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Analogias entre textura musical e a montag<strong>em</strong> no cin<strong>em</strong>a mudo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .<br />
tradição. Foi também bastante utilizado na literatura musical, por isso pode-se esperar que<br />
os cont<strong>em</strong>porâneos europeus, independent<strong>em</strong>ente de ser<strong>em</strong> luteranos, o reconhecess<strong>em</strong><br />
facilmente na música 5 .<br />
Fig. 1: Hino luterano Ein feste Burg ist unser Gott (In: BACON, 1883: 52).<br />
Para continuar essa discussão de identificação dos sintagmas alternantes, fal<strong>em</strong>os<br />
do método de análise textural que a<strong>da</strong>ptamos para nossos propósitos.<br />
Análise textural<br />
Consideramos que diversas notas que soam no decorrer de uma obra musical<br />
(por ex<strong>em</strong>plo, as vozes, as melodias e os padrões que constitu<strong>em</strong>) se relacionam <strong>em</strong><br />
diferentes níveis de interdependência. A partir dessa pr<strong>em</strong>issa, observamos que uma<br />
determina<strong>da</strong> sucessão de notas pode soar como uma única ideia dentro <strong>da</strong> textura musical<br />
ou, ao contrário, que os seus el<strong>em</strong>entos constituintes pod<strong>em</strong> ser percebidos<br />
separa<strong>da</strong>mente. Notas que adquir<strong>em</strong> uma identi<strong>da</strong>de <strong>em</strong> relação a ritmo, direção e intervalo<br />
irão soar como uma só parte <strong>da</strong> textura. Esses são os principais parâmetros para<br />
relacionarmos os componentes soantes, mas fatores adicionais de compl<strong>em</strong>entari<strong>da</strong>de ou<br />
contra-ativi<strong>da</strong>de pod<strong>em</strong> aju<strong>da</strong>r nas avaliações (BERRY, 1987: 213) 6 .<br />
5 O seguinte site acessado <strong>em</strong> 17<br />
de nov<strong>em</strong>bro de 2012, cita uma grande quanti<strong>da</strong>de de obras que contêm referência a esse coral para<br />
constituir um programa de concerto. Nós verificamos a presença do coral nas seguintes obras: Johann<br />
Sebastian Bach utilizou a melodia de forma ornamenta<strong>da</strong>, como t<strong>em</strong>a <strong>da</strong> Cantata BWV 80; Felix<br />
Mendelssohn <strong>em</strong>pregou-a no início do último (quarto) movimento <strong>da</strong> sua Sinfonia n. 5 (Sinfonia <strong>da</strong><br />
Reforma), <strong>em</strong> que a melodia aparece <strong>em</strong> uníssono, sendo facilmente reconhecível; no Ato V, Cena II,<br />
<strong>da</strong> ópera Os Huguenotes, de Giacomo Meyerbeer, é apresenta<strong>da</strong> pelo coro de forma bastante<br />
marcante.<br />
6 Berry expõe conceitos como “densi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> textura”, ao mostrar que ela aumenta com a quanti<strong>da</strong>de<br />
de componentes soantes; “compressão <strong>da</strong> densi<strong>da</strong>de”, sendo o número de componentes soando <strong>em</strong><br />
um <strong>da</strong>do espaço mensurado pela quanti<strong>da</strong>de de s<strong>em</strong>itons entre os extr<strong>em</strong>os; “espaço textural”, que<br />
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