio<<strong>br</strong> />

quanto aos dilemas do dizer-a-verdade na vida privada e na vida pública. Sociólogos de linha<<strong>br</strong> />

durkheimiana, examinando o desamparo dos indivíduos nas escolhas morais, a presença de<<strong>br</strong> />

práticas e <strong>com</strong>portamentos violentos na sociedade e na política, a multiplicidade de atitudes<<strong>br</strong> />

transgressoras de valores e normas, falam em anomia, isto é, na desaparição do cimento<<strong>br</strong> />

afetivo que garante a interiorização do respeito às leis e às regras de uma <strong>com</strong>unidade.<<strong>br</strong> />

Na filosofia contemporânea a “crise” transparece na existência simultânea de três<<strong>br</strong> />

linhas principais de pensamento so<strong>br</strong>e a ética, resumidas por Agnes Heller: a niilista (baseada<<strong>br</strong> />

no relativismo historicista e na etnografia), que nega a existência de valores morais dotados de<<strong>br</strong> />

racionalidade e de universalidade; a universalista-racionalista (de origem iluminista), que<<strong>br</strong> />

afirma a existência de uma normatividade moral <strong>com</strong> valor universal porque fundada na<<strong>br</strong> />

razão; e a pragmática, que considera que a democracia liberal tem sido capaz de manter <strong>com</strong><<strong>br</strong> />

suficiente sucesso os princípios morais da liberdade e da justiça no que tange às grandes<<strong>br</strong> />

decisões so<strong>br</strong>e a vida coletiva. Em nosso cotidiano, lem<strong>br</strong>a A. Heller, somos bombardeados<<strong>br</strong> />

pelos três pontos de vista, ainda que se excluam reciprocamente, e sua presença simultânea<<strong>br</strong> />

constitui o sintoma do que chamamos de “crise” dos valores morais.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!