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isaac asimov nove amanhãs contos do futuro ... - Mkmouse.com.br

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é assim. Espantoso.<<strong>br</strong> />

- Não posso proporcionar-lhe mais da<strong>do</strong>s<<strong>br</strong> />

- De acor<strong>do</strong>, de acor<strong>do</strong>. Eu <strong>com</strong>preen<strong>do</strong>... Ademais, cada nova coisa que sabemos<<strong>br</strong> />

só serve para reforçar a verdade definitiva; a verdade que eu acreditava que só era<<strong>br</strong> />

hipotética, que eu esperava ardentemente que fosse.<<strong>br</strong> />

Enterrou a cabeça entre seus <strong>br</strong>aços encaneci<strong>do</strong>s.<<strong>br</strong> />

- Existe um meio de desencadear esta guerra atômica.<<strong>br</strong> />

- Ah, sim? Que devemos fazer?<<strong>br</strong> />

- É algo muito simples, de uma eficácia direta. Algo que talvez não teria me ocorri<strong>do</strong><<strong>br</strong> />

jamais. Nem a ti.<<strong>br</strong> />

- Em que consiste, Alteza?<<strong>br</strong> />

Devi-en sentia-se <strong>do</strong>mina<strong>do</strong> por um grande temor em conhecer aquele segre<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

- O que atualmente mantém a paz nesse planeta é o temos que <strong>com</strong>partem ambos<<strong>br</strong> />

os ban<strong>do</strong>s em pugna em assumir a responsabilidade de iniciar uma guerra. Se um<<strong>br</strong> />

<strong>do</strong>s <strong>do</strong>is o fizesse, imediatamente o outro..., bem, digamos de uma vez..., tomaria<<strong>br</strong> />

imediatamente represálias.<<strong>br</strong> />

Devi-en assentiu.<<strong>br</strong> />

- Se somente uma bomba atômica caísse no território de um <strong>do</strong>s la<strong>do</strong>s – prosseguiu<<strong>br</strong> />

o Arqui-administra<strong>do</strong>r -, os agredi<strong>do</strong>s suporiam imediatamente que a agressão<<strong>br</strong> />

partia <strong>do</strong> outro ban<strong>do</strong>. Compreenderiam que não podiam esperar passivamente e ser<<strong>br</strong> />

objeto de novos ataques. Em poucas horas, talvez antes, lançariam um contra- ataque;<<strong>br</strong> />

por sua vez, o outro ban<strong>do</strong> replicaria a este. Em poucas semanas a guerra teria<<strong>br</strong> />

termina<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

- Porém, <strong>com</strong>o o<strong>br</strong>igaremos a um <strong>do</strong>s ban<strong>do</strong>s a lançar a primeira bomba?<<strong>br</strong> />

- Não o<strong>br</strong>igaremos, Capitão. Esta é a questão. Lançaremos a primeira bomba nós<<strong>br</strong> />

mesmos.<<strong>br</strong> />

- Como?<<strong>br</strong> />

Devi-en sentiu que ia desmaiar.<<strong>br</strong> />

- O que ouviste. Após analisar a mente de um grande primata,o resulta<strong>do</strong> lógico é<<strong>br</strong> />

este.<<strong>br</strong> />

- Mas, <strong>com</strong>o podemos fazer isso?<<strong>br</strong> />

- Montaremos uma bomba. É uma operação bastante fácil. Uma nave a transportará<<strong>br</strong> />

até o planeta e a deixará cair so<strong>br</strong>e uma zona habitada.<<strong>br</strong> />

- Habitada?<<strong>br</strong> />

O Arqui-administra<strong>do</strong>r desviou a vista e afirmou <strong>com</strong> marca<strong>do</strong> nervosismo.<<strong>br</strong> />

- Do contrário, não conseguiríamos o efeito deseja<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />

- Compreen<strong>do</strong> – disse Devi-en, imaginan<strong>do</strong> abutres, duzias de abutres.<<strong>br</strong> />

Não podia afastar de si aquele pensamento. Imaginava eles <strong>com</strong>o enormes aves<<strong>br</strong> />

escamosas, semelhantes à pequenas e inofensivas criaturas aladas de Hurria, porém<<strong>br</strong> />

imensamente maiores), <strong>com</strong> asas mem<strong>br</strong>anosas e longos bicos afia<strong>do</strong>s <strong>com</strong>o navalhas,<<strong>br</strong> />

descen<strong>do</strong> em círculos para picar os olhos <strong>do</strong>s moribun<strong>do</strong>s.<<strong>br</strong> />

Co<strong>br</strong>iu os olhos <strong>com</strong> uma mão. Com voz trêmula, perguntou:<<strong>br</strong> />

- Quem pilotará a nave? Quem lançara a bomba?<<strong>br</strong> />

A voz <strong>do</strong> Arqui-administra<strong>do</strong>r era apenas um pouco mais segura que a de Devi-en,<<strong>br</strong> />

quan<strong>do</strong> respondeu:<<strong>br</strong> />

- Não sei.<<strong>br</strong> />

- Eu não – rechaçou Devi-en -. Não posso. Nenhum hurriano será capaz de fazêlo...<<strong>br</strong> />

por nenhum preço.<<strong>br</strong> />

O Arqui-administra<strong>do</strong>r oscilou <strong>com</strong>o se fosse cair.<<strong>br</strong> />

- Talvez pudéssemos dar ordens aos mauvs...

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