Equipamentos e materiais didáticos - Rede e-Tec Brasil - Ministério ...
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UNIDADE 1 – Inter-relações da didática e das metodologias de ensino no<br />
ambiente escolar: alguns conceitos<br />
mos não somente do técnico em multimeios <strong>didáticos</strong>, como<br />
também de você, técnico em meio ambiente e manutenção da<br />
infra-estrutura escolar.<br />
E para que você desempenhe tais atividades com competência<br />
e profissionalismo, é fundamental o desenvolvimento de algumas<br />
habilidades básicas, como também o exercício da soma<br />
do conhecimento prévio acumulado com o conhecimento<br />
teórico, que levam à autonomia e à capacidade de gestão. Porém,<br />
a característica essencial e que precede às outras é, sem<br />
dúvida, a constituição da identidade, a percepção de si como<br />
agente educacional e como sujeito que aprende. Em outras<br />
palavras, a assimilação do sentimento de pertencimento ao<br />
ambiente educacional.<br />
Claro que não é tarefa fácil transitar no universo pedagógico<br />
que, tradicionalmente, é domínio do professor. Não se pretende<br />
que o funcionário assuma o espaço da sala de aula, nem<br />
mesmo como seu substituto eventual. Mas é preciso romper<br />
com as amarras socioculturais que, historicamente, prendem<br />
o funcionário escolar no plano da invisibilidade, em que práticas<br />
que podem tanto educar quanto deseducar são vistas, e<br />
até percebidas, mas não levadas em conta.<br />
Trazer à luz, de forma consciente, as ações educativas que<br />
você, funcionário(a) de escola, desempenha durante sua rotina<br />
de trabalho é, pois, o marco zero na percepção de si como<br />
educador. E, ao assim proceder, você certamente irá despertar<br />
no outro essa mesma percepção.<br />
Considerando que a aprendizagem (especialmente no início<br />
da escolarização) acontece, em boa parte, pela imitação de<br />
modelos, de exemplos, a contradição entre o que se ensina e<br />
o que se pratica, ainda hoje existente, deve dar lugar a ações<br />
conscientes, de caráter formativo. Pois, como já nos ensinou<br />
Paulo Freire em seu livro Pedagogia da autonomia, “as palavras<br />
ensinadas a que faltam a corporeidade do exemplo valem<br />
pouco ou quase nada”. É a máxima freireana do pensar certo:<br />
pensar certo é fazer certo!<br />
O discurso impregnado no fazer educativo, que afirma ser o<br />
aluno o centro do processo ensino-aprendizagem, não encontra<br />
respaldo nas práticas educacionais vigentes. Muitas vezes,<br />
a falta de estrutura adequada ou de tempo suficiente para o<br />
planejamento das atividades docentes e a ausência de apoio<br />
técnico especializado no manuseio e na implementação dos<br />
recursos <strong>didáticos</strong> contribuem para certo abandono ou subutilização<br />
dos equipamentos existentes.