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1996: 29, tradução nossa) 11 . Em depoimento, Sivuca afirmou que foi na Rádio Clube de<br />

Pernambuco que teve a oportuni<strong>da</strong>de de ouvir muita música <strong>da</strong>s orquestras norteamericanas<br />

através do Jukebox 12 (FREITAS, 1996: 2). A audição do repertório executado<br />

pelas orquestras americanas, as Big Bands, foi também de grande relevância nos processos<br />

de construção <strong>da</strong> sua música, e as sonori<strong>da</strong>des trazi<strong>da</strong>s desta formação instrumental pod<strong>em</strong><br />

ser percebi<strong>da</strong>s, sobretudo, nos seus arranjos para orquestra.<br />

De acordo com Sivuca, as primeiras noções de teoria musical lhe foram <strong>da</strong><strong>da</strong>s<br />

pelo saxofonista Lourival Oliveira (1918-2000) 13 , que trabalhou na Rádio Clube de<br />

Pernambuco, na déca<strong>da</strong> de 1940 (RODRIGUES, 2003). Ain<strong>da</strong> no contexto pernambucano,<br />

agora na Rádio do Comércio, a oportuni<strong>da</strong>de de estu<strong>da</strong>r com o maestro e compositor<br />

Guerra-Peixe, que atuou nesta rádio entre os anos de 1949 e 1951, viria ampliar seus<br />

conhecimentos <strong>da</strong> harmonia musical e fortalecer as bases para uma produção volta<strong>da</strong> à<br />

orquestra sinfônica, que só seria inicia<strong>da</strong> na segun<strong>da</strong> metade <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 1980. A<br />

importância do contato com este compositor foi assim descrita por Sivuca: “Foi o maestro<br />

Guerra-Peixe qu<strong>em</strong> me deu to<strong>da</strong>s as coordena<strong>da</strong>s <strong>em</strong> um estágio musical que fiz com ele<br />

durante três anos. Ele me preparou para o mundo” (NÓBREGA, 1978: 1).<br />

A carreira de Sivuca, como de muitos músicos brasileiros, foi pauta<strong>da</strong> pelas<br />

constantes trocas - musicais, profissionais e humanas - com outros músicos e grupos<br />

instrumentais, que trilharam caminhos s<strong>em</strong>elhantes, <strong>em</strong> busca de espaço e reconhecimento<br />

profissional. Dessa experiência com o outro - local e estrangeiro - ampliaram-se as<br />

oportuni<strong>da</strong>des de construir um discurso musical multicultural, formado de el<strong>em</strong>entos <strong>da</strong>s<br />

muitas sonori<strong>da</strong>des e práticas musicais que experimentou nos lugares <strong>em</strong> que viveu.<br />

Música e Identi<strong>da</strong>de<br />

Timothy Rice (2007) destaca o surgimento de novos t<strong>em</strong>as, na etnomusicologia, a<br />

partir de 1980, fato que incide na renovação <strong>da</strong>s “listas” canônicas <strong>da</strong> tradição dos estudos<br />

etnomusicológicos. Ele utiliza a figura <strong>da</strong> “natureza glutona <strong>da</strong> etnomusicologia”, sugeri<strong>da</strong><br />

por Bruno Nettl (2005), para explicar a constante ampliação de t<strong>em</strong>as e a dinâmica<br />

11 Finnegan “suggested that ‘consumption’ was central to the way in which musicians created their own<br />

identities and sounds by imitating and learning from existing recordings” (FINNEGAN apud NEGUS,<br />

1996: 29).<br />

12 Vitrola.<br />

13 “Paraibano de Patos, nascido <strong>em</strong> junho de 1918, Lourival Oliveira [...] foi clarinetista <strong>da</strong> Orquestra <strong>da</strong><br />

Ban<strong>da</strong> Militar de Pernambuco, no final <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 30. Contratado pela Radio Clube, foi clarinetista,<br />

saxofonista e arranjador <strong>da</strong> orquestra desta <strong>em</strong>issora” (FREVO... [s.d.]).<br />

opus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167

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