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2.298 EXERCÍCIOS, COM GABARITO. - Cursocenpro.com.br

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- Boa tarde, D. Ilsa. Alguém me procurou?<<strong>br</strong> />

- Não senhor, ninguém.<<strong>br</strong> />

- Onde estão aquelas folhas que vão para o Ministério do Trabalho?<<strong>br</strong> />

- Na gaveta do centro.<<strong>br</strong> />

Tornou a a<strong>br</strong>ir a gaveta e encontrou os papéis.<<strong>br</strong> />

- Tem razão, cá estão eles.<<strong>br</strong> />

Pô-los em cima da mesa, tomou da caneta.<<strong>br</strong> />

- A senhora anda muito pálida e <strong>com</strong> jeito de cansada. Por que não tira umas férias?<<strong>br</strong> />

Assinava os papéis automaticamente, sem revisá-los. Sentia agora um interesse<<strong>br</strong> />

fraternal pela secretária. A criatura tinha um jeito encolhido de passarito doente.<<strong>br</strong> />

- E a dor nas costas... ainda não passou?<<strong>br</strong> />

- Às vezes, quando me deito, ela vem.<<strong>br</strong> />

- Deve ser da posição em que fica quando escreve à máquina. Precisa cuidar-se D. Ilsa.<<strong>br</strong> />

A moça sorria, meio constrangida.<<strong>br</strong> />

Eugênio se perguntava a si mesmo por que era que de repente se fazia assim tão<<strong>br</strong> />

solícito, tão atencioso, <strong>com</strong>o um irmão mais velho. Concluiu que era porque tinha pena da<<strong>br</strong> />

moça: pena de todos os que sofriam. Por um <strong>br</strong>eve instante se sentiu reconciliado consigo<<strong>br</strong> />

mesmo. Entretanto seu eu puro e implacável lhe cochichou que se ele se mostrava assim tão<<strong>br</strong> />

fraternal para <strong>com</strong> a secretária e para <strong>com</strong> os outros empregados da fá<strong>br</strong>ica era para <strong>com</strong> essa<<strong>br</strong> />

atitude <strong>com</strong>prar a cumplicidade, a boa vontade e a simpatia deles. Porque todos ou Quase<<strong>br</strong> />

todos sabiam da sua situação de inferioridade naquela firma. Não passava dum manequim,<<strong>br</strong> />

dum autômato que assinava papéis preparados pelos que realmente entendiam do negócio,<<strong>br</strong> />

pelos que trabalhavam de verdade mas que no entanto, em questões de ordenado, se achavam<<strong>br</strong> />

muito abaixo dele. Aquela gente sabia que ele ali era apenas o marido da filha do patrão.<<strong>br</strong> />

919. O ritmo das máquinas, para o narrador, de acordo <strong>com</strong> o texto, era:<<strong>br</strong> />

A) um desafio à sua <strong>com</strong>preensão.<<strong>br</strong> />

B) um ruído ameaçador.<<strong>br</strong> />

C) um agito no subsolo.<<strong>br</strong> />

D) <strong>com</strong>o se uma parede de concreto estivesse caindo.<<strong>br</strong> />

E) um fator psicológico que lhe causava muita angústia.<<strong>br</strong> />

920. No diálogo entre Eugênio e a secretária D. Ilsa, esta responde:<<strong>br</strong> />

A) quatro vezes.<<strong>br</strong> />

B) duas vezes.<<strong>br</strong> />

C) três vezes.

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