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Aquarela Ciências

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5. A PRÁTICA DOCENTE

É tarefa do professor planejar e conduzir a prática pedagógica. O processo de planejamento e da organização do

trabalho didático do professor é norteado pelo projeto político-pedagógico da escola. O professor consegue estruturar

sua prática docente por meio da definição dos objetivos educacionais, dos conteúdos que os alunos devem aprender, das

atividades a serem desenvolvidas, das técnicas e estratégias de ensino a serem usadas em sala de aula e dos instrumentos

de avaliação para cada um dos conteúdos estabelecidos. Planejar é importante para que seja possível otimizar o tempo

daqueles que ensinam e daqueles que aprendem. Porém, tal planejamento não pode ser um conjunto de práticas estanques

e imutáveis que impeçam os ajustes necessários para assegurar a aprendizagem dos estudantes.

O processo educativo é complexo e dinâmico, e a prática docente consiste em uma atividade social complexa e multifacetada,

à medida que se atribui ao professor a responsabilidade de formação de seus educandos em diferentes instâncias (intelectual,

socioemocional, valorativa).

É um consenso social de que para lecionar o professor deve dominar os princípios e a didática da área do conhecimento a ser ensinada.

Esses saberes constituem a base do repertório teórico e metodológico para que o professor oriente e racionalize sua prática.

Além disso, o professor desempenha um papel na formação humana de seus alunos. Atuando como mediador, o docente

necessita dispor de suporte socioemocional para perceber as diferentes subjetividades presentes no ambiente da sala de aula.

Empatia, senso de justiça, honestidade, ética, perseverança e respeito são algumas das habilidades socioemocionais necessárias

para o trabalho docente. A interação cotidiana com sujeitos que compartilham um mesmo espaço, mas que provêm de diferentes

origens e contextos sociais, culturais e econômicos, demanda uma conscientização sobre como interagir e lidar com essa

multiculturalidade presente nos espaços educacionais.

O processo de interação de duas ou mais disciplinas na abordagem de saberes e conhecimentos (interdisciplinaridade) pode

se configurar de diferentes maneiras, mas sempre visando à cooperação, ao intercâmbio e ao enriquecimento intelectual. A

interdisciplinaridade também é uma ferramenta didática para a promoção do letramento científico, na medida em que articula

conceitos, ideias e procedimentos de diferentes campos do conhecimento.

6. A AVALIAÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO-

APRENDIZAGEM

A avaliação do processo de aprendizagem consiste em uma das principais atribuições da prática docente. Faz parte do ofício

do professor acompanhar e observar os progressos ou dificuldades dos estudantes durante o ensino.

Muitas vezes a avaliação é vista como um processo estritamente de verificação da aprendizagem, cujos resultados medem o

desempenho dos alunos e os classifica em categorias. No entanto, a avaliação educacional deve ser compreendida como um

aspecto formativo e um momento de diagnóstico do processo de ensino e de aprendizagem que permite a elaboração de indicadores

dos progressos de um determinado período.

Os momentos avaliativos também devem ser entendidos como oportunidades de reflexão em que o professor pode identificar

os pontos fortes e as fragilidades de seu trabalho. Essa reflexão é importante, pois possibilita o diagnóstico da prática docente,

direciona a reestruturação de práticas didático-pedagógicas e o replanejamento do trabalho educativo, focalizando as necessidades

formativas dos alunos.

A escolha das metodologias e instrumentos que serão utilizados na avaliação deve se basear nos objetivos formativos (habilidades)

e nos conhecimentos trabalhados em sala de aula, bem como devem ser coerentes com as modalidades didáticas adotadas

pelo professor.

O processo avaliativo exige uma imersão em diferentes aspectos da atuação do professor, que deve procurar conhecer e adotar

novas situações de aprendizagem e instrumentos avaliativos que se adequem aos objetivos estabelecidos no currículo, no

projeto político-pedagógico da escola e no planejamento dos conteúdos que foram trabalhados.

É importante lembrar que os processos avaliativos estão sujeitos à subjetividade, visto que avaliar necessariamente envolve um

juízo de valor. Assim, é importante estabelecer e compartilhar com os alunos, de maneira clara e objetiva, os critérios das avaliações que

serão utilizados. Dessa forma, os alunos terão clareza do que o professor espera e do que devem desenvolver ao longo do ano letivo.

XII

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