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Untitled - Saída de Emergência

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a exploração e a <strong>de</strong>scoberta científicas. Nós estaremos lá, igualmente, pelobem da ciência.Constatava que Richard Shoesmith era um cientista <strong>de</strong> uma ponta àoutra. Devia ser um investigador meticuloso e obstinado, mas não conseguiriacertamente escrever um poema com uma tal paixão que viesse ainspirar duas gerações, tal como o fizera o seu avô, o amante da botânica.Alice sentia que a boa impressão e a simpatia em relação a ele estavam aaumentar.— Sim — anuiu.A reunião estava a aproximar-se do fim. Falaram mais alguns minutossobre aspectos práticos relacionados com os preparativos e a viagem, e emseguida Alice levantou-se e Richard acompanhou-a até à porta. Estavama apertar a mão, quando ele lhe perguntou — Tem disponibilida<strong>de</strong> paraalmoçarmos?Passavam vinte minutos do meio-dia e combinara encontrar-se comBecky à uma da tar<strong>de</strong>, num bar em Clerkenwell. — Lamento. Ia agora encontrar-mecom uma amiga.Ele não tinha obrigação <strong>de</strong> a convidar para almoçar. Isso não estavaincluído no processo <strong>de</strong> selecção. Estava a perguntar-lho porque isso lheinteressava. Ambos o sabiam. Ela sorriu-lhe <strong>de</strong> novo.— Claro. Bom, então <strong>de</strong>sejo-lhe boa sorte nos exames e em tudo oresto. Voltaremos a falar.— Sim. Obrigada pelo seu convite para participar na expedição. Estouansiosa por começar.Quando os olhos dos dois se encontraram pela última vez, ambos <strong>de</strong>ixavamtransparecer que esta tinha sido uma <strong>de</strong>claração ridiculamente supérflua.Becky já estava à sua espera. Entrelaçara as pernas no banco do barem metal martelado e tinha uma bebida ao seu lado, inclinando a cabeçasobre o Evening Standard. As ma<strong>de</strong>ixas <strong>de</strong> cabelo macio pendiam-lhe para afrente, formando uma cortina a emoldurar-lhe o rosto: Ao erguer a cabeça,avistou Alice. — Como correu? Espera, eu consigo perceber. És a rainha dopólo. Vais mesmo para lá? Meu Deus, Al, tu vais. Anda, vamos brindar aisso.Alice ria-se. Ainda não conseguia respirar <strong>de</strong>scontraidamente. — Vou— confirmou, com um ar <strong>de</strong>sfalecido. — Mal consigo perceber como tudoaconteceu, mas vou.— Por quanto tempo?— Cinco meses. A estação <strong>de</strong> Verão. Parto no final <strong>de</strong> Outubro e regressoem Março.À sua frente materializou-se uma bebida. Um copo alto com gelo e83

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