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isaac asimov nove amanhãs contos do futuro ... - Mkmouse.com.br

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nheceu imediatamente o homem na sua frente, cujo rosto vira frequentemente nos<<strong>br</strong> />

jornais tridimensionais.<<strong>br</strong> />

- Chamo-me Hubert Mandel - informou o recém-chega<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

Mandel era um <strong>do</strong>s nomes da Astronomia, suficientemente proeminente para exercer<<strong>br</strong> />

um cargo eleva<strong>do</strong> no Departamento Astronômico Mundial e fazia parte da presidência<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong> Congresso que se cele<strong>br</strong>ava atualmente.<<strong>br</strong> />

Acudiu subitamente ao pensamento de Talliaferro que fora precisamente a Mandel<<strong>br</strong> />

que Villiers pretendia haver efetua<strong>do</strong> a demonstração da transferência da massa.<<strong>br</strong> />

- É o Dr. Edward Talliaferro? - perguntou o outro.<<strong>br</strong> />

- Exatamente.<<strong>br</strong> />

- Então, vista-se e a<strong>com</strong>panhe-me. É importante. Trata-se de uma pessoa que ambos<<strong>br</strong> />

conhecemos.<<strong>br</strong> />

- O Dr. Villiers?<<strong>br</strong> />

- Por que se lem<strong>br</strong>ou dele? - quis saber Mandel, semicerran<strong>do</strong> as pálpe<strong>br</strong>as.<<strong>br</strong> />

- Falou-nos em si, ontem à noite. Não me ocorre outro conheci<strong>do</strong> <strong>com</strong>um.<<strong>br</strong> />

Mandel assentiu <strong>com</strong> um movimento de cabeça, esperou que Talliaferro se vestisse<<strong>br</strong> />

e conduziu-o a um quarto no piso superior, onde Ryger e Kaunas os aguardavam<<strong>br</strong> />

<strong>com</strong> expressões apreensivas.<<strong>br</strong> />

Mandel moveu-se em cadencia<strong>do</strong> vaivém por uns momentos e terminou por dizer:<<strong>br</strong> />

- Peço-lhes desculpa pelo incômo<strong>do</strong>, meus senhores e agradeço o espírito de colaboração<<strong>br</strong> />

manifesta<strong>do</strong>. O nosso amigo Romano Villiers faleceu. O corpo foi retira<strong>do</strong> <strong>do</strong><<strong>br</strong> />

hotel, há cerca de uma hora. Segun<strong>do</strong> os médicos, sucumbiu a um colapso cardíaco.<<strong>br</strong> />

Seguiu-se um pesa<strong>do</strong> silêncio. Por fim, Talliaferro articulou:<<strong>br</strong> />

- Po<strong>br</strong>e diabo.<<strong>br</strong> />

- Horrível - murmurou Kaunas, em voz rouca.<<strong>br</strong> />

- Há muito que sofria <strong>do</strong> coração - observou Ryger.<<strong>br</strong> />

- Quan<strong>do</strong> o viram pela última vez? - perguntou Mandel.<<strong>br</strong> />

- Ontem à noite - declarou Talliaferro. - Reunimo-nos pela primeira vez em dez<<strong>br</strong> />

anos. O encontro não decorreu em atmosfera cordial, lamento revelá-o. Villiers guardava-nos<<strong>br</strong> />

rancor e mostrava-se irrita<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

- Que horas eram?<<strong>br</strong> />

- Nove aproximadamente, da primeira vez.<<strong>br</strong> />

- Da primeira vez?<<strong>br</strong> />

- Voltamos a vê-o, mais tarde.<<strong>br</strong> />

- Como nos tínhamos separa<strong>do</strong> um pouco a<strong>br</strong>uptamente, queríamos restabelecer<<strong>br</strong> />

certa harmonia nas relações <strong>com</strong> ele - explicou Kaunas, <strong>com</strong> uma ponta de embaraço.<<strong>br</strong> />

- Procuramo-o no quarto e...<<strong>br</strong> />

- Estiveram os três no quarto de Villiers? - atalhou Mandel.<<strong>br</strong> />

- Sim - confirmou Kaunas, surpreendi<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

- Quan<strong>do</strong>?<<strong>br</strong> />

- Por volta das onze.<<strong>br</strong> />

- Demoraram-se muito?<<strong>br</strong> />

- Dois minutos - interpôs Ryger. - Correu connosco, <strong>com</strong>o se pretendêssemos roubar-lhe<<strong>br</strong> />

a <strong>com</strong>unicação que queria apresentar ao Congresso. Creio que a tinha debaixo<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong> travesseiro. Pelo menos, fiquei <strong>com</strong> essa impressão, pela forma <strong>com</strong>o lhe colocava<<strong>br</strong> />

os <strong>br</strong>aços em cima.<<strong>br</strong> />

- Talvez já estivesse moribun<strong>do</strong> - murmurou Kaunas.<<strong>br</strong> />

- Nessa altura, ainda não - declarou Mandel.<<strong>br</strong> />

- Sen<strong>do</strong> assim, deixaram lá as impressões digitais.<<strong>br</strong> />

- É provável - admitiu Talliaferro, <strong>com</strong>eçan<strong>do</strong> a impacientar-se. - Por que nos cha-

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