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2.298 EXERCÍCIOS, COM GABARITO. - Cursocenpro.com.br

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passada, em <strong>com</strong>paração <strong>com</strong> o primeiro – 1991 –, muito mais <strong>br</strong>asileiros estavam estudando,<<strong>br</strong> />

tinham carros, eletrodomésticos, telefones, luz, água encanada, esgoto e coleta de lixo, e muito<<strong>br</strong> />

menos <strong>br</strong>asileiros morriam antes de <strong>com</strong>pletar um ano de vida. A mortalidade infantil caiu<<strong>br</strong> />

38%: de 48 por mil nascimentos para 29,6. A queda foi maior do que os especialistas haviam<<strong>br</strong> />

projetado no início da década. Isso, a despeito de a maioria da população continuar vivendo<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> rendimentos franciscanos: pouco mais da metade dos 76,1 milhões de mem<strong>br</strong>os da<<strong>br</strong> />

população economicamente ativa ganhava até dois salários mínimos por mês (ou R$ 302,00 à<<strong>br</strong> />

data do recenseamento e R$ 400,00 hoje) e apenas 2,4% ganhavam mais de vinte salários<<strong>br</strong> />

mínimos, ou seja, R$ 4 000,00 – um salário relativamente modesto nas sociedades<<strong>br</strong> />

desenvolvidas. Por esse ângulo, pode-se dizer que o Brasil é um país igualitário: ostenta a<<strong>br</strong> />

dramática igualdade na po<strong>br</strong>eza. Os números agregados escondem que o consumo se distribui<<strong>br</strong> />

de forma acentuadamente desigual pelo território e entre os diversos grupos de renda.<<strong>br</strong> />

Enquanto no Sul e no Sudeste os domicílios <strong>com</strong> carro somam mais de 40%, no Norte e no<<strong>br</strong> />

Nordeste não chegam a 15%. De certo modo, quem pode consumir bens duráveis acaba<<strong>br</strong> />

consumindo por si e por quem não pode. O desequilí<strong>br</strong>io regional e social do consumo<<strong>br</strong> />

a<strong>com</strong>panha, obviamente, a concentração da capacidade aquisitiva. Os dados que apontam para<<strong>br</strong> />

a intolerável persistência da igualdade na po<strong>br</strong>eza entre os <strong>br</strong>asileiros têm relação manifesta<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> o desempenho da economia. Se é verdade que, em matéria de expansão dos benefícios<<strong>br</strong> />

sociais e do acesso a bens indispensáveis no mundo contemporâneo, <strong>com</strong>o o telefone, os anos<<strong>br</strong> />

1990 foram uma década ganha, no que toca ao crescimento econômico foram uma década das<<strong>br</strong> />

mais medíocres, desde a transformação do País em sociedade industrial. Entre 1991 e 2000, o<<strong>br</strong> />

Brasil cresceu, em média, parcos 2,7% ao ano. Mesmo em 1994, o melhor ano do período, o<<strong>br</strong> />

Produto Interno Bruto (PIB) não chegou a 6% – muito abaixo dos picos registrados na década<<strong>br</strong> />

de 1970, a do "milagre <strong>br</strong>asileiro". É óbvio que a retomada do desenvolvimento é condição sine<<strong>br</strong> />

qua para a elevação da renda do povo”.<<strong>br</strong> />

474. De certo modo, quem pode consumir bens duráveis acaba consumindo por si e por<<strong>br</strong> />

quem não pode. A afirmação acima aponta para:<<strong>br</strong> />

(A) a melhoria real do padrão de vida da população <strong>br</strong>asileira, registrando existência de<<strong>br</strong> />

consumo mesmo entre os mais po<strong>br</strong>es.<<strong>br</strong> />

(B) resultados estatísticos aparentemente otimistas, mas que deixam de mostrar dados<<strong>br</strong> />

pouco animadores da situação econômica e social da população <strong>br</strong>asileira.<<strong>br</strong> />

(C) um equilí<strong>br</strong>io final da capacidade de consumo da população nas várias regiões<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>asileiras, igualando<<strong>br</strong> />

os resultados de cada uma delas.<<strong>br</strong> />

(D) o paradoxo que resulta dos dados do último censo, pois eles indicam o consumo de<<strong>br</strong> />

bens duráveis por uma população que não tem poder aquisitivo.<<strong>br</strong> />

(E) a falsidade do resultado de certas pesquisas, cujos dados desvirtuam a realidade,<<strong>br</strong> />

especialmente a da classe social mais desfavorecida.<<strong>br</strong> />

475. Considere as afirmativas abaixo, a respeito do texto. O Censo 2000:<<strong>br</strong> />

I. indica o avanço do Brasil, idêntico ao de algumas sociedades desenvolvidas,<<strong>br</strong> />

especialmente quanto à garantia de emprego, apesar de um valor modesto para o salário<<strong>br</strong> />

mínimo.<<strong>br</strong> />

II. apresenta índices positivos de melhoria na qualidade de vida do povo <strong>br</strong>asileiro, ao lado<<strong>br</strong> />

de disparidades acentuadas, em todo o território nacional.<<strong>br</strong> />

III. assinala um aumento geral do poder aquisitivo do povo <strong>br</strong>asileiro, reduzindo a um<<strong>br</strong> />

mínimo as diferenças regionais.

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