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2.298 EXERCÍCIOS, COM GABARITO. - Cursocenpro.com.br

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(B) Encontra-se a disposição dos interessados a nova edição do Código Civil, à qual, aliás,<<strong>br</strong> />

já se fizeram<<strong>br</strong> />

objeções à torto e à direito.<<strong>br</strong> />

(C) À vista do que dispõe o novo código, não caberá à ninguém a condição "natural" de<<strong>br</strong> />

cabeça de casal, à qual, até então, se reservava para o homem.<<strong>br</strong> />

(D) Pode ser que à curto prazo o novo código esteja obsoleto em vários pontos, à exemplo<<strong>br</strong> />

do que ocorreu <strong>com</strong> o antigo.<<strong>br</strong> />

(E) Não se impute à uma mulher a culpa de não ter lutado por seus direitos; todas as<<strong>br</strong> />

pressões sociais sempre a conduziram àquela "virtuosa" resignação.<<strong>br</strong> />

TEXTO.<<strong>br</strong> />

“Com seus 23 milhões de miseráveis, o Brasil representa 3% do problema mundial. Pode<<strong>br</strong> />

parecer pouco, mas é uma inserção global três vezes maior do que nossa participação, por<<strong>br</strong> />

exemplo, no <strong>com</strong>ércio mundial, em que o Brasil aparece <strong>com</strong> menos de 1% do movimento de<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>pra e venda de mercadorias. Para isso, observe-se o ranking de países <strong>com</strong> renda per<<strong>br</strong> />

capita semelhante à <strong>br</strong>asileira. Também deve-se observar o ranking dos países segundo o<<strong>br</strong> />

percentual da população vivendo abaixo da linha de po<strong>br</strong>eza. Não importa de que ângulo se<<strong>br</strong> />

olhe, o Brasil é hoje o país mais rico do mundo <strong>com</strong> a maior taxa de po<strong>br</strong>eza. A isso se chama<<strong>br</strong> />

injustiça social. Há razões de so<strong>br</strong>a, além do óbvio constrangimento moral, para tentar de vez<<strong>br</strong> />

minorar esse problema. Do ponto de vista econômico, a po<strong>br</strong>eza extrema e inelutável reduz a<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong>petitividade do país e restringe suas possibilidades de mover a economia pela força do<<strong>br</strong> />

mercado interno. Mas a verdade cruel é que, nas contas macroeconômicas, a questão da<<strong>br</strong> />

miséria absoluta é apenas um detalhe. A porção mais po<strong>br</strong>e da pirâmide, os miseráveis, não<<strong>br</strong> />

produz e pouco consome. Ou seja, os miseráveis nem entram na equação econômica de um<<strong>br</strong> />

país moderno. Teoricamente, a economia pode muito bem funcionar sem que se leve em conta<<strong>br</strong> />

sua existência. A economia <strong>br</strong>asileira se situa entre as dez maiores do mundo e chegou a atrair<<strong>br</strong> />

no ano 2000 investimentos estrangeiros da ordem de 30 bilhões de dólares. No campo da<<strong>br</strong> />

medicina, há hospitais e centros de pesquisa nacionais que servem de referência mundial em<<strong>br</strong> />

áreas <strong>com</strong>o a cardiologia. Essas conquistas ocorreram sem que a miséria se tenha retraído no<<strong>br</strong> />

país. É aí que entra a questão ética. As bolhas de miseráveis parecem ter paredes de aço no<<strong>br</strong> />

país. Parecem inexpugnáveis. Elas so<strong>br</strong>evivem intactas, indiferentes aos progressos que o país<<strong>br</strong> />

experimenta a sua volta. Não regridem sequer diante de fenômenos sociais que em outros<<strong>br</strong> />

países e situações históricas foram decisivos para derrotar a po<strong>br</strong>eza. Entre esses fenômenos<<strong>br</strong> />

está a mobilidade social. O Brasil é um campeão da especialidade – mas nem isso adiantou<<strong>br</strong> />

para bulir <strong>com</strong> as estatísticas da po<strong>br</strong>eza absoluta. Cerca de 80% dos <strong>br</strong>asileiros que se<<strong>br</strong> />

encontram hoje no topo da pirâmide social tiveram uma origem mais humilde. Eles <strong>com</strong>eçaram<<strong>br</strong> />

a vida num patamar inferior e foram subindo vários degraus ao longo da carreira profissional.<<strong>br</strong> />

Por que os miseráveis não entram nessa roda ascendente? Porque não se qualificam sequer<<strong>br</strong> />

para os degraus mais baixos da engrenagem”.<<strong>br</strong> />

1649. A questão ética, citada num dos trechos do texto, representa:<<strong>br</strong> />

(A) a situação da área de saúde no Brasil, a que a população dificilmente tem acesso,<<strong>br</strong> />

embora ela se apresente <strong>com</strong>o referência mundial.<<strong>br</strong> />

(B) a posição de inferioridade em que se encontra o Brasil, tomando-se por base outros<<strong>br</strong> />

países, cuja renda individual é bastante semelhante.<<strong>br</strong> />

(C) uma postura teórica dos economistas, que desconsideram a existência de po<strong>br</strong>es e<<strong>br</strong> />

miseráveis no país, para não <strong>com</strong>prometer o desempenho da economia.<<strong>br</strong> />

(D) o fosso existente entre pólos de desenvolvimento em vários aspectos e o enorme<<strong>br</strong> />

contingente que vive em condições desumanas de vida.

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