isaac asimov nove amanhãs contos do futuro ... - Mkmouse.com.br
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Exteriores eram a<strong>com</strong>panha<strong>do</strong>s pelas mulheres (ou mari<strong>do</strong>s). Era importante manter<<strong>br</strong> />
a relação <strong>do</strong>s sexos em equilí<strong>br</strong>io em to<strong>do</strong>s os mun<strong>do</strong>s B se se ia para um mun<strong>do</strong> de<<strong>br</strong> />
Nível A, que moça nos rejeitaria:<<strong>br</strong> />
George não tinha nenhuma menina em especial na cabeça, ainda; não queria nenhuma.<<strong>br</strong> />
Não agora! Assim que fosse programa<strong>do</strong>r... assim que pudesse juntar ao seu<<strong>br</strong> />
nome, programa<strong>do</strong>r de <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>res registra<strong>do</strong>, poderia escolher, <strong>com</strong>o um sultão<<strong>br</strong> />
num harém. Esta ideia entusiasmou-o e ele tentou afastá-a. «É preciso ficar calmo.»<<strong>br</strong> />
- Como é que é isto, afinal - resmungou Trevelyan. Primeiro dizem que funciona<<strong>br</strong> />
melhor se se está descontraí<strong>do</strong> e à vontade. Depois fazem-nos passar por isto e tornam<<strong>br</strong> />
impossível que se esteja descontraí<strong>do</strong> e à vontade.<<strong>br</strong> />
- Talvez seja essa a ideia. Estão separan<strong>do</strong> os rapazes <strong>do</strong>s homens, para <strong>com</strong>eçar.<<strong>br</strong> />
Tem calma, Trev.<<strong>br</strong> />
- Cala-te.<<strong>br</strong> />
A vez de George chegou. O seu nome não foi chama<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />
Apareceu em letras <strong>br</strong>ilhantes no painel de informações.<<strong>br</strong> />
Acenou para Trevelyan.<<strong>br</strong> />
- Tem calma. Não te deixes apanhar.<<strong>br</strong> />
Estava feliz quan<strong>do</strong> entrou na câmara de testes. Verdadeiramente feliz.<<strong>br</strong> />
- George Platen? - disse o homem que estava atrás da secretária.<<strong>br</strong> />
Por um fugaz instante surgiu na cabeça de George a nítida imagem de outro homem,<<strong>br</strong> />
dez anos antes, que tinha feito a mesma pergunta, e era quase <strong>com</strong>o se fosse<<strong>br</strong> />
o mesmo homem e ele, George, tivesse outra vez 8 anos, desde que atravessara a<<strong>br</strong> />
porta.<<strong>br</strong> />
Mas o homem levantou a cabeça e, obviamente, a sua cara não correspondia de<<strong>br</strong> />
forma alguma à da súbita memória. O nariz era bulboso, o cabelo fi<strong>br</strong>oso e fino, e o<<strong>br</strong> />
queixo parecia amarra<strong>do</strong> <strong>com</strong>o se o seu <strong>do</strong>no tivesse outrora si<strong>do</strong> flagrantemente<<strong>br</strong> />
gor<strong>do</strong> e tivesse encolhi<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />
O homem que estava atrás da secretaria pareceu aborreci<strong>do</strong>. - Bem?<<strong>br</strong> />
George desceu à Terra. - Sou George Platen, Sr..<<strong>br</strong> />
- Então, diga-o. Sou o Dr. Zachary Antonelli, e vamos conhecer-nos intimamente<<strong>br</strong> />
daqui a pouco.<<strong>br</strong> />
Olhava para pequenos pedaços de filme, seguran<strong>do</strong>-os à luz <strong>com</strong>o uma coruja.<<strong>br</strong> />
George recuou para dentro. Muito nebulosamente, lem<strong>br</strong>ou-se daquele outro médico<<strong>br</strong> />
(tinha-se esqueci<strong>do</strong> <strong>do</strong> nome) olhan<strong>do</strong> um para filme <strong>com</strong>o este. Poderia ser o<<strong>br</strong> />
mesmo? O outro médico tinha franzi<strong>do</strong> a testa e este estava agora olhan<strong>do</strong> para ele<<strong>br</strong> />
<strong>com</strong>o se estivesse zanga<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />
A sua felicidade já tinha desapareci<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />
O Dr. Antonelli passava, agora, as páginas de um grosso arquivo à sua frente e punha<<strong>br</strong> />
os boca<strong>do</strong>s de filme cuida<strong>do</strong>samente a um la<strong>do</strong>.<<strong>br</strong> />
- Diz aqui que você quer ser programa<strong>do</strong>r de <strong>com</strong>puta<strong>do</strong>res.<<strong>br</strong> />
- Sim, Doutor.<<strong>br</strong> />
- Ainda quer?<<strong>br</strong> />
- Sim,Sr..<<strong>br</strong> />
- É uma posição exigente e de responsabilidade. Acha-se capaz de desempenhá-a?<<strong>br</strong> />
- Sim,Sr..<<strong>br</strong> />
- A maioria <strong>do</strong>s pré-educa<strong>do</strong>s não refere nenhuma profissão específica. Acho que<<strong>br</strong> />
têm me<strong>do</strong> de se prejudicar.<<strong>br</strong> />
- Acho que sim, Sr..<<strong>br</strong> />
- Não tem me<strong>do</strong> disso?<<strong>br</strong> />
- Se quer que seja franco, Sr....