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isaac asimov nove amanhãs contos do futuro ... - Mkmouse.com.br

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- Hum-hum - fez Deveney.<<strong>br</strong> />

- Veja outro exemplo. Seu om<strong>br</strong>o direito está a 30 polegadas <strong>do</strong> seu de<strong>do</strong> indica<strong>do</strong>r<<strong>br</strong> />

direito, mas você pode tocar o om<strong>br</strong>o <strong>com</strong> esse de<strong>do</strong>. Seu cotovelo direito está<<strong>br</strong> />

situa<strong>do</strong> a apenas metade dessa distância; mas você não pode tocá-o <strong>com</strong> o indica<strong>do</strong>r<<strong>br</strong> />

direito. Mais uma vez, estar perto demais pode ser um obstáculo.<<strong>br</strong> />

- Posso usar esses exemplos em minha reportagem? - perguntou Deveney.<<strong>br</strong> />

- Eu ficaria grato. Há muito tempo espero a oportunidade de dar matéria para reportagem<<strong>br</strong> />

a alguém <strong>com</strong>o você. Dar-lhe-ei to<strong>do</strong>s os detalhes. Já está na hora <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

mun<strong>do</strong> inteiro olhar so<strong>br</strong>e o nosso om<strong>br</strong>o e ver o que estamos realizan<strong>do</strong>. (A Srta.<<strong>br</strong> />

Fellowes se viu admiran<strong>do</strong> sua convicção. Havia força nele.)<<strong>br</strong> />

- Quantos anos você pretende voltar atrás?<<strong>br</strong> />

- Quarenta mil anos.<<strong>br</strong> />

A Srta. Fellowes prendeu a respiração. Anos?<<strong>br</strong> />

Havia expectativa no ar. Os homens que estavam no <strong>com</strong>an<strong>do</strong> mal se mexiam. Um<<strong>br</strong> />

homem falou ao microfone <strong>com</strong> uma voz monótona, usan<strong>do</strong> frases curtas que não<<strong>br</strong> />

faziam o menor senti<strong>do</strong> para ela.<<strong>br</strong> />

Deveney se de<strong>br</strong>uçou na grade <strong>do</strong> balcão, <strong>com</strong> os olhos arregala<strong>do</strong>s.<<strong>br</strong> />

- Podemos ver alguma coisa, Dr. Hoskins?<<strong>br</strong> />

- O quê? Não. Não veremos nada antes de o trabalho ser concluí<strong>do</strong>. Detectamos as<<strong>br</strong> />

coisas por um princípio <strong>com</strong>o o radar, só que usamos o méson, em vez da radiação.<<strong>br</strong> />

Em condições adequadas, o méson alcança o passa<strong>do</strong>. Alguns mésons são refleti<strong>do</strong>s,<<strong>br</strong> />

e analisamos esses reflexos.<<strong>br</strong> />

- Isso parece difícil.<<strong>br</strong> />

Hoskins sorriu novamente, <strong>com</strong>o sempre de maneira <strong>br</strong>eve.<<strong>br</strong> />

- Esse é o produto final de cinquenta anos de pesquisa, quarenta <strong>do</strong>s quais antes<<strong>br</strong> />

que eu me juntasse a ela. Sim, é muito difícil.<<strong>br</strong> />

O homem ao microfone levantou a mão.<<strong>br</strong> />

- Nós nos fixamos num trecho de tempo específico durante semanas, desmem<strong>br</strong>an<strong>do</strong>-o<<strong>br</strong> />

e refazen<strong>do</strong>-o depois de calcular nosso próprio movimento no Tempo, certifican<strong>do</strong>-nos<<strong>br</strong> />

de que poderíamos manipular o fluxo de tempo <strong>com</strong> precisão suficiente.<<strong>br</strong> />

Isso deve funcionar agora.<<strong>br</strong> />

Mas sua testa reluzia de suor.<<strong>br</strong> />

Quan<strong>do</strong> Edith Fellowes deu por si, tinha saí<strong>do</strong> da cadeira e se de<strong>br</strong>uça<strong>do</strong> na grade<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong> balcão, mas não havia nada para ver. O homem ao microfone disse baixinho:<<strong>br</strong> />

- Agora.<<strong>br</strong> />

Fez-se um <strong>br</strong>eve silêncio, e então o som de um grito lancinante e aterroriza<strong>do</strong> de<<strong>br</strong> />

criança ecoou pelas salas da casa de boneca. Terror. Terror total.<<strong>br</strong> />

A Srta. Fellowes virou-se na direção <strong>do</strong> grito. A criança! Ela tinha esqueci<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

Hoskins esmurrou a grade e disse <strong>com</strong> uma voz firme, triunfante:<<strong>br</strong> />

- Falei que ia dar certo<<strong>br</strong> />

A Srta. Fellowes foi empurrada para baixo da pequena escada em espiral, pressionada<<strong>br</strong> />

pela dura palma da mão de Hoskins entre seus om<strong>br</strong>os. Ele não lhe explicou<<strong>br</strong> />

nada.<<strong>br</strong> />

Os homens que estavam no controle agora circulavam à vontade, sorrin<strong>do</strong>, fuman<strong>do</strong>,<<strong>br</strong> />

observan<strong>do</strong> os três quan<strong>do</strong> entraram no salão principal. Um suave zumbi<strong>do</strong> vinha<<strong>br</strong> />

da casa de boneca.<<strong>br</strong> />

- Não há nenhum perigo em entrar em Stasis - disse Hoskins para Deveney. - Já fiz<<strong>br</strong> />

isso milhares de vezes. Dá uma sensação estranha, mas passa logo, não faz mal nenhum.<<strong>br</strong> />

Ele atravessou uma porta aberta para demonstrar o que dizia, e Deveney, sorrin<strong>do</strong>

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